quarta-feira, 29 de junho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS PARA APLICAR EM SALA DE AULA

 A geração Z , que já nasceu imersa nos meios digitais, no imediatismo e no que é atrativo, uma sala de aula no formato tradicional deixou de ser interessante até mesmo para quem gosta de aprender.
Pensando nisso, muitos procuram métodos para tornar a aula cada vez mais atrativa.

Estudando um pouco sobre as metodologias ativas encontrei algumas que, com certeza, tornarão suas aulas bem mais interessantes.
Vamos lá:


4 metodologias ativas para aplicar em sala de aula

 

1. Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é uma metodologia ativa, atual e moderna, que procura fazer do aluno ator principal de seu caminho rumo ao conhecimento. 

Para isso, o educador deve passar qual será o conteúdo brevemente mas indicar aos alunos que pesquisem sobre o assunto em casa pelos meios necessários. Em um terceiro momento, os alunos deverão levar o conteúdo aprendido à sala de aula apenas para sanar suas dúvidas.

Mas o que se nota na sala de aula invertida é que os estudantes estão por si só, de maneira autônoma, sendo completamente ativos.

Seria interessante, inclusive, que os você sugerisse como tarefa individual ou em grupo, que os alunos ensinassem aos demais o assunto estudado em casa. Já que de acordo com a pirâmide de aprendizagem, aprendemos muito mais quando ensinos determinado assunto a alguém.  

 A sala de aula invertida é muito prática, pois desperta o interesse do estudante naquilo que ele achou importante e não compreendeu direito. Esse tipo de metodologia desperta a participação dos estudantes durante as aulas, para que ele não seja apenas ouvinte no processo de ensino e aprendizagem.


Ensino Híbrido

ensino híbrido é também uma metodologia ativa. Isso porque este ensino inovador busca unir de maneira equilibrada o ensino a distância e o ensino presencial. 

Com essa união, os alunos deverão ser muito mais ativos em seu processo de ensino-aprendizagem, já que precisarão de disciplina e muita concentração para aprenderem via EAD. E, além disso, o uso da tecnologia como meio de aprendizagem vai fazer com que os alunos produzam conhecimento de maneira mais autônoma.

Um exemplo de técnica de ensino híbrido é a rotação por estações.

 O Ensino híbrido não diz respeito somente ao período de pandemia, pois muitos professores, inclusive eu, já utilizávamos esse método bem antes do início das contaminações por covid-19, e era muito aceito pelos estudantes. 
Lembro de um ano em que precisávamos ensaiar as falas de uma peça teatral para apresentação de um trabalho para a escola toda, então nós procuramos formas de fazermos chamadas de vídeo em grupo. Então os meus estudantes já conheciam o meet e outro aplicativo de chamada e grupo, que era o discorde. Quando houve a necessidade de ficarmos online aqueles que já haviam sido meus alunos em algum momento, ensinavam aos outros como utilizar, como entrar na plataforma do google classroom, pois lá eu deixava atividades pra eles. 
Então, são ferramentas que ajudam muito. O ensino híbrido já estava e continuará em nossas vidas como forma de auxílio, melhoramento, upgrade na educação.


Promoção de seminários e discussões 

 

Uma outra metodologia ativa superinteressante é a promoção de seminários e discussões. Mudar a disposição das carteiras e colocar alunos e professor em uma mesmo patamar é bem interessante e faz os estudantes se sentirem importantes.

Além disso, eles aprendem muito mais quando apresentam e discutem algum tipo de assunto, se posicionando sobre ele. 

Inclusive, por meio de discussões e seminários, os estudantes também desenvolvem sua argumentação, o que é fundamental para realizar textos dissertativo-argumentativos e se posicionar frente a determinado assunto durante sua vida. 

 Esse é um clássico, mas é muito utilizado e uma forma muito eficiente para que os estudantes possam memorizar, aprender de verdade aquilo que está estudando. 
Aposto muito nos seminários e o resultado é muito satisfatório sempre.


Gamificação

A gamificação é uma outra metodologia ativa. Ela busca trazer jogos para a sala de aula, e assim fazer dos celulares aliados na aprendizagem dos conteúdos das aulas.

Seria interessante que você sugerisse jogos interativos que tenham a ver com o assunto das aulas. Essa é uma estratégia bem legal para unir alunos e professores no desenvolvimento do conhecimento em um mundo cheio de distrações tecnológicas. 

A gamificação é interessante também para que os alunos desenvolvam um espírito de competitividade saudável. 

Vale lembrar também que os jogos não precisam ser apenas tecnológicos, eles podem ser de qualquer espécie. Então, use sua imaginação junto com seus alunos e criem games legais para que a aula fique divertida e interativa. 


Na gamificação o estudante desperta a competitividade saudável, naquela euforia que querer acertar e ganhar o jogo ele acaba estudando e memorizando o conteúdo. Essas brincadeiras na escola são muito interessantes e acabam despertando o interesse do estudante para o aprender a aprender, para o querer aprender, etc.


Exemplo de gamificação: Kahoot
Exemplo de um kahoot criado por mim: Kahoot acentuação gráfica

Dá para criar quiz de todas os componentes curriculares.

Por isso, eu aposto muito nas metodologias ativas e estou a cada dia em busca de novidades para levar para os meus estudantes.

terça-feira, 28 de junho de 2022

13 filmes para aprender Português ( e Literatura)


 O cinema é um ótimo entretenimento, você não acha?
Atualmente os jovens estudantes estão mais dispesos e longe de buscar alcançar os seus objetivos através da educação. Mas a culpa não é deles, não se sabe ao certo de quem é a culpa... rsrsr
O fato é que o professor precisa estar sempre buscando coisas novas para tornar a aula mais atrativa para seus "pupilos". 
Pensando nisso procurei e encontrei uma pesquisa que mostra 13 filmes que serão de grande valia para o ensino de língua Portuguesa. Então, se você, assim como eu, procura estar sempre se atualizando e procurando métodos mais atrativos para suas aulas, não deixe de ler até o final. Sei que irás gostar!

Estou levando isso para sala de aula, e, acredito estar surtindo efeito, pois eles ( os estudantes) estão amando.



1- Os Inconfidentes (1972)


Lançado por Joaquim Pedro de Andrade, Os Inconfidentes é uma co-produção entre Brasil e Itália que narra a história da Inconfidência Mineira. Um grupo de intelectuais e membros da alta elite brasileira se juntam para libertar o país da opressão portuguesa.

De todos, Tirandentes (José Wilker) é aquele que está disposto a ir até o fim, custe o que custar. O filme foi baseado nos livros Os Autos da Devassa e Romanceiro da Inconfidência. Apresenta a reconstrução do período e influenciou diversas produções literárias.

Além de ilustrar um importante momento da história brasileira, a obra também é interessante por contar acontecimentos políticos que influenciaram fortemente o trabalho de autores como Santa Rita Durão, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama.

Além disso, vale a pena conferir o roteiro de Cecília Meireles, Eduardo Escorel e do próprio Joaquim Pedro de Andrade!


2- Dona flor e seus dois maridos (1976)




A obra de Bruno Barreto é uma adaptação do livro homônimo de Jorge Amado. Dona Flor (Sônia Braga) fica viúva de Vadinho (José Wilker), um verdadeiro malandro. Então, ela resolve se casar com o farmacêutico Teodoro Madureira (Mauro Mendonça).

Acontece que, de repente, ela se sente entediada e passa a chamar pelo antigo marido. Vadinho aparece do além e, assim, Dona Flor começa um relacionamento à três. Os traços da oralidade de Jorge Amado estão muito presentes na película dentro de uma linguagem bem regional.

Não é à toa que ele sempre foi conhecido por manter uma afinidade com a figura popular e levar essa marca para a literatura.

Em 2017, o filme ganhou nova versão com a atuação de Juliana Paes como Dona Flor, Marcelo Faria como Vadinho e Lenadro Hassum como Teodoro.


3- Sociedade dos poetas mortos (1990)



John Keating (Robin Williams) é o novo professor de inglês do tradicional internato no qual foi um aluno brilhante. O ensino é rígido como uma academia militar e, por esse motivo, muitos veem a didática dele como reacionária.

Tudo pelo fato de que Keating é do tipo que entra na sala assoviando, diverte os alunos, pratica aulas ao ar livre, incentiva a criação de poesias espontâneas e estimula a vontade de viver intensamente.

Em uma das aulas, ele pede que os alunos rasguem algumas páginas do livro para que possam pensar por si mesmos. No início, todos relutam. Com o tempo, o grupo começa a gostar de literatura e a sensação de viver a poesia.

Então, certo dia um deles descobre que o professor foi membro da Sociedade dos Poetas Mortos e pede mais informações sobre essa formação. John hesita, mas fala da época em que ele e os colegas costumavam se reunir para estudar poesia em um local secreto.

Isso foi o bastante para que todos quisessem reativar o movimento e deixar as inspirações fluírem. Ao mesmo tempo, os estudantes tiveram que lidar com as adversidades do mundo real.


4- Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995)




O filme de Carla Camurati é um marco na história do cinema brasileiro. Participou de mais de 40 festivais ao redor do mundo e levou mais de 1,5 milhão de espectadores aos cinemas em 1995.

Com um orçamento modesto para a época, de 600 mil reais, Carlota Joaquina, Princesa do Brasil é estrelado por Marieta Severo e Marco Nanini.

Trata-se de uma obra histórica, mas com um pesado tom satírico, que mostra a vinda da corte portuguesa para o Brasil através do ponto de vista de Carlota Joaquina, a princesa espanhola que foi prometida em casamento a D. João VI quando era uma garota de apenas dez anos de idade. Assim, ela cresceu e construiu seu lugar na então colônia portuguesa.]


5- Central do Brasil (1998)



Uma das obras brasileiras que ficaram famosas no exterior por conta da indicação ao oscar, Central do Brasil mostra a vida simples de Dora (Fernanda Montenegro). Ela é uma ex-professora de português que escreve cartas para as pessoas que não sabem ler nem escrever.

O cenário é a Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Certo dia, Dora recebe uma senhora que deseja se comunicar com o marido por escrito. O motivo é que seu filho quer conhecê-lo. Segundos depois de fechar o envelope, a mulher morre atropelada e Dora se sente obrigada a levar o garoto até o pai.

Do ponto de vista da Língua Portuguesa, é interessante observar as partes em que a escritora monta a narrativa das cartas. Além disso, cada pessoa tem um tipo de linguagem: a maioria não teve a oportunidade de frequentar uma escola. Então, vemos vários tipos de expressões tipicamente brasileiras.


6. Auto da Compadecida (2000)




A peça Auto da Compadecida não podia ficar de fora dessa lista. A obra foi escrita por Ariano Suassuna e transformada em uma série que foi transmitida na Globo em janeiro de 1998. O sucesso foi tão grande que o diretor Guel Arraes adaptou para filme em 2000.

A história acontece no interior da Paraíba, conhecida como a “Roliúde Nordestina”. Chicó (Matheus Nachtergaele) e João Grilo (Selton Melo) conseguem um emprego na padaria da cidade.

Quando a cadela do padeiro passa mal, os dois tentam convencer o padre a benzê-la, mas sem sucesso. Depois de fazer uma enorme confusão com a morte do animal, João resolve vender um gato afirmando que ele “descomia” dinheiro. Ou seja, saia dinheiro pela boca.

Ambos também enganam Severino, um cangaceiro perigoso. Eles pedem que ele sopre uma gaita mágica para visitar seu padrinho Padre Cícero, com a garantia de voltar à vida depois.

É evidente o cunho de sátira por meio das características das personagens, assim como a presença marcante dos neologismos mais criativos. A história trabalha o tema religioso da moral católica totalmente focada no contexto nordestino.


7. Memórias Póstumas (2001)



Memórias Póstuma de Brás Cubas, a obra-prima de Machado de Assis, deu origem ao realismo brasileiro em 1881. Mais de um século depois, André Klotzel lança a adaptação para os cinemas, intitulada apenas Memórias Póstumas e estrelada por Reginaldo Faria, Sônia Braga e Marcos Caruso.

O roteiro, assinado por Klotzel ao lado de José Roberto Torero, conta com frases retiradas diretamente do livro, mas com algumas peculiaridades próprias que buscam aproximar o filme ainda mais de sua fonte de inspiração.

Portanto, trata-se de uma produção repleta de ironias e de comicidades. Você vai se divertir enquanto se delicia com esse novo olhar sobre uma das maiores obras da literatura brasileira.

8. Caramuru: A Invenção do Brasil (2001)



Dirigido por Guel Arraes e escrito por ele ao lado de Jorge Furtado, Caramuru: A Invenção do Brasil é baseado no livro homônimo de Santa Rita Durão, que faz parte do arcadismo.

Mas, apesar de contar acontecimentos históricos, o filme investe em uma forte pegada cômica que narra os conflitos entre portugueses e índios de uma forma irreverente.

O jovem Diogo Álvares (Selton Mello) é um talentoso pintor português cujo estilo busca realçar a beleza da realidade. Ele é contratado pelo cartógrafo do rei para ilustrar os mapas que guiariam Pedro Álvares Cabral em suas viagens marítimas.

Entretanto, Diogo envolve-se com Isabelle (Débora Bloch), uma sedutora francesa que frequenta a Corte portuguesa e que rouba o mapa do artista.

Ele, então, é deportado para o Brasil, onde conhece as irmãs índias Paraguaçu (Camila Pitanga) e Moema (Deborah Secco). É o início do primeiro triângulo amoroso da história do país.

9. Poeta de Sete Faces (2002)



O documentário conta a história de Carlos Drummond de Andrade desde os primeiros anos de vida, a mudança para o Rio de Janeiro até o ápice da carreira, ou seja, é imperdível!

Além de apresentar a trajetória de vida do poeta mineiro, o diretor Paulo Thiago disseca as diversas fases de toda a produção literária de um dos maiores gênios do nosso país. Para tanto, o filme é dividido em três partes, acompanhando cada momento de sua vida e carreira.

Assim, o Poeta de Sete Faces registra desde o nascimento de Drummond, na pequena Itabira, em Minas Gerais, até a sua mudança para o Rio de Janeiro, a publicação de seus primeiros livros, sua relação com o modernismo brasileiro de 1922 e o surgimento de seus versos metafóricos e irônicos.

Além disso, é claro, a atuação de Andrade na política e seu uso da literatura como ferramenta de crítica social não ficam de fora.

Para encerrar, o cineasta também explora os prêmios recebidos e a glória alcançada por Drummond, assim como o legado deixado por sua obra na forma de adaptações, memórias e estudos.

10. Dom (2003)



Em Dom, o diretor e roteirista Moacyr Góes presenteia o espectador com uma forma totalmente nova de se relacionar com outra obra-prima da nossa literatura, também de autoria de Machado de Assis.

No filme acompanhamos Bento (Marcos Palmeira), filho de um casal apreciador de Machado e que decide dar ao filho o nome do protagonista de Dom Casmurro. Isso faz com que o garoto cresça sob a sombra do autor carioca, levando-o a tentar incorporar características da personalidade e elementos da vida do personagem em sua própria existência.

A essência do filme encontra-se no romance nascido do reencontro de Bento com sua melhor amiga de infância, Ana Clara — que ele insistia em chamar de Capitu.

11. Língua — Vidas em Português (2004)



Co-produção entre Brasil e Portugal, o documentário Língua — Vidas em Português conta a história desse idioma que embala as vidas de mais de duzentas milhões de pessoas ao redor do mundo.

Poemas escritos, paixões declaradas, desavenças reveladas, segredos descobertos, músicas compostas, piadas declamadas… A Língua Portuguesa acompanha o cotidiano de pessoas no Brasil, em Portugal, em Cabo Verde, no Japão, na França, na Índia, nos Estados Unidos, Moçambique, Angola, entre tantos outros lugares.

Não somente como língua oficial, o Português foi uma língua amplamente difundida pelo mundo durante as Grandes Navegações.

Como resultado, muitos falantes nativos do português fizeram de outros países o seu novo lar.

Para retratar tudo isso, além de personagens anônimos, o documentário também conta com a participação especial de José Saramago, João Ubaldo, Martinho da Vila, Mia Couto e Teresa Salgueiro para trazer um embasamento mais aprofundado compartilhado por pessoas que fizeram da convivência com a Língua Portuguesa o seu modo de viver.

Língua — Vidas em Português mostra nosso idioma falado em vários cantos do mundo, permitindo que conheçamos as peculiaridades de cada grupo de falantes e as formas com que o idioma se adapta e evolui.

12. Narradores de Javé (2004)



O filme foi rodado no interior da Bahia, na cidade de Gameleiro da Lapa. Conta a história de uma localidade chamada Javé. Tudo está prestes a ser totalmente destruído por conta de uma autorização para a construção de uma usina hidrelétrica.

Os habitantes procuram uma solução para o problema e decidem se unir para escrever a história do vilarejo, já que não havia nenhum registro que comprovasse a existência daquele lugar.

Acontece que a maioria dos habitantes é analfabeta. O personagem de Antônio Biá, vivido por José Dumont, recebe a importante missão de colocar o plano em prática. Afinal, é o único que sabe ler.

Então, ele bate na porta de cada morador para coletar as informações necessárias. Durante as entrevistas, é possível perceber as características daquela comunidade, cultura, costumes e a identidade marcante de um grupo social. Uma boa dica para quem deseja se aprofundar na construção da língua.


13. Dentro da casa (2013)




Germain (Fabrice Luchini) é um professor de literatura que sente uma enorme frustração pela mediocridade dos alunos. Ele se surpreende com a redação de Claude (Ernest Umhauer), texto que relata os problemas pessoais de um colega de sala.

Ao mesmo tempo em que aprende literatura, o aluno escreve a sequência de uma verdadeira obra que ganha descrições poéticas sob o seu olhar. O grande dilema do filme é essa reflexão sobre o certo e o errado: o professor deve incentivar a liberdade criativa do garoto ou censurá-lo?

A história preza muito mais pelas palavras que pelas formas. O comportamento do professor mostra o tamanho da influência da ficção também na visão de espectador. Acontece que consequências reais são ignoradas em nome de uma boa história. Qual o limite da escrita? Ela deveria ter um? Muitas perguntas pairam no ar.


Viu como é interessante mergulhar no mundo dos filmes, e não é só intretenimento, mas também conhecimento. 




O mérito dessa bela pesquisa não é da pessoa que vos fala e sim de:


Autor

Luiza Drubscky




Fonte: https://rockcontent.com/br/talent-blog/lingua-portuguesa/

sábado, 4 de junho de 2022

Exercícios de Transitividade verbal


 



Exercícios


1) Classifique os verbos quanto à transitividade.

a) Eu escutei algo.
b) Pais lamentam o descaso com a educação.
c) Preciso de carona.
d) Agradeço a todos a presença.
e) Ao filho o pai chamou.


Resposta

a) Eu escutei algo.
escutei - verbo transitivo direto, porque precisa de um complemento sem preposição.

b) Pais lamentam o descaso com a educação.
lamentam - verbo transitivo direto, porque precisa de um complemento sem preposição.
"com a educação" é um complemento nominal, porque está completando o sentido de um nome - o substantivo "descaso".

c) Preciso de carona.
preciso - verbo transitivo indireto, porque precisa de um complemento acompanhado obrigatoriamente por preposição.

d) Agradeço a todos a presença.
agradeço - verbo transitivo direto e indireto, porque precisa e dois complementos, um com preposição (objeto indireto “a todos”) e outro sem preposição (objeto direto “a presença” - neste caso “a” é artigo e não preposição).

e) Ao filho o pai chamou.
chamou - verbo transitivo direto. O complemento “ao filho” é objeto direto preposicionado, o que significa que apesar de o objeto direto não exigir a presença de preposição, neste caso a sua utilização evita a ambiguidade. Repare na oração “O filho o pai chamou” não deixa claro quem chama quem, mas em “Ao filho o pai chamou.” está claro que o pai chamou o filho.


Questão 2

(UNIP) Quando repeti isto, pela terceira vez, pensei no seminário, mas como se pensa em perigo que passou, um mal abortado, um pesadelo extinto; todos os meus nervos me disseram que homens não são padres. (Machado de Assis)

Na frase acima, os verbos destacados são:

a) Transitivo direto – transitivo indireto – intransitivo
b) Transitivo direto – transitivo direto – transitivo direto
c) Transitivo indireto – intransitivo – transitivo direto
d) Intransitivo – intransitivo – intransitivo
e) Intransitivo – transitivo direto – transitivo direto


Resposta


Alternativa certa: a) Transitivo direto – transitivo indireto – intransitivo.

  • Repeti - o complemento do verbo não exigiu preposição, mas sim um objeto direto.
  • Pensei - o complemento do verbo exigiu preposição (Em que o sujeito pensou? no seminário).
  • Passou - não necessita de complemento, logo é intransitivo.

Questão 3

(Facens) Assinale a alternativa em que o verbo é transitivo direto.

a) Comprei um terreno e construí a casa.
b) Os guerreiros dormem agora.
c) O cego não vê.
d) João parece zangado.

Resposta

Alternativa certa: a) Comprei um terreno e construí a casa.
Quem compra, compra algo. Uma vez que o complemento do verbo não exigiu preposição, estamos diante de um objeto direto.

Os verbos restantes são classificados da seguinte forma:
b) Os guerreiros dormem agora. (verbo intransitivo)
c) O cego não . (verbo intransitivo)
d) João parece zangado. (verbo de ligação)

Questão 4

Indique a alternativa em que o verbo é transitivo indireto.

a) Cumpri com as expectativas.
b) Concordo com ele.
c) Amar a Deus.
d) Agradeceu a ajuda ao colega.
e) Morreu de fome.


Resposta

Alternativa certa: b) Concordo com ele.
Concordo é um verbo transitivo indireto (concorda com quem?), porque precisa de um complemento com preposição (com ele, que é o objeto indireto).

Quanto às alternativas restantes:

a) Cumpri com as expectativas.
Cumpri é um verbo transitivo direto (cumpri o quê?), porque precisa de um complemento sem preposição (as expectativas, que é o objeto direto). Neste caso, a preposição “com” foi usada apenas para dar ênfase à oração, mas ela não é essencial para completar o sentido do verbo. Assim, estamos diante de um objeto direto preposicionado.

c) Amar a Deus.
Amar é um verbo transitivo direto (amar quem?), porque precisa de um complemento sem preposição (Deus, que é o objeto direto). Neste caso, a preposição “a” foi usada apenas para dar ênfase à oração, mas ela não é essencial para completar o sentido do verbo. Assim, estamos diante de um objeto direto preposicionado.

d) Agradeceu a ajuda ao colega.
Agradecer é um verbo transitivo direto e indireto (agradecer o quê? a quem?), porque precisa de um complemento sem preposição (a ajuda, que é o objeto direto) e de um complemento com preposição (ao colega, que é o objeto indireto).

e) Morreu de fome.
Morreu é um verbo intransitivo, porque não precisa de complemento para exprimir sentido completo. “De fome” é adjunto adverbial de causa, ou seja, é um termo acessório da oração.

Questão 5

Identifique os complementos verbais que são objeto direto, objeto indireto e objeto direto e indireto.

a) Duvido das suas intenções.
b) O tema interessa à banca.
c) Ninguém gostava dele.
d) Não provou do bolo.
e) Conhece o funcionário novo?
f) Ofereceram um presente ao aniversariante.
g) Amem a Deus.

Resposta

a) Duvido das suas intenções.
“das suas intenções” é objeto indireto, porque esse complemento é introduzido por meio da preposição obrigatória de - duvido (de+as) das.

b) O tema interessa à banca.
“à banca” é objeto indireto, porque esse complemento é introduzido por meio da preposição obrigatória a - interessa a.

c) Ninguém gostava dele.
“dele” é objeto indireto, porque esse complemento é introduzido por meio da preposição obrigatória de - gostava (de+ele) = dele.

d) Não provou do bolo.
O verbo “provar” não precisa se ligar ao seu complemento por meio de preposição obrigatória. No entanto, há casos em que o objeto direto é introduzido por preposição por uma questão de estilo, tal como acontece neste caso.

Assim, é correto dizer “Não provou o bolo”, cujo complemento verbal é “o bolo”, objeto direto introduzido sem preposição obrigatória.

Também é correto dizer “Não provou do bolo”, oração que tem como complemento verbal “do bolo”, objeto direto preposicionado, porque foi introduzido por preposição de (de+o = do) não obrigatória.

e) Conhece o funcionário novo?
“o funcionário novo” é objeto direto, porque esse complemento não é introduzido por meio de preposição obrigatória.

f) Ofereceram um presente ao aniversariante.
“um presente” é objeto direto, porque esse complemento não é introduzido por meio de preposição obrigatória.

“ao aniversariante” é objeto indireto, porque esse complemento é introduzido por meio da preposição obrigatória a - ofereceram (a+o) = ao.

g) Amem a Deus.
O verbo “amar” não precisa se ligar ao seu complemento por meio de preposição obrigatória. No entanto, apesar de escrevermos “Amem seus filhos”, é estranho escrevermos “Amem Deus”, porque o uso de “Amem a Deus” se tornou comum.

Assim, este é um caso de objeto direto preposicionado, que ocorre quando a preposição é utilizada com objeto direto por uma questão de expressividade.

Questão 6

Indique as alternativas em que a função não corresponde aos termos em negrito.

a) Adorava as piadas. (complemento nominal)
b) O anel pertence à Maria. (sujeito)
c) Maria recebeu o anel. (objeto direto)
d) João escolheu o anel mais bonito para Maria.(objeto direto e indireto)
e) Dê algo para ele comer. (objeto direto e indireto)
f) Informei a data dos exames aos alunos. (objeto direto preposicionado)


Resposta

Alternativas:
a) Adorava as piadas. (complemento nominal)
“as piadas” é objeto direto

b) O anel pertence à Maria. (sujeito)
“à Maria” é objeto indireto

f) Informei a data dos exames aos alunos. (objeto direto preposicionado)
“a data dos exames” é objeto direto, “aos alunos” é objeto indireto

Questão 7

Classifique os verbos quanto à transitividade.

a) Comprou o vestido para a namorada.
b) Ele adora jogos.
c) Gosta de filmes de terror.
d) Este livro pertence à biblioteca.
e) Mandei a mensagem.

Resposta

a) Comprou o vestido para a namorada.
Comprou é um verbo transitivo direto e indireto (comprou o quê? para quem?), porque precisa de um complemento sem preposição (o vestido, que é o objeto direto) e de um complemento com preposição (para a namorada, que é o objeto indireto).

b) Ele adora jogos.
Adora é um verbo transitivo direto (adora o quê?), porque precisa de um complemento sem preposição (jogos, que é o objeto direto).

c) Gosta de filmes de terror.
Gosta é um verbo transitivo indireto (gosta de quê?), porque precisa de um complemento com preposição (de filmes, que é o objeto indireto).

d) Este livro pertence à biblioteca.
Pertence é um verbo transitivo indireto (pertence a quem?), porque precisa de um complemento com preposição (à biblioteca, que é o objeto indireto).

e) Mandei a mensagem.
Mandei é um verbo transitivo direto (mandei o quê?), porque precisa de um complemento sem preposição (a mensagem, que é o objeto direto).

Questão 8

Classifique os verbos das orações abaixo em:

I. Verbo transitivo direto
II. Verbo transitivo indireto
III. Verbo transitivo direto e indireto
IV. Verbo intransitivo

a) Saiu a pé.
b) Duvido das suas intenções.
c) Nasceu!
d) Distribuiu doces para as crianças.
e) Os cães dão muito trabalho.

Resposta

a) Saiu a pé.
Saiu é um verbo intransitivo, porque não precisa de complemento para exprimir sentido completo. “A pé” é adjunto adverbial de meio, ou seja, é um termo acessório da oração.

b) Duvido das suas intenções.
Duvido é um verbo transitivo indireto (duvida de quê?), porque precisa de um complemento com preposição (das suas intenções, que é o objeto indireto).

c) Nasceu!
Nasceu é um verbo intransitivo, porque não precisa de complemento para exprimir sentido completo.

d) Distribuiu doces para as crianças.
Distribuiu é um verbo transitivo direto e indireto (distribuiu o quê? para quem?), porque precisa de um complemento sem preposição (doces, que é o objeto direto) e de um complemento com preposição (para as crianças, que é o objeto indireto).

e) Os cães dão muito trabalho.
Dão é um verbo transitivo direto (dão o quê?), porque precisa de um complemento sem preposição (muito trabalho, que é o objeto direto).

Questão 9

(FCC-Adaptada) ... que consomem 46% de toda a gasolina do planeta ...

O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:

a) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ...
b) ... e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora ...
c) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino.
d) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha.
e) ... para gerar produtos de alto valor ambiental.

Resposta

Alternativa certa: e) ... para gerar produtos de alto valor ambiental.
"Consomem" é transitivo direto, tal como o verbo "gerar".

Os verbos restantes são classificados da seguinte forma:

a) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ... (verbo intransitivo)
b) ... e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora ... (verbo intransitivo)
c) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino. (verbo transitivo indireto)
d) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha. (verbo de ligação)

Questão 10

(FCC-Adaptada) Quem acompanhou a trajetória do Programa Nacional do Álcool...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase:

a) ... ninguém apostava no seu êxito imediato ...
b) ... com que ele não contava em experiências anteriores do uso do álcool ...
c) ... sabe de seus altos e baixos.
d) ... provocaram a queda das vendas desses veículos...
e) ... que se tornaram residuais.

Resposta

Alternativa certa: d) ... provocaram a queda das vendas desses veículos...
"Acompanhou" e "provocaram" são transitivos diretos.

Os verbos restantes são classificados da seguinte forma:

a) ... ninguém apostava no seu êxito imediato ... (verbo transitivo indireto)
b) ... com que ele não contava em experiências anteriores do uso do álcool ... (verbo transitivo indireto)
c) ... sabe de seus altos e baixos. (verbo transitivo indireto)
e) ... que se tornaram residuais. (verbo de verbo de ligação)

Questão 11

(FGV-2003) Assinale a alternativa em que, pelo menos, um verbo esteja sendo usado como transitivo direto.

a) Dependeu o coveiro de alguém que rezasse.
b) Oremos, irmãos!
c) Chega o primeiro raio da manhã.
d) Loureiro escolheu-nos como padrinhos.
e) Contava com o auxílio de Marina para cuidar do evento.

Resposta

Alternativa certa: d) Loureiro escolheu-nos como padrinhos.
"Escolheu-nos" é verbo transitivo direto. O objeto direto é representado pelo pronome "nos".

Os verbos restantes são classificados da seguinte forma:

a) Dependeu o coveiro de alguém que rezasse. (verbo transitivo indireto. Não confunda o sujeito - coveiro - com o objeto direto. O coveiro dependeu de alguém que rezasse.)
b) Oremos, irmãos! (verbo intransitivo)
c) Chega o primeiro raio da manhã. (verbo intransitivo)
d) Contava com o auxílio de Marina para cuidar do evento. (verbos transitivos indiretos)

Questão 12

(FCC) Jogadores e dirigentes incitam a violência com declarações impensadas.

A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:

a) ... como se todas as suas atitudes fossem ilícitas.
b) ... que as mortes que ocorrem no futebol ...
c) ... que não contribui para a superação do problema.
d) ... não apenas para torcer por suas cores.
e) ... enquanto os demais exercem alguns dos seus direitos de cidadania

Resposta

Alternativa certa: e) ... enquanto os demais exercem alguns dos seus direitos de cidadania.
"Incitam" é transitivo direto, tal como "exercem".

Os verbos restantes são classificados da seguinte forma:
a) ... como se todas as suas atitudes fossem ilícitas. (verbo de ligação)
b) ... que as mortes que ocorrem no futebol ... (verbo intransitivo)
c) ... que não contribui para a superação do problema. (verbo transitivo indireto)
d) ... não apenas para torcer por suas cores. (verbo transitivo indireto)

Questão 13

(IFB) A análise da transitividade verbal não deve ser feita isoladamente, mas sim de acordo com o texto. O mesmo verbo pode estar empregado ora intransitivamente, ora transitivamente, ora com objeto direto, ora com objeto indireto. Dessa forma, indique a alternativa INCORRETA:

a) Perdoai sempre. (verbo intransitivo)
b) Perdoai as ofensas. (verbo transitivo direto)
c) Perdoais aos inimigos. (verbo transitivo indireto)
d) Por que sonhas, ó jovem poeta? (verbo transitivo direto)
e) Sonhei um sonho guinholesco. (verbo transitivo direto)

Resposta

Alternativa: d) Por que sonhas, ó jovem poeta? (verbo transitivo direto).


Na alternativa d) o verbo "sonhar" é intransitivo, porque tem sentido completo (ter um sonho, ter um desejo)

Na alternativa e) Sonhei um sonho guinholesco., o verbo "sonhar" é transitivo direto, porque indica o que o sujeito sonhou durante o sono. "Um sonho guinholesco" é o tema desse sonho e, uma vez que esse complemento não vem acompanhado de preposição, é objeto direto.