sábado, 17 de fevereiro de 2018

Reforço escolar



Aula particular pode ser boa alternativa para alunos que precisam melhorar rendimento
Adriana Guimarães, professora de língua portuguesa, Lenita Crespo e Nicole: mãe optou por aula particular para a filha com foco no Enem.

Em todas as escolas, dezenas de jovens que cursam o mesmo ano letivo aprendem em sala de aula, ao mesmo tempo, o mesmo conteúdo de matérias. No entanto, as dificuldades individuais surgem em momentos diferentes para cada um. Nesta hora, especialistas indicam as aulas de reforço como a melhor medida para que as dúvidas não se acumulem, para que os alunos não fiquem desestimulados, ou ainda, para que não percam o ano letivo. 
“As aulas particulares são recomendadas quando o aluno quer melhorar seu desempenho escolar. Alguns procuram quando percebem que estão com dificuldade em um determinado conteúdo, mas a grande maioria espera até que as notas fiquem baixas para adotar a estratégia”, afirma a psicopedagoga Ester Chapiro, diretora da Central de Professores. 
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O ideal, segundo ela, é procurar ajuda o mais cedo possível, para não acumular os conteúdos que serão estudados. “É preciso romper um ciclo vicioso que se forma, onde o aluno não aprende, passa a tirar nota baixa, tem sua autoestima diminuída e perde o interesse e a atenção. As aulas particulares, com bons profissionais, podem dar um ‘empurrãozinho’ para uma melhora significativa nos resultados escolares. Trabalho há mais de 20 anos com isso e posso garantir que, na maioria dos casos, essa alternativa ajuda a solucionar o problema”, afirma.
Além da melhora nas notas, Ester explica que, com a aula de reforço, os estudantes melhoram também a autoestima e o interesse pelos estudos, facilitando todo o processo de aprendizagem. Segundo ela, isso ocorre porque os fatores emocionais estão fortemente ligados à aprendizagem. 
“Mas existem os alunos que realmente têm muita dificuldade para focar na explicação do professor em sala de aula e se distraem facilmente. Isso, geralmente, não ocorre de forma consciente, mas porque ele não consegue direcionar a própria atenção para as aulas. Neste caso, sugiro uma avaliação psicopedagógica para uma investigação das causas do problema”, alerta a educadora.
Quando as dúvidas aumentam, o estudante Ruan Santos, 15 anos, costuma contar com as aulas de reforço. Mesmo precisando do apoio de um professor particular de matemática, ele considera as aulas na escola suficientes para o aprendizado, mas também acredita que o ritmo de assimilação de cada aluno varia dependendo do assunto.
“Faço aulas quando as dificuldades aparecem, quando eu sinto que não vou conseguir ir bem em uma determinada prova. A aula particular me ajuda a não ficar de recuperação ou correr o risco de perder o ano. Geralmente faço uma ou duas aulas antes da prova, isso já é suficiente. O resultado é positivo, já que sempre consigo recuperar as notas com esse suporte”, afirma o estudante. 
O investimento dos pais de Ruan parece estar mesmo valendo a pena. Com a ajuda extra, ele já conseguiu aumentar a média de notas em matemática, que estava entre 3 e 4 e passou para 8. 
“Percebo que todo aluno sente alguma dificuldade em determinado momento, como aconteceu comigo. Alguns assuntos que são ensinados durante as aulas não tinham ficado muito claros para mim, então eu precisei de ajuda para poder acompanhar a turma”, analisa Ruan.
Professor de matemática, matéria campeã na procura por aulas de reforço, o administrador de empresas Felipe Vianna, 47, diz que esta é a matéria que, geralmente, os alunos menos gostam e uma das que mais reprovam nas escolas e também no ensino superior. “Isso porque ela exige um raciocínio lógico e nem todos têm esse perfil”, enfatiza. 
O professor de matemática Felipe Vianna lembra que quando a aula é individual, é possível perceber com mais facilidade onde o aluno está precisando de reforço
Foto: Douglas Macedo
A cada ano, quanto mais a matemática evolui, mais difícil fica, de acordo com Felipe. Segundo ele, a dificuldade dos alunos começa a surgir a partir do oitavo e nono ano, quando são ensinados assuntos como polinômio, equação do segundo grau e fórmulas em geral. 
“Alunos já saíram da nota zero e conseguiram passar fazendo aula particular. É um investimento diferenciado, porque quando a aula é individual, você vê exatamente onde o aluno está precisando de reforço”, declara o professor.
A professora de língua portuguesa Adriana Guimarães acredita que as escolas estão cada vez mais aumentando o número de alunos em sala de aula e instrumentalizando cada vez menos o professor para dar conta de um número tão grande de estudantes. À frente de um curso voltado para aulas de reforço, ela conta que muitas vezes os alunos que a procuram já estão com muitas dúvidas acumuladas.
“Uns vêm em busca de aperfeiçoamento, outros estão preocupados com a aprovação no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Na aula particular, o acolhimento é grande, o atendimento é individualizado e você consegue recuperar o aluno com um pouco mais de facilidade. Mas não são quatro horas de aula que vão conseguir isso. Temos quase 100% de aprovação com os alunos que fazem aula de reforço, mas é preciso ter expectativas reais. Matérias como português e matemática são cheias de pré-requisitos e, às vezes, os pais não entendem isso”, ressalta Adriana.
Para a advogada Lenita Crespo, 43 anos, mãe da estudante Nicole, de 12 anos, aluna do sétimo ano do ensino médio, que também faz aulas de reforço em matemática e português, o foco no Enem faz com que as escolas cobrem cada vez mais dos estudantes, fazendo com que essas dificuldades apareçam com mais frequência. 
“Sempre achei necessário esse reforço paralelo na educação, mas com essa busca por aprovações no Enem, isso se tornou um ponto a mais para os estudantes. Há vários anos percebo as salas de aula cada vez mais cheias e achei que minha filha precisava de uma atenção mais direcionada. Percebi as dificuldades nos estudos surgindo e, logo no início, quis que ela tivesse este apoio. As aulas de leitura e interpretação que ela faz, por exemplo, ajudam em todas as matérias mesmo que indiretamente, e isso tudo se reflete no resultado final”, conclui Lenita.
 Fonte: http://www.ofluminense.com.br/pt-br/revista/refor%C3%A7o-escolar#


Gerações do Romantismo no Brasil


O Romantismo assumiu em nossa literatura um significado secundário, de um movimento anticolonialista e antilusitano, de rejeição à literatura produzida na época colonial, aos modelos culturais portugueses. Por isso, a primeira geraçãoromântica tinha a preocupação de garantir uma identidade nacional que nos separasse de Portugal, buscando no passado histórico elementos de origem nacional.

São apontadas três gerações de escritores românticos:

- Primeira geração: nacionalista, indianista e religiosa. Os poetas que se destacam são: Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.

- Segunda geração: é um período marcado pelo mal do século, apresenta egocentrismo irritado, pessimismo, satanismo e atração pela morte. Os poetas que se destacam são: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.

- Terceira geração: esse período desenvolve uma poesia com caráter político e social, é formada pelo grupo condoreiro. O maior representante dessa fase é Castro Alves.


Primeira geração

Os primeiros românticos são conhecidos como nativistas, pois seus romances retratam índios vivendo livremente na natureza, numa representação idealizada. O índio é transformado no símbolo do homem livre e incorruptível.
Nosso Romantismo apresenta como traço essencial o nacionalismo, destacando o indianismo, o regionalismo, a pesquisa histórica, folclórica e linguística, e a crítica aos problemas nacionais.

Segunda geração

O tema que fascinou os escritores da segunda geração romântica brasileira foi a morte. Nas obras dos escritores desse período está presente uma visão negativa do mundo e da sociedade, onde expressam seu pessimismo e sentimento de inadequação à realidade, pois viviam uma vida desregrada, dividida entre os estudos acadêmicos, o ócio, os casos amorosos e a leitura de obras literárias, como as de Musset e Byron.
A segunda geração, também conhecida como ultrarromantismo, encontra no Brasil discípulos fervorosos, que diante do amor apresentam uma visão dualista, envolvendo atração e medo, desejo e culpa. Em seus poemas, a imagem de perfeição feminina apresenta os traços de morte, condenando implicitamente qualquer forma de manifestação física do amor.

Terceira geração

A terceira geração é também conhecida como “O condoreirismo”, os poetas dessa geração apresentam estilo grandioso ao tratarem de temas sociais, eram comprometidos com a causa abolicionista e republicana desenvolvendo, assim, a poesia social.
Castro Alves é o poeta que mais se destaca. Inspirado nos princípios de Victor Hugo, ele começa a escrever poemas sobre a escravidão. Há, retratado em seus poemas, o lado feio e esquecido pelos primeiros românticos: a escravidão dos negros, a opressão e a ignorância do povo brasileiro.
Castro Alves ficou conhecido como “o poeta dos escravos”.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Funções da linguagem

Para que serve a linguagem?

Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz.
Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona?
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja a seguir:

1) Função referencial ou denotativa

Palavra-chave: referente
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. Exemplo:
Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial).

2) Função expressiva ou emotiva

Palavra-chave: emissor
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. Exemplos:
a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!

3) Função apelativa ou conativa

Palavra-chave: receptor
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Exemplos:
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
c) Não perca esta promoção!



4) Função poética

Palavra-chave: mensagem
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico.
Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. Exemplos:
a)  “... a lua era um desparrame de prata”.
(Jorge Amado)
 b) Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa.
(Texto publicitário)
c) Se eu não vejo
a mulher
que eu mais desejo
nada que eu veja
vale o que
eu não vejo
(Daniel Borges)

5) Função fática 

Palavra-chave: canal
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo.
Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Exemplo:
Alô? Está me ouvindo? 

6) Função metalinguística

Palavra-chave: código
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. Exemplo:
Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)
Observações:
- Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.
- As funções para a linguagem foram bem caracterizadas em 1960, por um famoso linguista russo chamado Roman Jakobson, num célebre ensaio intitulado "Linguística e Poética".

Relações Lógico-discursivas ( causalidade, temporalidade, conclusão, comparação, finalidade, oposição, explicação, condição, adição.

         Um desafio que se mostra cada vez mais constante nas provas de concursos atualmente são as relações lógico-discursivas.
       Precisamos estar preparados para as provas, que a cada dia exigem mais dos concurseiros de plantão, a medida que a concorrência se torna cada vez maior e mais preparada.
      Antes de mais nada, o candidato precisa reparar que as relações discursivas são aquelas que dão sentido ao texto, como em “Lá no fundo do rio, vivia Pepita”, em que a frase após a vírgula denota a relação de explicação.
Causalidade A causalidade é aquela que representa o motivo, a causa, pela qual uma ação aconteceu. A principal conjunção utilizada é o ‘porque’, entretanto, no próprio texto pode não haver uma conjunção e aí será necessário compreender o sentido de causa e efeito por si só, conforme o contexto. Exemplo: "Porque/como/visto que estava doente, fui na farmácia".
Consequência A consequência é o efeito que é declarado na oração principal. Geralmente, utiliza-se apenas a conjunção ‘que’ para exprimir essa relação, como em: "Estava com tanta sede que bebi muitos litros de água".
Condição As relações condicionais são aquelas que expressam uma imposição para que algo aconteça. É necessário impor para que seja realizado ou não. A conjunção mais conhecida da condição é a partícula ‘se’, que já indica a probabilidade. Exemplo: "Se todo mundo concordar, libero a festa".
Concessão Para o concurseiro não esquecer jamais o que indica concessão, tenha em mente a palavra contraste, porque é esse tipo de simbologia que essa relação lógica-discursiva oferece. É na concessão que acontece contradição, por exemplo, nesta frase: "Eu irei, mesmo que ela não vá".
Comparação Para essa relação, utiliza-se muito a conjunção ‘como’, para estabelecer uma comparação entre os elementos e pelas ações que serão proferidas na oração principal. Olhe um exemplo: "Ele come como um leão". Mesmo que haja uma metáfora inserida, a comparação ainda existe metaforicamente, indicando o quanto a pessoa se alimenta bem, por exemplo.
Conformidade A conformidade é aquela relação em que só poderá realizar um fato se seguir uma regra, uma norma, conforme como se pede. Pode-se utilizar “Segundo”, “De acordo”, “Conforme”. Exemplo: "Conforme foi dito, realizei a tarefa".
Temporalidade É no tempo que conseguimos exprimir as noções de posterioridade e anterioridade, além de simultaneidade. É o fato que pode expressar essa causa de tempo, que geralmente está acompanhado pela expressão ‘quando’. Por exemplo: "Sempre que acontece isso, você fica assim" (expressa a condição do tempo, do que aconteceu).
Finalidade A finalidade é aquilo que você responde: qual o objetivo da ação? A onde você quer chegar? Através da construção ‘a fim de que’, ‘para que’, você consegue exprimir essa relação lógica-discursiva, como acontece no período a seguir: "Fui viajar, para que pudesse esquecer de você".
Adição- Estabelece uma ideia de acréscimo de informações a uma ação já informada.( E, nem, não  só... Mas também,  além de...)
Exemplo: A lua surgiu e as estrelas inundaram o céu de luz.
 Não só fez a tarefa, como também entregou o trabalho.

Fonte: https://www.concursosnobrasil.com.br/blogs/dicas/dicas-de-lingua-portuguesa-para-prova-da-compesa-nivel-medio.html


      O uso correto das conjunções estabelece uma boa relação lógico discursiva do texto em si. 
     As orações têm esses articuladores, que nos auxiliam na construção do texto. São conectivos , que ligam as orações estabelecendo uma conexão entre elas, seja ela de causalidade, explicação, adição, etc.

Conjunções coordenativas
Resultado de imagem para conjunções coordenativas e subordinadas


Conjunções subordinativas

Resultado de imagem para conjunções  subordinadas 





Português
.

Abaixo encontram-se respostas possíveis às perguntas da prova. Outras respostas, desde que atendam adequadamente ao que foi solicitado, serão consideradas corretas.

Leia o texto abaixo:





5




10



15




20




25




30
     A diferença entre a vaidade e o orgulho consiste em
que este é uma convicção bem firme de nossa superiorida-
de em todas as coisas; a vaidade, pelo contrário, é o desejo
que temos de despertar nos outros esta persuasão, com a
esperança secreta de chegar por fim a convencer a nós
mesmos.
      O orgulho tem, pois, origem numa convicção interior e,
portanto, direta; a vaidade é a tendência de adquirir a
auto-estima do exterior e, portanto, indiretamente. A vaidade
é faladora, o orgulho silencioso. Mas o homem vaidoso
deveria saber que a alta opinião dos outros, alvo de seus
esforços, se obtém mais facilmente por um silêncio
contínuo do que pela palavra, mesmo quando há para dizer
as coisas mais lindas. Não é orgulhoso quem quer;
pode-se, no máximo, simular o orgulho, mas, como todo
papel de convenção, não logrará ser sustentado até o fim.
Porque é apenas a convicção profunda, firme, inabalável
que se tem de possuir méritos superiores e valor excepcional
que dá o verdadeiro orgulho. Esta convicção pode até ser
errônea, ou fundada apenas em vantagens exteriores e de
convenção, mas, se é real e sincera, em nada prejudica o
orgulho. Pois o orgulho tem raízes na nossa convicção e
não depende, assim como sucede com qualquer outro
conhecimento, do nosso bel-prazer. O seu pior inimigo,
quero dizer o seu maior obstáculo, é a vaidade, que apenas
leva o indivíduo a solicitar os aplausos alheios para, em
seguida, formar uma opinião elevada de si mesmo; ao
passo que o orgulho supõe uma opinião já firmemente
arraigada em nós. Há quem censure e critique o orgulho;
esses sem dúvida nada possuem de que se orgulhar.


(A. Schopenhauer. Dores do Mundo.
São Paulo: Edições e Publicações Brasil, 1959 - tradução revista).



1
(valor: 1,0 ponto)
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2ª Edição Revista e Ampliada) lista, entre os possíveis significados de orgulho, os seguintes: (i) sentimento de dignidade pessoal; (ii) amor próprio demasiado. Na sua opinião, o autor privilegia algum desses dois sentidos na descrição que faz do orgulho? Justifique sua resposta.
Resposta:
O autor privilegia o sentido (i), "sentimento de dignidade pessoal", na medida em que afirma, repetidas vezes, que o orgulho tem origem em uma convicção interior dos próprios méritos, do próprio valor.


2
(valor: 1,0 ponto)
Retire do texto um período que explicite cada uma das seguintes idéias:

a) Há menos chance de se obter um boa imagem pública com autopromoção do que com discrição.

b) Aquele que finge orgulho é mais cedo ou mais tarde desmascarado.
Resposta:
  1. "Mas o homem vaidoso deveria saber que a alta opinião dos outros, alvo de seus esforços, se obtém mais facilmente por um silêncio contínuo do que pela palavra, mesmo quando há para dizer as coisas mais lindas." (linhas 10-15)

  2. "Não é orgulhoso quem quer; pode-se, no máximo, simular o orgulho, mas, como todo papel de convenção, não logrará ser sustentado até o fim." (linhas 15-17)



3
(valor: 1,0 ponto)
A que se refere, no primeiro parágrafo, a expressão "esta persuasão" (l. 4)?
Resposta:
Com a expressão "esta persuasão", faz-se referência à convicção que o vaidoso deseja despertar nos outros de sua superioridade em todas as coisas.



Leia o poema de Manoel de Barros:


No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos 
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia, que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos —
O verbo tem que pegar delírio




4
(valor: 1,0 ponto)
Estabeleça uma relação entre o poema e a seguinte frase, também de autoria de Manoel de Barros: "Não gosto de palavra acostumada".

O material das questões 5, 6 e 7 foi retirado de diferentes seções do Jornal do Brasil. Faça, em cada caso, o que é solicitado.
Resposta:
A frase e o poema tematizam a tensão entre os significados "acostumados" -- estabelecidos, estabilizados, dicionarizados -- e significações outras, que podem advir de usos vocabulares inusitados (como "descomeço") e combinações lingüísticas incomuns (como "eu escuto a cor dos passarinhos").



5
(valor: 1,5 pontos)
Na coluna O que eles estão lendo (Caderno Idéias, 21/08/99), entrevistam-se profissionais de diversas áreas, pedindo-se que indiquem suas últimas leituras. Ao ser entrevistada recentemente, a coreógrafa Regina Miranda forneceu informações que podem ser resumidas nos seguintes itens:
  • Está preparando um novo trabalho com a sua companhia
  • Em função do novo trabalho, está lendo poemas de Jalaleddin Rumi
  • Jalaleddin Rumi é um poeta persa que viveu no século XIII
  • Jalaleddin Rumi é considerado o maior poeta místico de toda a tradição muçulmana
  • Jalaleddin Rumi pode ser comparado com Shakespeare e Dante
  • Está lendo não só poemas de Jalaleddin, mas também todo o material que conseguiu sobre ele

Articule todas essas informações em um texto de, no máximo, três períodos, sendo ao menos um deles composto por subordinação.
Resposta:
Em função do novo trabalho que está preparando com sua companhia, Regina Miranda vem lendo poemas de Jalaleddin Rumi, poeta persa do século XIII, que é considerado o maior poeta místico de toda tradição muçulmana, comparável a Shakespeare e Dante. Regina está lendo não apenas poemas de Jalaleddin Rumi, como também todo material que conseguiu sobre ele.



6
(valor: 1,5 pontos)
O trecho abaixo, extraído da seção de Esportes, apresenta problemas de estruturação. Reescreva-o de modo a eliminar tais problemas.

O técnico Carlinhos admira Fábio Baiano, a quem conhece-o desde garoto que o treinou nas categorias de base. (31/08/99)
Resposta:
O técnico Carlinhos admira Fábio Baiano, que conhece desde garoto, quando o treinou nas categorias de base.



7
(valor: 1,0 ponto)
Na coluna Língua Viva (22/08/99), o professor Sérgio Duarte chama nossa atenção para a possibilidade de variação interpretativa de enunciados em função do uso do acento grave. Explique como isso se dá nos enunciados abaixo.
• Veio à noite de mansinho e encontrou-o dormindo.
• Veio a noite de mansinho e encontrou-o dormindo.

Leia o texto abaixo, encontrado na capa de uma fita disponível em vídeo-locadoras:

Um filme de ação em alta voltagem que vai prender você na poltrona até a última cena. Bill (James Belushi) é um ex-mafioso que traiu um dos mais perigosos chefões da máfia de Chicago e desapareceu carregando 12 milhões de dólares.
Agora, vivendo sob a vigilância do Programa de Proteção a Testemunhas, leva uma vida tranqüila ao lado de Debra (Vanessa Angel) sua esposa. Porém, liderada por Miles (Michael Beach) uma gangue de mafiosos, frios e armados até os dentes, está em sua perseguição, para recuperar o dinheiro roubado e se vingar de Bill.
O xerife Dex (Timothy Dalton) também está envolvido na perseguição e Bill se vê forçado a fazer uma das mais difíceis escolhas de sua vida, baseado puramente em seus instintos.
Quando você não diferencia os criminosos dos tiras... Não acredite em ninguém, suspeite de todos e corra para viver.
Resposta:
Alternativa 1: No primeiro caso, a expressão "à noite" é adjunto adverbial; no segundo caso, sem o acento grave, a expressão "a noite" é sujeito.
Alternativa 2: No primeiro caso, entende-se que alguém chegou durante a noite de mansinho; no segundo caso, compreende-se que a própria noite chegou de mansinho.


8(valor: 1,0 ponto)
No segundo parágrafo do texto, faltam duas vírgulas. Reescreva os trechos em que isso ocorre, acrescentando-as nos lugares corretos.
Resposta:
Agora, vivendo sob a vigilância do Programa de Proteção a Testemunhas, leva uma vida tranqüila ao lado de Debra (Vanessa Angel), sua esposa. Porém, liderada por Miles (Michael Beach), uma gangue de mafiosos, frios e armados até os dentes, está em sua perseguição, para recuperar o dinheiro roubado e se vingar de Bill.


9(valor: 1,0 ponto)
Sem alterar substancialmente o sentido do período abaixo, reescreva-o de modo que a expressão "os criminosos" passe a funcionar como sujeito da oração sublinhada. Faça as adaptações necessárias.

Quando você não diferencia os criminosos dos tiras, tudo pode acontecer.
Resposta:
Quando não se diferenciam criminosos de tiras, tudo pode acontecer.


Fonte: https://www.puc-rio.br/vestibular/repositorio/provas/2000/pordo.html







sexta-feira, 10 de novembro de 2017

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se).
Por Exemplo:
Suponhoque você foi à biblioteca hoje.
Oração Subordinada Substantiva

Você sabese o presidente já chegou?
Oração Subordinada Substantiva
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos:
O garoto perguntouqual era o telefone da moça.
Oração Subordinada Substantiva

Não sabemospor que a vizinha se mudou.
Oração Subordinada Substantiva

Classificação das Orações Subordinadas Substantivas

De acordo com a  função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva
É subjetiva quando  exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
É fundamentalo seu comparecimento à reunião.
 Sujeito
É fundamentalque você compareça à reunião.
Oração PrincipalOração Subordinada Substantiva Subjetiva

Atenção:
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome isso". Assim, temos um período simples:
É fundamental isso ou Isso é fundamental.

Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:

1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:

É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
Por Exemplo:
É bom que você compareça à minha festa.
2- Expressões na voz passiva, como:

Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado
Por Exemplo:
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3- Verbos como:

convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer

Por Exemplo:
Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.

b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.
Por Exemplo:
Todos querem sua aprovação no vestibular.
                                          Objeto Direto                                  
                                                                                                     
Todos querem         que você seja aprovado. (Todos querem isso)
Oração Principal     Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta


As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:
1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":
Por Exemplo:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
2-  Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Por Exemplo:
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Por Exemplo:
Eu não sei por que ela fez isso.
Orações Especiais

Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber(chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe:

Deixe-me repousar.
Mandei-os sair.
Ouvi-o gritar.

   Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:

Deixe que eu repouse.
Mandei que eles saíssem.
Ouvi que ele gritava.

   Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.

c) Objetiva Indireta

A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Por Exemplo:
Meu pai insiste em meu estudo.
                               Objeto Indireto
                              
Meu pai insiste em que eu estude.  (Meu pai insiste nisso)
           Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Por Exemplo:
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
                Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
d) Completiva Nominal

A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à  oração principal e também vem marcada por preposição.
Por Exemplo:
Sentimos orgulho de seu comportamento.
                                  Complemento Nominal  
                       
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.)
                     Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
Lembre-se:   Observe que as orações  subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.
e) Predicativa
   A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Por Exemplo:
Nosso desejo era sua desistência.
                            Predicativo do Sujeito
                        
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.)
              Oração Subordinada Substantiva Predicativa                            
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo:
A impressão é de que não fui bem na prova.
f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal.
Por Exemplo:
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento.
                                                                                        Aposto
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)


Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse.
                                Oração Subordinada Substantiva Apositiva
Saiba mais:
   Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome indefinido.  Veja os exemplos:
O presente será dado por quem o comprou.
O espetáculo  foi apreciado por quantos o assistiram .




































ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS ( com atividades)


Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo:
Esta foi uma redação            bem-sucedida.
            Substantivo           Adjetivo (Adjunto Adnominal)
Note que  o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Esta foi uma redação              que fez sucesso.
   Oração Principal                Oração Subordinada Adjetiva
   Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se  o modo verbal da segunda oração.
Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo queele sempre pode ser substituído por:
o qual - a qual - os quais -as quais
Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração  é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas

Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas

Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.

Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.                                                                                                                 

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.
Exemplo 2:

O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
                  Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

Nesse período, a oração em destaque   não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".


Saiba que:
   A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.


Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
a) Vir coordenadas entre si;
Por Exemplo:
É uma realidade que degrada e assusta a sociedade.
e = conjunção
b) Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo:
Não sei o que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

ATIVIDADE SOBRE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

1. Transforme os adjetivos em orações subordinadas adjetivas:
Siga o modelo:
Elas são meninas corajosas.
Elas são meninas que têm coragem.

a) Assisti a um filme emocionante.
    Assisti a um filme que emociona.
b) A aluna estudiosa fez uma bela redação.
    A aluna que estuda fez uma bela redação.
c) O jogador insistente tem bom resultado.
    O jogador que insiste tem bom resultado.
d) Fizeram uma descoberta surpreendente.
    Fizeram uma descoberta que surpreende.
e) Jean é um rapaz trabalhador.
   Jean é um rapaz que trabalha.
f)  Ela tem palavras sedutoras.
    Ela tem palavras que seduzem.
2. Classifique as orações subordinadas adjetivas abaixo como
(E) oração subordinada adjetiva explicativa           
(R) oração subordinada adjetiva restritiva

E  ) Os funcionários, que cumprem as tarefas solicitadas, estão aqui.
R  ) A equipe que chegou está treinando vôlei.
R  ) Maria é uma aluna que cumpre as tarefas solicitadas.
E  ) Você realizou ações, que não podemos perdoar.
E  ) Um problema, que não tem solução, não merece nossa atenção.
R  ) O automóvel é um veículo que polui.
E  ) Marisa tinha uma irmã, que morava longe dela.