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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO

 TEXTO LITERÁRIO e TEXTO NÃO LITERÁRIO 

Partindo do conceito de texto como sendo um conjunto de palavras que formam um sentido relacionado a um contexto, podemos dividir os textos em dois grandes grupos: os textos literários e os textos não literários. Por que fazemos essa distinção? Para estudar os tipos de textos existentes em nossa sociedade, é importante compreender como podemos usá-los a fim de tornar nossa comunicação mais clara e aproveitarmos melhor a variedade de textos que temos a nosso dispor. Para isso, foi feita a distribuição dos textos por esses dois grupos. Isso equivale a dizer que a maioria dos textos que existem podem ser colocados em um desses grupos. Os textos literários são aqueles que possuem função estética, destinam-se ao entretenimento, ao belo, à arte, à ficção. Já os não literários são os textos com função utilitária, pois servem para informar, convencer, explicar, ordenar. Observe os exemplos a seguir. 

(Texto 1)                                                                      

   DESCUIDAR DO LIXO É SUJEIRA 

Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.                               (Veja São Paulo, 23-29/12/92). ___________________________________________________________________________________        O texto 1 – "Descuidar do lixo é sujeira" – se propõe a dar uma informação sobre o lixo despejado nas calçadas, bem como o que acontece com ele antes de o caminhão do lixo passar para recolhê-lo. É um texto informativo e, portanto, não literário.  

O texto não literário apresenta linguagem objetiva, clara, concisa, e pretende informar o leitor de determinado assunto. Para isso, quanto mais simples for o vocabulário e mais objetiva for a informação, mais fácil se dará a compreensão do conteúdo: foco do texto não literário.  

São exemplos de textos não literários: as notícias, os artigos jornalísticos, os textos didáticos, os verbetes de dicionários e enciclopédias, as propagandas publicitárias, os textos científicos, as receitas culinárias, os manuais, etc. 


Vamos ler uma crônica, mas antes, vamos refletir um pouco sobre um assunto muito comum no nosso dia a dia, o nosso aniversário. Em nossa sociedade, há pessoas que comemoram seus aniversários de forma pomposa, saem nos jornais, providenciam roupas caras, festas majestosas. Outras, entretanto, nem lembram da data que nasceram.  

• E você, comemora o seu aniversário? De que forma? 

• Seus pais sempre se lembram de seu aniversário? Já aconteceu deles se esquecerem? 

• Se você fizer uma festa, quem não poderia faltar? 

• O que você escolheria em seu aniversário? Uma festa ou um presente? Por quê?  

• O que você mais gosta em uma festa de aniversário? 

 • Vocês já comemoraram um aniversário de forma estranha? Diferente do tradicional bolo com velinhas? 


(Texto 2)                          O bicho

 Vi ontem um bicho 

Na imundície do pátio 

Catando comida entre os detritos.   

Quando achava alguma coisa, 

Não examinava nem cheirava: 

Engolia com voracidade.   

O bicho não era um cão, 

Não era um gato, Não era um rato.   

O bicho, meu Deus, era um homem.                                                  

 (Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) 

O texto 2 – “O bicho” – é um poema. Sabemos disso principalmente por sua forma. O poema é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem carregada de significados, ao que chamamos de plurissignificação. Cada palavra pode apresentar um sentido diferente daquele que lhe é comum.  

No texto literário, a expressividade é o mais importante. O conteúdo, nesse caso, fica em segundo plano. O vocabulário bem selecionado transmite sensibilidade ao leitor. O texto é rico de simbologia e de beleza artística.  

Podemos citar como exemplos de textos literários o conto, o poema, o romance, peças de teatro, novelas e crônicas. 


ANÁLISE DOS TEXTOS . 

Os dois textos apresentam temática semelhante: pessoas que reviram o lixo em busca de comida. No entanto, o primeiro texto procura ressaltar o transtorno que causam os mendigos por deixarem o lixo esparramado pelo chão. A notícia procura denunciar dois fatos: o restaurante que deixa seu lixo na calçada com antecedência de duas horas, e a sujeira espalhada nas calçadas pelos mendigos que reviram o lixo. 

 A única palavra nesse texto que pode denotar algum tipo de sentimentalismo do autor é “lamentável”. No entanto, ela perde sua carga significativa ao acompanhar a palavra “banquete”, revelando que o autor da notícia, na verdade, não está preocupado com as pessoas que se alimentam do lixo, mas com a sujeira causada pelo tal banquete. 

O título do texto também nos faz pensar: “Descuidar do lixo é sujeira”. Sujeira, no sentido de os mendigos deixarem tudo espalhado pela calçada, dificultando a limpeza das ruas; sujeira, no sentido de não ser uma atitude correta a falta de preocupação com o tempo que o lixo ficará na rua à espera do caminhão que irá recolhê-lo. De qualquer forma, o autor só demonstra preocupação com o lixo e a sujeira e não com a fome dos mendigos. 

Já o segundo texto apresenta preocupação com a forma: é um poema. A escolha das palavras e o suspense que causa no leitor levam a uma progressão de sentido que culmina com a revelação de que o bicho é um homem. O poema retrata a condição degradante a que um homem pode chegar quando atinge o ápice da miséria. 

O poeta mostra sua indignação com o fato de um homem se assemelhar a um bicho por buscar comida no lixo. Compara-o aos animais que têm por hábito revirar latas de lixo: cachorro, gato e rato. No último verso, declara sua inconformidade com o vocativo “meu Deus”, demonstrando sua emoção com a revelação de que o bicho era um homem, ou seja, o poeta não admite que um homem possa se comportar como um bicho. 

Ao lermos o poema, a carga emotiva das palavras escolhidas pelo poeta é transmitida para nós. Aí está a diferença fundamental entre um texto literário e um texto não literário: a expressividade.


EXERCÍCIOS PARTE 

1  Leia o texto 1: “Descuidar do lixo é sujeira” e  o texto 2: “O bicho” para responder a questão 1: I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a literária, pois sua principal função é informar o leitor sobre os transtornos causados pelos detritos. II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é predominante, pois o poeta faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor. III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não literários. IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da linguagem literária. 

Questão 1 - Estão corretas as proposições: 

a) I, III e IV.

 b) III e IV. 

c) I, II, III e IV. 

d) I e IV. 

Questão 2.  Sobre a linguagem não literária NÃO é correto afirmar: 

a) Sua principal característica é a objetividade. 

b) É utilizada, sobretudo, em textos cujo caráter seja essencialmente informativo. 

c) Utiliza recursos como a conotação para conferir às palavras sentidos mais amplos do que elas realmente possuem. 

d) Utiliza a linguagem denotativa para expressar o real significado das palavras, sem metáforas ou preocupações artísticas.   

Questão 3. A comparação entre a poesia e outros usos da linguagem põe em destaque a seguinte característica do discurso poético: 

a) revela-se como expressão subjetiva 

b) afasta-se das praticidades cotidianas 

c) manifesta-se nas referências ao tempo 

d) conjuga-se com necessidades concretas 

Leia o texto a seguir e responda a questão 4                                                      

SOBRE  A ORIGEM DA POESIA 

A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios  ou telefonemas [...] 

No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto  com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...] 

Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se dasapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade.      

(ARNALDO ANTUNES)   

Questão 4. No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em seguida,  uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem referencial. Pela  descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem,  o seguinte traço fundamental:

 a) O desgaste da intuição 

b) A dissolução da memória 

c) A fragmentação da experiência 

d) O enfraquecimento da percepção 


EXERCÍCIOS  

PARTE 2    

Leia os textos a seguir e faça as análises:  

Texto 1                                                     

Bomba de Hiroshima Bomba de Hiroshima é o nome do episódio em que a primeira bomba atômica da história foi utilizada. Recebeu o nome de Little Boy. Na sua sequência, três dias depois, Fat Man foi lançada a outra cidade japonesa, Nagasaki. 

Lançada às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945 à cidade de Hiroshima, sua explosão causou o maior número de vítimas mortais. Cerca de 140 mil pessoas morreram. 

A bomba atômica foi desenvolvida por cientistas e engenheiros num projeto chamado de Manhattan. Antes de ser lançada ao Japão foi testada no dia 16 de julho no deserto do Novo México, nos Estados Unidos. 

O mundo estava em guerra. Decorria a Segunda Guerra Mundial e, numa tentativa de que o Japão se rendesse, o governo dos Estados Unidos da América lançou a bomba nuclear do avião de bombardeio B-29 chamado de Enola Gay. 

A bomba continha em sua carga urânio 235, tinha cerca de 3 metros de comprimento e pesava 4 toneladas. Batizada de "Little Boy”, foi lançada a uma distância entre 500 e 600 metros acima da cidade de Hiroshima e a destruiu. 86% de pessoas que estavam a 1 km da explosão morreram instantaneamente. Tudo virou pó e os corpos foram desintegrados, de modo que não havia cadáveres para contar. 

https://www.todamateria.com.br/bomba-de-hiroshima/ 


Texto 2  

A ROSA DE HIROXIMA 

Pensem nas crianças

 Mudas telepáticas 

Pensem nas meninas 

Cegas inexatas 

Pensem nas mulheres 

Rotas alteradas 

Pensem nas feridas 

Como rosas cálidas 

Mas oh não se esqueçam 

Da rosa da rosa 

Da rosa de Hiroxima 

A rosa hereditária 

A rosa radioativa 

Estúpida e inválida 

A rosa com cirrose 

A antirrosa atômica 

Sem cor sem perfume 

Sem rosa sem nada. 

http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/rosa-de-hiroxima 


A) Qual é o texto literário e qual é o texto não literário? Justifique sua resposta. 

B) O poema foi escrito fazendo referência a um acontecimento histórico. Que acontecimento foi esse? 

C) Parte da força poética do texto literário provém da associação da imagem tradicionalmente positiva da rosa a atributos negativos, ligados à ideia de destruição. Que trechos do texto dão evidências dessa afirmação? 

D) Considerando as afirmações a seguir, retire do texto literário exemplos de cada figura de linguagem. SINESTESIA – figura de palavra  que consiste em agrupar e reunir sensações originárias de diferentes órgãos do sentido: visão, tato, olfato, paladar e audição. ALITERAÇÃO – figura de linguagem que consiste na repetição de determinados elementos fônicos, ou seja, sons consonantais idênticos ou semelhantes. Se você quiser, você pode ouvir “A rosa de Hiroshima” , em: https://www.youtube.com/watch?v=yAXwWwFF2m0 




RESPOSTAS: 

Parte 1   -   1.B / 2. C / 3. B / 4. C 

Parte 2   - a) texto 1 não literário e texto 2 literário   /  b) episódio em que a primeira bomba atômica da história foi utilizada. / c) “rosa radioativa” e “ a rosa com cirrose” / d) sinestesia: Sem cor sem perfume, aliteração: A rosa com cirrose  / A antirrosa atômica



ENCONTRADO EM: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.taubate.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/1-%C2%A6M-PORTUGU%C3%A8S-ativ.-07-Cria%C2%BA%C3%BAo-liter%C3%ADria.pdf

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Orações subordinadas substantivas

 Construindo o conceito


1. A tira é um bom exemplo da intencionalidade discursiva presente nos enunciados.

a) Qual a intencionalidade da fala do dono do cão no 1º, 2º e 4º quadrinhos?

R- O dono do cão quer que o animal vá buscar o jornal para ele.

b) Qual é o sentido da palavra indiretas, no 5º quadrinho?

R- Significa não dizer as coisas de forma direta.

2. Nos dois primeiros quadrinhos, a personagem produz falas que começam com a expressão "seria bom...", no 4º quadrinho, inicia a frase com "seria ruim".

a) O que sugere o 3º quadrinho, sem balão de fala?
R- Sugere que o dono do cão espera um pouco para ver se o animal vai buscar o jornal.

b) O que pode ter feito o cão perceber a intencionalidade da fala do dono?

R- A ameaça de ser trocado por outro cão.

3. Observe e compare estes enunciados:

SERIA BOM/ MEU JORNAL                              SERIA BOM/ LER MEU JORNAL

a)  No primeiro enunciado, há uma oração. Qual é o sujeito dela? Qual é o predicado?

R- O sujeito é meu jornal, e o predicado é seria bom

b) No segundo enunciado, há duas orações. Uma delas desempenha a função de sujeito da outra; e a outra, de predicado. Identifique-as.

R- A oração ler meu jornal desempenha a função de sujeito da oração seria bom, que é o predicado da oração ler meu jornal. 


CONCEITUANDO

No 1º, no 2º e no 4º quadrinhos, temos períodos compostos por subordinação. Observe:

Seria bom                         /                 ler meu jornal agora!

or. principal                                        or. suborndinada


seria bom              /                 saber as notícias

or. principal                       or. subordinada


No dois casos, a oração subordinada equivale a um substantivo com o valor de sujeito. Observe:

Seria bom o jornal                                       Seria bom ler o jornal

VL     PS      sujeito                                         VL    PS     or. subordinada substantiva subjetiva


Assim, as orações " ler meu jornal agora!", "saber as notícias!" e " ter que trocar de cachorro!" são subordinadas porque complementam a oração principal; são substantivas porque equivalem a um substantivo; são subjetivas por serem o sujeito da oração principal.


Oração subordinada substantiva é aquela que tem valor de substantivo e exerce, em relação à oração principal, a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto.

Atenção

As orações subordinadas substantivas são geralmente introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que e se. Podem também, em alguns casos, ser introduzidas por um pronome indefinido, por um pronome ou advérbio interrogativo ou exclamativo. Veja:


não sei /     se                        /   vendeu sua motocicleta seminova.

                  quem

                  por que

                  como

                  quando

                  onde


Emprego das conjunções integrantes


Quando o verbo da oração principal exprime possibilidade, dúvida ou incerteza, emprega-se a conjunção integrante se. no trecho: " já pensou se alguém acha e lê este diário?" por exemplo, a forma verbal pensou introduz a ação em um plano hipotético; daí o emprego da conjunção integrante se.

Quando o verbo da oração principal exprime certeza, emprega-se a conjunção integrante que . Caso o enunciador quisesse expressar certeza, diria: penso que alguém achou e leu este diário".


Classificação das orações substantivas


As orações subordinadas substantivas podem desempenhar no período as mesmas funções que os substantivos podem exercer nas orações: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal e aposto. Assim, de acordo com sua função, recebem as seguintes denominações: subjetiva, objetiva direta, objetiva indireta, predicativa, completiva nominal e apositiva.


SUBJETIVA
Exerce a função de sujeito da oração de que depende ou em que se insere:

OBJETIVA DIRETA
Exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal

OBJETIVA INDIRETA
Exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal

PREDICATIVA
Exerce a função de predicativo de um termo que é sujeito da oração principal.

COMPLETIVA NOMINAL
Exerce a função de complemento nominal de um substantivo ou adjetivo da oração principal.

APOSITIVA
Exerce a função de aposto de um nome da oração principal.


Observação

Certos verbos (sempre na 3ª pessoa do singular) e certas expressões comumente têm por sujeito uma oração subordinada substantiva: acontecer, constar, cumprir, ocorrer, parecer, convir; sabe-se, conta-se, ficou provado; é bom, é claro, é certo.

Atenção!

Para reconhecer se uma oração é ou não substantiva, podemos utilizar um artifício que quase sempre dá certo. Quando a oração é realmente substantiva, é possível substituí-la por um substantivo ou por um pronome substantivo com isto, isso, aquilo.


A próxima postagem será com os exercícios referentes ao conteúdo.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS PARA APLICAR EM SALA DE AULA

 A geração Z , que já nasceu imersa nos meios digitais, no imediatismo e no que é atrativo, uma sala de aula no formato tradicional deixou de ser interessante até mesmo para quem gosta de aprender.
Pensando nisso, muitos procuram métodos para tornar a aula cada vez mais atrativa.

Estudando um pouco sobre as metodologias ativas encontrei algumas que, com certeza, tornarão suas aulas bem mais interessantes.
Vamos lá:


4 metodologias ativas para aplicar em sala de aula

 

1. Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é uma metodologia ativa, atual e moderna, que procura fazer do aluno ator principal de seu caminho rumo ao conhecimento. 

Para isso, o educador deve passar qual será o conteúdo brevemente mas indicar aos alunos que pesquisem sobre o assunto em casa pelos meios necessários. Em um terceiro momento, os alunos deverão levar o conteúdo aprendido à sala de aula apenas para sanar suas dúvidas.

Mas o que se nota na sala de aula invertida é que os estudantes estão por si só, de maneira autônoma, sendo completamente ativos.

Seria interessante, inclusive, que os você sugerisse como tarefa individual ou em grupo, que os alunos ensinassem aos demais o assunto estudado em casa. Já que de acordo com a pirâmide de aprendizagem, aprendemos muito mais quando ensinos determinado assunto a alguém.  

 A sala de aula invertida é muito prática, pois desperta o interesse do estudante naquilo que ele achou importante e não compreendeu direito. Esse tipo de metodologia desperta a participação dos estudantes durante as aulas, para que ele não seja apenas ouvinte no processo de ensino e aprendizagem.


Ensino Híbrido

ensino híbrido é também uma metodologia ativa. Isso porque este ensino inovador busca unir de maneira equilibrada o ensino a distância e o ensino presencial. 

Com essa união, os alunos deverão ser muito mais ativos em seu processo de ensino-aprendizagem, já que precisarão de disciplina e muita concentração para aprenderem via EAD. E, além disso, o uso da tecnologia como meio de aprendizagem vai fazer com que os alunos produzam conhecimento de maneira mais autônoma.

Um exemplo de técnica de ensino híbrido é a rotação por estações.

 O Ensino híbrido não diz respeito somente ao período de pandemia, pois muitos professores, inclusive eu, já utilizávamos esse método bem antes do início das contaminações por covid-19, e era muito aceito pelos estudantes. 
Lembro de um ano em que precisávamos ensaiar as falas de uma peça teatral para apresentação de um trabalho para a escola toda, então nós procuramos formas de fazermos chamadas de vídeo em grupo. Então os meus estudantes já conheciam o meet e outro aplicativo de chamada e grupo, que era o discorde. Quando houve a necessidade de ficarmos online aqueles que já haviam sido meus alunos em algum momento, ensinavam aos outros como utilizar, como entrar na plataforma do google classroom, pois lá eu deixava atividades pra eles. 
Então, são ferramentas que ajudam muito. O ensino híbrido já estava e continuará em nossas vidas como forma de auxílio, melhoramento, upgrade na educação.


Promoção de seminários e discussões 

 

Uma outra metodologia ativa superinteressante é a promoção de seminários e discussões. Mudar a disposição das carteiras e colocar alunos e professor em uma mesmo patamar é bem interessante e faz os estudantes se sentirem importantes.

Além disso, eles aprendem muito mais quando apresentam e discutem algum tipo de assunto, se posicionando sobre ele. 

Inclusive, por meio de discussões e seminários, os estudantes também desenvolvem sua argumentação, o que é fundamental para realizar textos dissertativo-argumentativos e se posicionar frente a determinado assunto durante sua vida. 

 Esse é um clássico, mas é muito utilizado e uma forma muito eficiente para que os estudantes possam memorizar, aprender de verdade aquilo que está estudando. 
Aposto muito nos seminários e o resultado é muito satisfatório sempre.


Gamificação

A gamificação é uma outra metodologia ativa. Ela busca trazer jogos para a sala de aula, e assim fazer dos celulares aliados na aprendizagem dos conteúdos das aulas.

Seria interessante que você sugerisse jogos interativos que tenham a ver com o assunto das aulas. Essa é uma estratégia bem legal para unir alunos e professores no desenvolvimento do conhecimento em um mundo cheio de distrações tecnológicas. 

A gamificação é interessante também para que os alunos desenvolvam um espírito de competitividade saudável. 

Vale lembrar também que os jogos não precisam ser apenas tecnológicos, eles podem ser de qualquer espécie. Então, use sua imaginação junto com seus alunos e criem games legais para que a aula fique divertida e interativa. 


Na gamificação o estudante desperta a competitividade saudável, naquela euforia que querer acertar e ganhar o jogo ele acaba estudando e memorizando o conteúdo. Essas brincadeiras na escola são muito interessantes e acabam despertando o interesse do estudante para o aprender a aprender, para o querer aprender, etc.


Exemplo de gamificação: Kahoot
Exemplo de um kahoot criado por mim: Kahoot acentuação gráfica

Dá para criar quiz de todas os componentes curriculares.

Por isso, eu aposto muito nas metodologias ativas e estou a cada dia em busca de novidades para levar para os meus estudantes.

terça-feira, 28 de junho de 2022

13 filmes para aprender Português ( e Literatura)


 O cinema é um ótimo entretenimento, você não acha?
Atualmente os jovens estudantes estão mais dispesos e longe de buscar alcançar os seus objetivos através da educação. Mas a culpa não é deles, não se sabe ao certo de quem é a culpa... rsrsr
O fato é que o professor precisa estar sempre buscando coisas novas para tornar a aula mais atrativa para seus "pupilos". 
Pensando nisso procurei e encontrei uma pesquisa que mostra 13 filmes que serão de grande valia para o ensino de língua Portuguesa. Então, se você, assim como eu, procura estar sempre se atualizando e procurando métodos mais atrativos para suas aulas, não deixe de ler até o final. Sei que irás gostar!

Estou levando isso para sala de aula, e, acredito estar surtindo efeito, pois eles ( os estudantes) estão amando.



1- Os Inconfidentes (1972)


Lançado por Joaquim Pedro de Andrade, Os Inconfidentes é uma co-produção entre Brasil e Itália que narra a história da Inconfidência Mineira. Um grupo de intelectuais e membros da alta elite brasileira se juntam para libertar o país da opressão portuguesa.

De todos, Tirandentes (José Wilker) é aquele que está disposto a ir até o fim, custe o que custar. O filme foi baseado nos livros Os Autos da Devassa e Romanceiro da Inconfidência. Apresenta a reconstrução do período e influenciou diversas produções literárias.

Além de ilustrar um importante momento da história brasileira, a obra também é interessante por contar acontecimentos políticos que influenciaram fortemente o trabalho de autores como Santa Rita Durão, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama.

Além disso, vale a pena conferir o roteiro de Cecília Meireles, Eduardo Escorel e do próprio Joaquim Pedro de Andrade!


2- Dona flor e seus dois maridos (1976)




A obra de Bruno Barreto é uma adaptação do livro homônimo de Jorge Amado. Dona Flor (Sônia Braga) fica viúva de Vadinho (José Wilker), um verdadeiro malandro. Então, ela resolve se casar com o farmacêutico Teodoro Madureira (Mauro Mendonça).

Acontece que, de repente, ela se sente entediada e passa a chamar pelo antigo marido. Vadinho aparece do além e, assim, Dona Flor começa um relacionamento à três. Os traços da oralidade de Jorge Amado estão muito presentes na película dentro de uma linguagem bem regional.

Não é à toa que ele sempre foi conhecido por manter uma afinidade com a figura popular e levar essa marca para a literatura.

Em 2017, o filme ganhou nova versão com a atuação de Juliana Paes como Dona Flor, Marcelo Faria como Vadinho e Lenadro Hassum como Teodoro.


3- Sociedade dos poetas mortos (1990)



John Keating (Robin Williams) é o novo professor de inglês do tradicional internato no qual foi um aluno brilhante. O ensino é rígido como uma academia militar e, por esse motivo, muitos veem a didática dele como reacionária.

Tudo pelo fato de que Keating é do tipo que entra na sala assoviando, diverte os alunos, pratica aulas ao ar livre, incentiva a criação de poesias espontâneas e estimula a vontade de viver intensamente.

Em uma das aulas, ele pede que os alunos rasguem algumas páginas do livro para que possam pensar por si mesmos. No início, todos relutam. Com o tempo, o grupo começa a gostar de literatura e a sensação de viver a poesia.

Então, certo dia um deles descobre que o professor foi membro da Sociedade dos Poetas Mortos e pede mais informações sobre essa formação. John hesita, mas fala da época em que ele e os colegas costumavam se reunir para estudar poesia em um local secreto.

Isso foi o bastante para que todos quisessem reativar o movimento e deixar as inspirações fluírem. Ao mesmo tempo, os estudantes tiveram que lidar com as adversidades do mundo real.


4- Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995)




O filme de Carla Camurati é um marco na história do cinema brasileiro. Participou de mais de 40 festivais ao redor do mundo e levou mais de 1,5 milhão de espectadores aos cinemas em 1995.

Com um orçamento modesto para a época, de 600 mil reais, Carlota Joaquina, Princesa do Brasil é estrelado por Marieta Severo e Marco Nanini.

Trata-se de uma obra histórica, mas com um pesado tom satírico, que mostra a vinda da corte portuguesa para o Brasil através do ponto de vista de Carlota Joaquina, a princesa espanhola que foi prometida em casamento a D. João VI quando era uma garota de apenas dez anos de idade. Assim, ela cresceu e construiu seu lugar na então colônia portuguesa.]


5- Central do Brasil (1998)



Uma das obras brasileiras que ficaram famosas no exterior por conta da indicação ao oscar, Central do Brasil mostra a vida simples de Dora (Fernanda Montenegro). Ela é uma ex-professora de português que escreve cartas para as pessoas que não sabem ler nem escrever.

O cenário é a Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Certo dia, Dora recebe uma senhora que deseja se comunicar com o marido por escrito. O motivo é que seu filho quer conhecê-lo. Segundos depois de fechar o envelope, a mulher morre atropelada e Dora se sente obrigada a levar o garoto até o pai.

Do ponto de vista da Língua Portuguesa, é interessante observar as partes em que a escritora monta a narrativa das cartas. Além disso, cada pessoa tem um tipo de linguagem: a maioria não teve a oportunidade de frequentar uma escola. Então, vemos vários tipos de expressões tipicamente brasileiras.


6. Auto da Compadecida (2000)




A peça Auto da Compadecida não podia ficar de fora dessa lista. A obra foi escrita por Ariano Suassuna e transformada em uma série que foi transmitida na Globo em janeiro de 1998. O sucesso foi tão grande que o diretor Guel Arraes adaptou para filme em 2000.

A história acontece no interior da Paraíba, conhecida como a “Roliúde Nordestina”. Chicó (Matheus Nachtergaele) e João Grilo (Selton Melo) conseguem um emprego na padaria da cidade.

Quando a cadela do padeiro passa mal, os dois tentam convencer o padre a benzê-la, mas sem sucesso. Depois de fazer uma enorme confusão com a morte do animal, João resolve vender um gato afirmando que ele “descomia” dinheiro. Ou seja, saia dinheiro pela boca.

Ambos também enganam Severino, um cangaceiro perigoso. Eles pedem que ele sopre uma gaita mágica para visitar seu padrinho Padre Cícero, com a garantia de voltar à vida depois.

É evidente o cunho de sátira por meio das características das personagens, assim como a presença marcante dos neologismos mais criativos. A história trabalha o tema religioso da moral católica totalmente focada no contexto nordestino.


7. Memórias Póstumas (2001)



Memórias Póstuma de Brás Cubas, a obra-prima de Machado de Assis, deu origem ao realismo brasileiro em 1881. Mais de um século depois, André Klotzel lança a adaptação para os cinemas, intitulada apenas Memórias Póstumas e estrelada por Reginaldo Faria, Sônia Braga e Marcos Caruso.

O roteiro, assinado por Klotzel ao lado de José Roberto Torero, conta com frases retiradas diretamente do livro, mas com algumas peculiaridades próprias que buscam aproximar o filme ainda mais de sua fonte de inspiração.

Portanto, trata-se de uma produção repleta de ironias e de comicidades. Você vai se divertir enquanto se delicia com esse novo olhar sobre uma das maiores obras da literatura brasileira.

8. Caramuru: A Invenção do Brasil (2001)



Dirigido por Guel Arraes e escrito por ele ao lado de Jorge Furtado, Caramuru: A Invenção do Brasil é baseado no livro homônimo de Santa Rita Durão, que faz parte do arcadismo.

Mas, apesar de contar acontecimentos históricos, o filme investe em uma forte pegada cômica que narra os conflitos entre portugueses e índios de uma forma irreverente.

O jovem Diogo Álvares (Selton Mello) é um talentoso pintor português cujo estilo busca realçar a beleza da realidade. Ele é contratado pelo cartógrafo do rei para ilustrar os mapas que guiariam Pedro Álvares Cabral em suas viagens marítimas.

Entretanto, Diogo envolve-se com Isabelle (Débora Bloch), uma sedutora francesa que frequenta a Corte portuguesa e que rouba o mapa do artista.

Ele, então, é deportado para o Brasil, onde conhece as irmãs índias Paraguaçu (Camila Pitanga) e Moema (Deborah Secco). É o início do primeiro triângulo amoroso da história do país.

9. Poeta de Sete Faces (2002)



O documentário conta a história de Carlos Drummond de Andrade desde os primeiros anos de vida, a mudança para o Rio de Janeiro até o ápice da carreira, ou seja, é imperdível!

Além de apresentar a trajetória de vida do poeta mineiro, o diretor Paulo Thiago disseca as diversas fases de toda a produção literária de um dos maiores gênios do nosso país. Para tanto, o filme é dividido em três partes, acompanhando cada momento de sua vida e carreira.

Assim, o Poeta de Sete Faces registra desde o nascimento de Drummond, na pequena Itabira, em Minas Gerais, até a sua mudança para o Rio de Janeiro, a publicação de seus primeiros livros, sua relação com o modernismo brasileiro de 1922 e o surgimento de seus versos metafóricos e irônicos.

Além disso, é claro, a atuação de Andrade na política e seu uso da literatura como ferramenta de crítica social não ficam de fora.

Para encerrar, o cineasta também explora os prêmios recebidos e a glória alcançada por Drummond, assim como o legado deixado por sua obra na forma de adaptações, memórias e estudos.

10. Dom (2003)



Em Dom, o diretor e roteirista Moacyr Góes presenteia o espectador com uma forma totalmente nova de se relacionar com outra obra-prima da nossa literatura, também de autoria de Machado de Assis.

No filme acompanhamos Bento (Marcos Palmeira), filho de um casal apreciador de Machado e que decide dar ao filho o nome do protagonista de Dom Casmurro. Isso faz com que o garoto cresça sob a sombra do autor carioca, levando-o a tentar incorporar características da personalidade e elementos da vida do personagem em sua própria existência.

A essência do filme encontra-se no romance nascido do reencontro de Bento com sua melhor amiga de infância, Ana Clara — que ele insistia em chamar de Capitu.

11. Língua — Vidas em Português (2004)



Co-produção entre Brasil e Portugal, o documentário Língua — Vidas em Português conta a história desse idioma que embala as vidas de mais de duzentas milhões de pessoas ao redor do mundo.

Poemas escritos, paixões declaradas, desavenças reveladas, segredos descobertos, músicas compostas, piadas declamadas… A Língua Portuguesa acompanha o cotidiano de pessoas no Brasil, em Portugal, em Cabo Verde, no Japão, na França, na Índia, nos Estados Unidos, Moçambique, Angola, entre tantos outros lugares.

Não somente como língua oficial, o Português foi uma língua amplamente difundida pelo mundo durante as Grandes Navegações.

Como resultado, muitos falantes nativos do português fizeram de outros países o seu novo lar.

Para retratar tudo isso, além de personagens anônimos, o documentário também conta com a participação especial de José Saramago, João Ubaldo, Martinho da Vila, Mia Couto e Teresa Salgueiro para trazer um embasamento mais aprofundado compartilhado por pessoas que fizeram da convivência com a Língua Portuguesa o seu modo de viver.

Língua — Vidas em Português mostra nosso idioma falado em vários cantos do mundo, permitindo que conheçamos as peculiaridades de cada grupo de falantes e as formas com que o idioma se adapta e evolui.

12. Narradores de Javé (2004)



O filme foi rodado no interior da Bahia, na cidade de Gameleiro da Lapa. Conta a história de uma localidade chamada Javé. Tudo está prestes a ser totalmente destruído por conta de uma autorização para a construção de uma usina hidrelétrica.

Os habitantes procuram uma solução para o problema e decidem se unir para escrever a história do vilarejo, já que não havia nenhum registro que comprovasse a existência daquele lugar.

Acontece que a maioria dos habitantes é analfabeta. O personagem de Antônio Biá, vivido por José Dumont, recebe a importante missão de colocar o plano em prática. Afinal, é o único que sabe ler.

Então, ele bate na porta de cada morador para coletar as informações necessárias. Durante as entrevistas, é possível perceber as características daquela comunidade, cultura, costumes e a identidade marcante de um grupo social. Uma boa dica para quem deseja se aprofundar na construção da língua.


13. Dentro da casa (2013)




Germain (Fabrice Luchini) é um professor de literatura que sente uma enorme frustração pela mediocridade dos alunos. Ele se surpreende com a redação de Claude (Ernest Umhauer), texto que relata os problemas pessoais de um colega de sala.

Ao mesmo tempo em que aprende literatura, o aluno escreve a sequência de uma verdadeira obra que ganha descrições poéticas sob o seu olhar. O grande dilema do filme é essa reflexão sobre o certo e o errado: o professor deve incentivar a liberdade criativa do garoto ou censurá-lo?

A história preza muito mais pelas palavras que pelas formas. O comportamento do professor mostra o tamanho da influência da ficção também na visão de espectador. Acontece que consequências reais são ignoradas em nome de uma boa história. Qual o limite da escrita? Ela deveria ter um? Muitas perguntas pairam no ar.


Viu como é interessante mergulhar no mundo dos filmes, e não é só intretenimento, mas também conhecimento. 




O mérito dessa bela pesquisa não é da pessoa que vos fala e sim de:


Autor

Luiza Drubscky




Fonte: https://rockcontent.com/br/talent-blog/lingua-portuguesa/

sábado, 28 de maio de 2022

Violência nas escolas de Educação Básica ( conteúdo para professores)

 


Infelizmente, o pós pandemia nos traz um "surto" de violência contra professores, colegas, gestão, nas escolas...

Mas essa falta de bom comportamento não está totalmente atrelado ao pós pandemia. É sabido, que há muito tempo esse tipo de coisa vem acontecendo e se agravando cada vez mais.
Os adolescentes e jovens estão a cada dia mais libertinos, cheios de direitos e vontades.
Uma coisa é fato: os direitos das crianças, jovens e adolescentes são assegurados, porém não está sendo exigido o cumprimento dos deveres.
Entende-se que os direitos humanos só dá ênfase aos direitos, mas e os deveres? Porque é justamente isso que está acontecendo nas escolas brasileiras. As crianças e adolescente se valem dos seus direitos garantidos para cometer graves erros contra a sociedade, contra a comunidade escolar e contra si próprios, pois não é exigido pelas autoridades legais, o cumprimento desses deveres.
A autora que vos fala é totalmente a favor da segurança das crianças, jovens e adolescentes. Precisamos assegurar os seus direitos, que muitas vezes são tirados, violados e não exercidos, porém precisamos estar alinhados e entrelaçado aos direitos, que venham os deveres:


-Dever de respeitar professores, colegas e os mais velhos;

- Dever de manter a limpeza, que foi feita na hora da entrada na escola;

-Dever de Assistir às aulas;

_Dever de zelar pelo patrimônio público;

-Dever de não destruir livros e materiais entregues a eles, para que possam ser passado aos outros no próximo ano;

- Dever de não soltar bombas nas escolas;

-Dever de ouvir;

-Dever de participar das aulas;

- Entre tantos deveres que poderiam ser listados aqui...


Acredita-se que se os direitos são assegurados, o deveres devem ser cumpridos.

Não é uma coisa ruim, não é difícil.

Ultimamente os valores estão invertidos na nossa sociedade. Ajudar a mãe em casa com os afazeres se tornou trabalho infantil. Quando o jovem se torna adulto não sabe fazer nada para sobreviver sozinho, porque não podia "trabalhar" quando mais jovem. Acredito que para se caracterizar como trabalho infantil teria que ser um trabalho mesmo como suprir a família com a atividade que faz, deixar de estudar para trabalhar, não ter tempo para lazer, etc. Mas ao ajudar a secar ou guardar uma louça, por exemplo, é apenas aprendendo a se cuidar, ajudando em algo que é benefício para si próprio, e não vai atrapalhar em nada o seu desenvolvimento. Sei que em muitas famílias isso acontece de forma tranquila, mas em outras, pode gerar brigas e mal estar entre os membros da mesma.

Mas voltando para a sala de aula, ultimamente os estudantes estão agindo de forma a deixar os profissionais da educação com medo. Sim! Com medo!

Temos visto várias reportagens e postagens, nas redes sociais, onde apontam jovens indo aos limites, chegando ao ponto de agredir professores e gestores em escolas públicas e privadas, por motivos, muitas vezes, banais. O último caso que pude observar foi de um jovem que foi até a diretoria reclamar da falta de merenda na escola, e, acabou agredindo fisicamente a diretora, que chegou a desmaiar com as agressões física . Sabe-se que muitos desses estudantes não se alimentam direito em casa, ou por não ter mesmo ou porque o que tem em casa não é suficiente, mas isso não justifica agredir os funcionários da escola, pois todos que ali trabalham estão em cumprimento do seu dever.
Nessas horas é que pensamos em como as leis têm brechas

pois:  DESACATO ao funcionário público é crime previsto pelo artigo 331 do Código Penal. Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Mas  o ECA traz também :

ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Então, o que prevalece aí??

Acredita-se que seria interessante formações para ambos, para chegarmos em um consenso.
Garantir os direitos da criança e do adolescente e também do servidor público.



Em pesquisas feitas para fins de comparação, em anos anteriores a 2000, os jovens eram bem mais felizes, ou pelo menos não demonstravam tanta agressividade com os colegas, professores, pais e responsáveis.
As brincadeiras eram mais saudáveis, não havia tantos casos de depressão e ansiedade.

Sabemos que os tempos mudaram, as pessoas já não pensam da mesma forma, as informações chegam muito rápido atualmente e é tudo muito imediato, talvez por isso a impaciência dos mais jovens, porque estão acostumados a ter tudo de imediato, quando se trata de aguardar não sabem lidar com a espera.
Na verdade as crianças e adolescentes da atualidade não sabem lidar com muitos sentimentos que surgem. 

A fundação Oswaldo Cruz disponibilizou um artigo sobre 

Saúde mental: especialistas falam sobre os desafios no cuidado de jovens e adolescentes

Veja um trecho desse artigo:

Em ‘Nota de Alerta’ direcionada aos pediatras, a SBP informa que a temática que já estava tomando proporções alarmantes antes mesmo da crise sanitária se tornou central devido a diversos fatores, como o estresse da pandemia, o pânico disseminado, a desinformação, a desorganização das atividades pedagógicas e de convívio familiar e social, a impossibilidade de encontros presenciais com os amigos e parentes, a interrupção dos esportes coletivos e a incapacidade dos adultos de atender às necessidades emocionais fundamentais para o seu desenvolvimento saudável. “Na atual pandemia, pediatras têm atendido solicitações de famílias que descrevem o surgimento de insônia, anorexia, crises de ansiedade ou depressão em seus filhos. Algumas vezes, podem reaparecer comportamentos já superados pela criança, como urinar na cama (enurese) ou pedir para dormir com os pais. Mesmo crianças bem pequenas podem ser afetadas pela quebra abrupta na rotina, devido ao fechamento das creches e escolas, e pelas mudanças no comportamento dos adultos e no ritmo da casa ”, informa o texto.
 

Para Gabriela Mora, da Unicef, a escola é um local privilegiado de observação do que está acontecendo no dia-a-dia dos adolescentes e crianças. “A escola é um lócus que precisa ser trabalhado no seu potencial para que aproveite cada vez mais essa capacidade de observação sobre um comportamento que seja diferente. As pessoas que estão ali no dia-a-dia com os adolescentes e com as crianças muitas vezes vão perceber primeiro quando algo não está legal, quando alguém está se sentindo afetado no seu bem estar”, indica.

Mas ela reflete que não é possível a escola dar conta de tudo, uma vez que os profissionais da educação já estão sobrecarregados com suas funções cotidianas. “É importante que eles saibam e tenham onde se vincular, que não estejam sozinhos nessa batalha de promoção de saúde mental, mas que consigam se vincular dentro da comunidade com esses outros serviços de assistência à saúde, para que, de forma intersetorial, consigam encontrar esses caminhos para promoção da saúde mental”, afirma Mora.

Fonte: https://portal.fiocruz.br/noticia/saude-mental-especialistas-falam-sobre-os-desafios-no-cuidado-de-jovens-e-adolescentes

O ruim é que muitas famílias depositam tanta confiança na escola, que esquecem seus papéis de educadores, de formadores, tanto quanto ou mais que os professores, que os recebem nas escolas.
Se os pais e/ou responsáveis se veem com dificuldades de educar 1, 2 ou 3 filhos, imagina a escola com 45 ou 50 por turma!!
Se torna um trabalho muito complicado, pois muitos que estão ali dentro daquelas salas de aula vêm de famílias desestruturadas, famílias agressivas, famílias sem nenhuma estabilidade emocional, o que acaba passando para a criança, que chega a passar mal e não sabe nem explicar o que está sentindo...

A família precisa andar de mãos dadas com a escola, para que seja garantida a educação desses jovens, que são o futuro do nosso país.



Um pouco mais sobre o assunto:
Violência nas escolas

Cartilhaorienta profissionais a lidar com a violência escolar

domingo, 15 de maio de 2022

ENEM - Informações

 O Exame Nacional do Ensino Médio ( ENEM) 2022 já começou com surpresas para os candidatos.
Para quem não pediu isenção no período estipulado, antes das inscrições para a prova perdeu a oportunidade de "não pagar" a inscrição, pois este ano, mesmo sendo estudante de escola pública, se não solicitou a isenção antes, terá que desembolsar R$85,00 para ter direito a fazer a avaliação.
E aqueles estudantes que não têm mesmo condições financeiras, como ficam nisso tudo?
Acredita-se que deveria ter havido uma divulgação maior em relação a isso, ter conscientizado e até focado na informação de que: MESMO PARA ESTUDANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS É OBRIGATÓRIO A SOLICITAÇÃO DE ISENÇÃO.

O que complica bastante para aqueles que tanto sonharam em ingressar numa Universidade Pública, que já não é tão fácil, e agora, sem a informação de forma mais clara, perderam a oportunidade.

Segue abaixo o edital para fins de conferência.


DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 29/03/2022 Edição: 60 Seção: 3 Página: 61

Órgão: Ministério da Educação/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

EDITAL Nº 14, DE 28 DE MARÇO DE 2022

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP), no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto nº 6.317, de 20 de dezembro de 2007, e a Portaria nº 986, de 21 de dezembro de 2017, tendo em vista o disposto na Portaria/MEC nº 458, de 5 de maio de 2020, torna públicos os procedimentos de justificativa de ausência na edição de 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de solicitação de isenção da taxa de inscrição para a edição 2022.

1. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 Este Edital, regido pela Portaria/MEC nº 458/2020, dispõe sobre as diretrizes, os procedimentos e os prazos para a realização da justificativa de ausência no Enem 2021 e para a solicitação de isenção da taxa de inscrição do Enem 2022.

1.1.1 O Inep publicará editais com regras específicas de cada versão do Enem 2022, Enem impresso, Enem digital e Enem para adulto submetido a pena privativa de liberdade e adolescente sob medida socioeducativa, que inclua privação de liberdade (Enem PPL).

1.2 A justificativa de ausência no Enem 2021 e a solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 serão anteriores à inscrição e realizadas pelo endereço <enem.inep.gov.br/participante>, cumprindo o seguinte cronograma:

Justificativa de ausência no Enem 2021 e solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022

4 a 15 de abril de 2022

Resultado da justificativa de ausência e solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022

22 de abril de 2022

Recurso da justificativa de ausência e solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022

25 a 29 de abril de 2022

Resultado do recurso da justificativa de ausência e solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022

6 de maio de 2022

1.3 Antes de justificar a ausência no Enem 2021 e/ou solicitar isenção da taxa de inscrição no Enem 2022, o participante deverá ler este Edital, os anexos e os atos normativos nele mencionados, para certificar-se de que aceita todas as condições nele estabelecidas e que preenche todos os requisitos exigidos para a participação no Enem 2022.

1.4 O participante que teve concedida a isenção da taxa de inscrição no Enem 2021 e que não tenha comparecido nos dois dias de prova deverá justificar a ausência para solicitar a isenção da taxa de inscrição no Enem 2022.

1.5 O participante que obtiver a isenção da taxa de inscrição do Enem 2022 e não comparecer às provas nos dois dias de aplicação deverá justificar sua ausência no sistema de isenção do Enem 2023, se desejar solicitar nova isenção para o Exame.

1.5.1 A justificativa a que se refere o item 1.5 deste Edital deverá ser realizada, obrigatoriamente, mediante regras estabelecidas no Edital do Enem 2023.

1.6 Ter a aprovação da justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou da solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 não garante a efetivação da inscrição no Enem 2022. Os interessados em realizar o Enem 2022 digital ou impresso, isentos ou não, deverão realizar sua inscrição na Página do Participante <enem.inep.gov.br/participante>, tendo como referência os editais específicos com disposições, procedimentos e prazos.

2. DA JUSTIFICATIVA DE AUSÊNCIA NO ENEM 2021 E/OU DA SOLICITAÇÃO DE ISENÇÃO DA TAXA DE INSCRIÇÃO PARA O ENEM 2022

2.1 O participante que obteve a isenção da taxa de inscrição do Enem 2021, não compareceu às provas nos dois dias de aplicação e queira solicitar isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 deve justificar sua ausência.

2.2 A justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou a solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 deve ser feita pelo endereço <enem.inep.gov.br/participante>, do dia 4 de abril às 23h59 do dia 15 de abril de 2022 (horário de Brasília-DF).

2.2.1 Não serão aceitas justificativas de ausência no Enem 2021 e/ou solicitações de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 realizadas fora do sistema e/ou fora do período, do dia 4 de abril às 23h59 do dia 15 de abril de 2022 (horário de Brasília-DF).

2.3 Para justificar a ausência no Enem 2021 e/ou solicitar a isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, o participante deve:

2.3.1 Informar o número de seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) e a sua data de nascimento;

2.3.1.1 Os dados pessoais informados devem ser iguais aos dados cadastrados na Receita Federal para não inviabilizar a correspondência entre as informações. Antes de solicitar a isenção, o participante deve verificar a correspondência dessas informações pessoais e, se for o caso, atualizá-las na Receita Federal.

2.3.2 Informar um endereço de e-mail válido e único e um número de telefone fixo e/ou de um celular válido, que poderão ser utilizados pelo Inep para enviar ao participante informações relativas ao Exame.

2.3.2.1 O Inep não se responsabiliza pelo envio de informações a terceiros decorrente de cadastramento indevido de e-mail e/ou número de telefone pelo participante.

2.3.3 Preencher corretamente as informações solicitadas, inserir os documentos requeridos e verificar se a solicitação foi concluída com sucesso.

2.3.3.1 Os dados referentes ao Número de Identificação Social, a situação do ensino médio e os informados no Questionário Socioeconômico não poderão ser alterados.

2.3.4 Criar um cadastro e uma senha de acesso para a Página do Participante, no endereço <sso.acesso.gov.br>, que deve ser memorizada e/ou anotada em local seguro e será utilizada para acompanhar a situação da solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022.

2.3.4.1 A senha é pessoal, intransferível e de responsabilidade do participante.

2.3.4.2 O participante que esquecer a senha cadastrada terá a opção de recuperá-la no endereço <sso.acesso.gov.br>.

2.4 A justificativa de ausência no Enem 2021 deverá ser realizada com a inserção de documentos, conforme Anexo I deste Edital, que comprovem o motivo da ausência. Todos os documentos deverão estar datados e assinados.

2.4.1. Não serão aceitos documentos autodeclaratórios ou emitidos por pais ou responsáveis.

2.4.2 Os documentos para justificativa de ausência no Enem 2021 devem conter todas as especificações do Anexo I deste Edital e serem legíveis para análise, sob pena de serem considerados documentos inválidos.

2.4.3 Serão aceitos somente documentos nos formatos PDF, PNG ou JPG, com o tamanho máximo de 2MB.

2.4.4 O participante que concluir a solicitação não poderá substituir o documento de justificativa de ausência no Enem 2021.

2.5 A justificativa a que se refere o item 2.1 não caracteriza a isenção automática da taxa de inscrição do Enem 2022. Para obter a isenção da taxa de inscrição, o participante deverá cumprir um dos requisitos previstos no item 2.6 deste Edital.

2.6 Será isento da taxa de inscrição para o Enem 2022 o participante que preencha um dos requisitos:

2.6.1 esteja cursando a última série do ensino médio no ano de 2022, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública declarada ao Censo da Educação Básica; ou

2.6.2 ter cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e ter renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio, conforme art. 1º, parágrafo único, incisos I e II, da Lei nº 12.799, de 10 de abril de 2013; ou

2.6.3 declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser membro de família de baixa renda, nos termos do art. 4º do Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007, e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que requer: renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.

2.6.3.1 O participante que solicitar isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 por estar incluído no CadÚnico deverá informar o seu Número de Identificação Social (NIS) único e válido.

2.6.3.2 Os dados pessoais informados no CadÚnico devem ser iguais aos dados cadastrados na Receita Federal, sob pena de reprovação da solicitação da isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022. Antes de solicitar a isenção, o participante deverá verificar a correspondência dessas informações pessoais e, se for o caso, atualizá-las no CadÚnico e/ou na Receita Federal.

2.6.3.3 Não serão aceitos protocolos de inscrição no CadÚnico.

2.6.3.4 Para análise da solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, o Inep poderá consultar o órgão gestor do CadÚnico para verificar a conformidade da condição indicada pelo participante no sistema de isenção.

2.7 Para todos os requisitos de justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, o participante deverá ter documentos que comprovem a condição declarada, sob pena de ser eliminado do Exame e responder por crime contra a fé pública.

2.8 O Inep auditará a justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou a solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 e poderá exigir, a qualquer momento, documentos que comprovem a condição declarada, conforme disposto no art. 10 do Decreto nº 83.936, de 6 de setembro de 1979.

2.8.1 Se for constatado que o participante declarou informações falsas ou inexatas, conseguindo uma isenção indevida, ele será eliminado do Exame, a qualquer tempo, e deverá ressarcir ao erário os custos referentes à taxa de inscrição. Poderão também ser aplicadas outras penalidades previstas em lei.

2.9 O participante deve consultar o resultado da sua justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 pelo endereço <enem.inep.gov.br/participante>, a partir do dia 22 de abril de 2022.

2.10 A justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou a solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 serão reprovadas se o participante:

a) não cumprir qualquer exigência deste Edital;

b) não comprovar as informações prestadas com os documentos necessários, conforme anexos I e II deste Edital;

c) fornecer informação e documentação incompatíveis, contraditórias e/ou falsas.

2.10.1 O participante que não apresentar justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou tiver a solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 reprovada, não solicitar recurso e desejar se inscrever no Enem 2022, deverá realizar a inscrição conforme Edital do Enem impresso ou digital e efetuar o pagamento da taxa de inscrição, para ter sua inscrição confirmada.

2.11 O participante é responsável por preencher corretamente as informações prestadas na justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou solicitação da isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, inserir os documentos solicitados e verificar se a isenção/justificativa foi concluída com sucesso.

3. DO RECURSO DA JUSTIFICATIVA DE AUSÊNCIA NO ENEM 2021 E/OU DA SOLICITAÇÃO DE ISENÇÃO DA TAXA DE INSCRIÇÃO PARA O ENEM 2022

3.1 Caso a justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 sejam reprovadas, o participante poderá solicitar recurso pelo endereço <enem.inep.gov.br/participante>, do dia 25 de abril às 23h59 do dia 29 de abril de 2022 (horário de Brasília-DF).

3.1.1 Para a solicitação de recurso da justificativa de ausência no Enem 2021, o participante deverá enviar nova documentação que justifique sua ausência, observando a opção escolhida, conforme Anexo I deste Edital, pelo endereço <enem.inep.gov.br/participante>.

3.1.2 Para a solicitação de recurso da isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, o participante deverá enviar documentação que comprove a situação de solicitação de isenção, observando a opção escolhida, conforme Anexo II deste Edital, pelo endereço <enem.inep.gov.br/participante>.

3.1.3 Serão aceitos somente documentos nos formatos PDF, PNG ou JPG, com o tamanho máximo de 2MB.

3.2 O resultado do recurso de justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 deverá ser consultado no endereço <enem.inep.gov.br/participante>, a partir do dia 6 de maio de 2022.

3.3 O participante que tiver sua solicitação de recurso de justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 reprovada, ou que não apresentou recurso e desejar realizar o Enem 2022, deverá acessar o sistema de inscrição pelo endereço <enem.inep.gov.br/participante>, informar os dados solicitados, gerar a GRU Cobrança e efetuar o pagamento da taxa de inscrição, conforme Edital do Enem impresso ou digital, para ter sua inscrição confirmada.

3.4 As informações prestadas no sistema de justificativa de ausência no Enem 2021 e isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 são de responsabilidade do participante.

4. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

4.1 O Inep não enviará qualquer tipo de correspondência à residência do participante para informar quaisquer resultados da justificativa de ausência no Enem 2021 e da solicitação de isenção da taxa de inscrição no Enem 2022. O participante deverá, obrigatoriamente, acessar o endereço <enem.inep.gov.br/participante> e consultar o resultado, sendo o único responsável por esse procedimento.

4.2 O Inep não fornecerá atestados, certificados ou certidões relativas à justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou solicitação de isenção da taxa de inscrição do participante no Exame 2022.

4.3 O presente Edital poderá ser alterado, revogado ou anulado, no todo ou em parte, seja por decisão unilateral do Inep, seja por motivo de interesse público ou exigência legal, em decisão fundamentada, decorrente de fato superveniente, sem que isso implique direito a indenização ou reclamação de qualquer natureza, conforme legislação vigente.

4.4 O Inep não se responsabiliza por justificativa de ausência no Enem 2021, solicitação da isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022 e/ou de sua solicitação de recurso não recebida por quaisquer motivos de ordem técnica dos equipamentos eletrônicos, falhas de comunicação, congestionamento das linhas de comunicação, procedimento indevido do participante e/ou outros fatores que impossibilitem a transferência de dados. É de responsabilidade do participante acompanhar a situação de suas solicitações.

4.5 As informações pessoais, educacionais e socioeconômicas, informadas no sistema poderão ser utilizadas para validação das condições informadas, nos termos do inciso III do art. 7º, da alínea "b" do inciso II do art. 11, do art. 24 e do art. 26 da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. As informações prestadas somente poderão ser divulgadas mediante a autorização expressa do participante.

4.6 A justificativa de ausência no Enem 2021 e/ou a solicitação de isenção da taxa de inscrição no Enem 2022 implicam a aceitação das disposições, das diretrizes e dos procedimentos contidos neste Edital.

4.7 Os casos omissos e as eventuais dúvidas referentes a este Edital serão resolvidos e esclarecidos pelo Inep.

DANILO DUPAS RIBEIRO

ANEXO I

Documentos aceitos para a justificativa de ausência no Enem 2021

. Assalto/Furto - Boletim de Ocorrência Policial legível, com nome completo, CPF ou RG do participante envolvido, com o relato do assalto/furto ocorrido antes das 13h (horário de Brasília) em um dos dias 21 ou 28 de novembro de 2021; ou 9 ou 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas.

. Acidente de Trânsito - Boletim de Ocorrência Policial legível, com nome completo, CPF ou RG do participante envolvido, com o relato do acidente de trânsito ocorrido antes das 13h (horário de Brasília) em um dos dias 21 ou 28 de novembro de 2021; ou 9 ou 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas.

. Casamento/União Estável - Certidão de Casamento ou Contrato de União Estável legível ocorrido entre os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas, com nome completo do participante.

. Morte na Família - Certidão de Óbito ocorrido entre os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas, do cônjuge ou companheiro, pai, mãe, ou responsável legal, avô, avó, irmão, filho ou enteado, com documentação que comprove o parentesco.

. Maternidade - Certidão de Nascimento ou de adoção legível que contemple os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas, em que conste o nome completo da participante.

. Paternidade - Certidão de Nascimento ou de adoção legível que contemple os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas, em que conste o nome completo do participante.

. Acompanhamento de cônjuge ou companheiro - Documento, expedido por autoridade constituída, que comprove o acompanhamento de cônjuge ou companheiro deslocado para outra cidade, entre o dia 15 de julho 2021 até o dia 16 de janeiro de 2022.

. Privação de liberdade - Mandado de prisão ou documento congênere que ateste privação de liberdade nos dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas, contendo nome completo do participante, identificação e assinatura do responsável pelo órgão competente.

. Emergência/Internação/repouso médico ou odontológico - Atestado Médico ou Odontológico legível, com o nome completo do participante especificando a necessidade da internação/repouso ou CID que contemple os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas. O documento deve conter o número do Conselho Regional de Medicina (CRM) ou Registro do Ministério da Saúde (RMS) ou do Conselho Regional de Odontologia (CRO) ou do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) ou ainda do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) e a assinatura do médico ou do odontólogo ou do responsável. Também serão aceitos atestados de acompanhamento de familiar: do cônjuge ou companheiro, pai, mãe ou responsável legal, avô, avó, irmão, filho ou enteado, com documentação que comprove o parentesco.

. Trabalho - Declaração de exercício de atividade profissional que contemple os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas, com número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), identificação da empresa e assinatura do empregador responsável pela declaração.

. Deslocamento a trabalho - Declaração de exercício de atividade profissional assinada, contendo justificativa do deslocamento, que contemple os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas, com número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), identificação da empresa e assinatura do empregador responsável pela declaração.

. Intercâmbio acadêmico - Documento assinado, em língua portuguesa, da Instituição de Ensino Internacional que comprove intercâmbio, contendo identificação da Instituição de Ensino, nome completo do participante e o período do curso, que contemple os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas.

. Atividade curricular - Declaração ou documento assinado que comprove a participação do estudante, em atividade curricular que contemple os dias 21 e 28 de novembro de 2021 ou 9 e 16 de janeiro de 2022, para os participantes da reabertura das inscrições ou da reaplicação das provas, no Brasil ou no exterior.

ANEXO II

Documentos aceitos nos recursos da solicitação de isenção da taxa de inscrição

a) Documentos aceitos para solicitação de recurso de isenção da taxa de inscrição pela Lei nº 12.799, de 10 de abril de 2013:

. Documento de identificação (Cédula de Identidade) do participante e dos demais membros que compõem o núcleo familiar.

. Declaração que comprove a realização de todo o ensino médio em escola do sistema público de ensino do Brasil (municipal, estadual ou federal) ou histórico escolar do ensino médio, com assinatura e carimbo da escola; e, no caso de participante bolsista, acrescentar a declaração da escola que comprove a condição de bolsista integral em todo o ensino médio.

. Como comprovante da renda declarada, será aceito um dos documentos relacionados a seguir, referente ao mês corrente ou, no máximo, a três meses anteriores:

- Comprovante de pagamento, como holerite ou contracheque, recibo de pagamento por serviços prestados, envelope de pagamento ou declaração do empregador.

- Declaração original, assinada pelo próprio interessado, para os autônomos e trabalhadores em atividades informais, contendo as seguintes informações: nome, atividade que desenvolve, local onde a executa, telefone, há quanto tempo a exerce e renda bruta mensal em reais.

- Extrato de rendimentos fornecido pelo INSS ou por outras fontes, referente à aposentadoria, auxílio-doença, pensão, pecúlio, auxílio-reclusão e previdência privada. Na falta destes, extrato bancário identificado, com o valor do crédito do benefício.

- Recibo de comissões, aluguéis, pró-labores e outros.

- Recibo de seguro-desemprego e do FGTS.

- Rescisão do último contrato de trabalho.

- Comprovante do valor da pensão alimentícia. Na falta deste, extrato ou declaração de quem a concede, especificando o valor.

- Comprovantes de benefícios concedidos por programas sociais, como bolsa-família.

- Declaração original da pessoa que concede ajuda financeira ao interessado, pagamento de despesas com escola ou de outras despesas, contendo as seguintes informações: nome, endereço, telefone, valor concedido e finalidade.

- Comprovante de residência no Brasil (conta de água, energia elétrica, gás, telefone, carnê de IPTU, correspondências oficiais ou bancárias).

b) Documentos aceitos para solicitação de recurso de isenção da taxa de inscrição pelo Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007:

. Cópia do cartão com o Número de Identificação Social (NIS) válido, no qual está inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou documento com o Número de Identificação Social (NIS) válido, no qual está inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

. Nome completo e CPF da mãe do participante.

c) Documento aceito para solicitação de recurso de isenção da taxa de inscrição por se declarar concluinte do ensino médio de escola pública:

Declaração escolar que comprove está cursando a última série do ensino médio em 2022, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública, declarada ao Censo Escolar da Educação Básica.


Encontrado em: 

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/edital-n-14-de-28-de-marco-de-2022-389077346



Fonte da imagem: https://www.stoodi.com.br/guias/enem/