quinta-feira, 2 de novembro de 2017

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS ( com atividades)


Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo:
Esta foi uma redação            bem-sucedida.
            Substantivo           Adjetivo (Adjunto Adnominal)
Note que  o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Esta foi uma redação              que fez sucesso.
   Oração Principal                Oração Subordinada Adjetiva
   Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se  o modo verbal da segunda oração.
Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo queele sempre pode ser substituído por:
o qual - a qual - os quais -as quais
Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração  é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas

Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas

Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.

Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.                                                                                                                 

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.
Exemplo 2:

O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
                  Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

Nesse período, a oração em destaque   não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".


Saiba que:
   A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.


Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
a) Vir coordenadas entre si;
Por Exemplo:
É uma realidade que degrada e assusta a sociedade.
e = conjunção
b) Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo:
Não sei o que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

ATIVIDADE SOBRE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

1. Transforme os adjetivos em orações subordinadas adjetivas:
Siga o modelo:
Elas são meninas corajosas.
Elas são meninas que têm coragem.

a) Assisti a um filme emocionante.
    Assisti a um filme que emociona.
b) A aluna estudiosa fez uma bela redação.
    A aluna que estuda fez uma bela redação.
c) O jogador insistente tem bom resultado.
    O jogador que insiste tem bom resultado.
d) Fizeram uma descoberta surpreendente.
    Fizeram uma descoberta que surpreende.
e) Jean é um rapaz trabalhador.
   Jean é um rapaz que trabalha.
f)  Ela tem palavras sedutoras.
    Ela tem palavras que seduzem.
2. Classifique as orações subordinadas adjetivas abaixo como
(E) oração subordinada adjetiva explicativa           
(R) oração subordinada adjetiva restritiva

E  ) Os funcionários, que cumprem as tarefas solicitadas, estão aqui.
R  ) A equipe que chegou está treinando vôlei.
R  ) Maria é uma aluna que cumpre as tarefas solicitadas.
E  ) Você realizou ações, que não podemos perdoar.
E  ) Um problema, que não tem solução, não merece nossa atenção.
R  ) O automóvel é um veículo que polui.
E  ) Marisa tinha uma irmã, que morava longe dela. 

MORFOLOGIA


DEFINIÇÃO

Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

 
Estrutura e Formação das Palavras

Substantivo

 
Artigo

 
Adjetivo

Numeral

Pronome

 
Verbo

 
Advérbio

 
Preposição


 
Conjunção

 
Interjeição

terça-feira, 31 de outubro de 2017

O que é Semântica:





SEMÂNTICA

DEFINIÇÃO

Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico.ÍNDICE

Linguagem

Linguagem / Tipos de Linguagem
Língua
Língua Falada e Língua Escrita
Fala / Signo

Significação das Palavras

Sinônimos, Antônimos, Polissemia
Homônimos - Homônimos Perfeitos
Parônimos


A semântica descritiva estuda o significado das palavras e também as figuras de linguagem.

O estudo do significado das palavras pode ser dividido em: sinonímia, antonímia, homonímia e paronímia:

Sinonímia – é o estudo da relação de duas ou mais palavras que possuem significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Ex.: cara/rosto, quarto/dormitório, casa/lar/morada.

Antonímia – é o estudo da relação de duas ou mais palavra que possuem significados diferentes, ou seja,antônimos: Ex.: amor/ódio, dia/noite, calor/frio.

Homonímia – é o estudo da relação de duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, porém, possuem a mesma forma e som, ou seja, os homônimos. Estas se dividem em: Homófonas – acento/assento, conserto/conserto; Homógrafas – pode/pode, olho/olho; Perfeitas – rio/rio, são/são/são.

Paronímia – é o estudo da particularidade de duas palavras que apresentam semelhança na grafia e na pronúncia, mas têm significados diferentes: eminente/iminente, absolver/absorver.

A semântica estuda também adenotação e a conotação das palavras:

Denotação – é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a seu próprio conceito, de trazer apenas o significado original. Ex.: As estrelas do céu. Vesti-me de vermelho. O fogo do isqueiro.

Conotação – é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias interpretações. Ex.: As estrelas do cinema. O jardim vestiu-se de flores. O fogo da paixão.

Orações Coordenadas e Subordinadas

Orações Coordenadas e Subordinadas

  •  Orações Coordenadas
Coordenação é um processo de ligação de frases independentes, ou seja, entre duas orações coordenadas não existe
relação de dependência, uma não está dependente da outra para ter sentido próprio. 

Cada frase está ligada a outra por palavras designadas conjunções. 

Assim, as frases assumem a designação de coordenadas e as conjunções designam-se por coordenativas. As conjunções e
locuções da frase é que dão nome a oração.



Alguns Exemplos:
  •  Aditivas:
  1. O Senado está em situação difícil e não tem mais como se esconder.
  2. Lúcia terminou a prova e saiu.
  3. Lúcia não fez a prova nem explicou o porquê.
  • Adversativas:
  1. A mulher tentou deter o assaltante, contudo não conseguiu.
  2. Aluna matriculada pede dispensa de disciplina, mas a universidade não aceitou o pedido.
  3. Lúcia terminou a prova, mas não assinou a lista de presença. 
  • Alternativas:
  1. Decide-se agora, ou perderás a chance de ir à Europa.
  2. Ora ele agrada, ora ele xinga.
  • Conclusivas:
  1. Acabou a grana, portanto cada um deve procurar um trabalho.
  2. Ele xinga e logo agrada, portanto é perturbado! Ele falou pouco, todavia disse o que precisava.
  • Explicativas:
  1. Não vá, porque isso nunca deu certo. 
  2. João não respondeu, pois não lhe deixaram falar. 
  3. Não fale isso, que é muito feio!

  • Orações Subordinadas
Subordinação é um processo de ligação entre duas orações em que uma se torna dependente da outra. Assim cada
frase assume a designação de subordinada.


*Orações Subordinadas Relativas com Antecedente

Na identificação de uma oração relativa é preciso, em primeiro lugar, observar se existe a conjunção que na 
frase, e em segundo lugar, ver qual é o antecedente da conjunção que. Se o antecedente for um nome, 
estamos perante uma Oração Subordinada Relativa.

As orações subordinadas relativas podem ser de duas formas, Restritivas ou Explicativas.
  • Restritivas - São introduzidas pela conjunção relativa que, tendo a função de restringir a 
  • informação dada sobre o antecedente. Restringem, ou seja, limitam a significação de um nome 
ou pronome. São  indispensáveis 
  • na frase e como se ligam ao antecedente sem pausa não se separam por vírgulas.
  • Explicativas - São introduzidas pela conjunção relativa que, tendo a função de acrescentar ao 
  • antecedente uma qualidade acrescida, esclarecendo melhor a significação. Não são indispensáveis na 
  • frase, na fala marca-se uma pausa e aparece na escrita entre vírgulas.
Resumindo e Concluindo:

Você está perante uma Oração Relativa com Antecedente. Para identificar se ela é Restritiva ou Explicativa,
é fácil, basta observar se na frase existe algo entre vírgulas, se existir é uma Explicativa, se não existir é uma
Restritiva.
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Em relação as Orações Subordinadas Concessivas, estas transmitem uma ideia de oposição/ obstáculo,
sendo assim, a ação enunciada na oração subordinante irá se realizar mesmo tendo uma oposição. 

Existem três formas de expressão da Subordinada Concessiva, ou seja, encontrando uma destas três
situações você está perante este tipo de Subordinada, observe:

  • Tendo umas destas conjunções: Embora, conquanto, ... + Conjuntivo;
  • Tendo uma destas locuções: Ainda que, mesmo que, posto que, nem que, se bem que,... + Conjuntivo;
  • Tendo expressões circunstanciais + Infinitivo ou Gerúndio. 
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 A Oração Subordinada Consecutiva é a orações subordinada que se apresenta como a consequência da
subordinante onde aparece uma conjunção de ligação.

De maneira qu; de modo que; de tal maneira que; de forma que; de tal sorte que; tanto .... que; tão ... que;
 ....

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A Oração Subordinada Comparativa estabelece uma relação de comparação e por vezes o verbo
 está omitido (subentendido).
ex:. =Como
Tal como um guerreiro enfurecido, Anderson correu para salvar sua pátria.


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Alguns Exemplos:

  • Causais (Exprimem a causa do facto que ocorreu na oração principal):
  1. A menina chorou porque apanhou da mãe
  2.  que está chovendo vamos dormir. (Já tem significado de como (com sentido de porque). 
  3. Como está chovendo vamos dormir).
  • Temporais (Indicam circunstância de tempo):
  1. Logo que chegou, sentou-se no sofá.
  2. Quando chegou, sentou-se no sofá.
  • Comparativas (Existe uma comparação):
  1. Essa mulher fala como um papagaio...
  • Finais (Exprimem finalidade):
  1. Todos estudam para que possam vencer.
  • Condicionais (Expressa uma condição):
  1. Se chover, não irei à praia.
  • Concessivas (Indica uma concessão):
  1. Embora chova, vou à praia.
  • Consecutivas (Traduz consequência):
  1. Falei tanto, que fiquei rouco.
  • Relativas Restritivas:
  1. Os livros de Machado de Assis que eu li são muito bons.
  • Relativas Explicativas:
  1. Os livros de Machado de Assis, que eu li, são muito bons.
  • Integrantes:
  1. Ela jurou que não fizera nada.


Fonte: https://vemqueteexplico.blogspot.com.br/2012/04/oracoes-coordenadas-e-subordinadas.html

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Arcadismo


O Balanço (década de 1730), de Nicolas Lancret

O Arcadismo, também conhecido como Setecentismo ou Neoclacissismo, é o movimento que compreende a produção literária brasileira na segunda metade do século XVIII. O nome faz referência à Arcádia, região do sul da Grécia que, por sua vez, foi nomeada em referência ao semideus Arcas (filho de Zeus e Calisto).
Denota-se, logo de início, as referências à mitologia grega que perpassa o movimento.
Profundas mudanças no contexto histórico mundial caracterizam o período, tais como a ascensão do Iluminismo, que pressupunha o racionalismo, o progresso e as ciências. Na América do Norte, ocorre a Independência dos Estados Unidos, em 1776, abrindo caminho para vários movimentos de independência ao longo de toda a América, como foi o caso do Brasil, que presenciou inúmeras revoluções e inconfidências até a chegada da Família Real em 1808.
O movimento tem características reformistas, pois seu intuito era o de dar novos ares às artes e ao ensino, aos hábitos e atitudes da época. A aristocracia em declínio viu sua riqueza esvair-se e dar lugar a uma nova organizaçõ econômica liderada pelo pensamento burguês.
Ao passo que os textos produzidos no período convencionado de Quinhentismo sofreram influência direta de Portugal e aqueles produzidos durante o Barroco, da cultura espanhola, os do Arcadismo, por sua vez, foram influenciados pela cultura francesa devido aos acontecimentos movidos pela burguesia que sacudiram toda a Europa (e o mundo Ocidental).

Segundo o crítico Alfredo Bosi em seu livro História Concisa da Literatura Brasileira (São Paulo: editora Cultrix, 2006) houve dois momentos do Arcadismo no Brasil:
a) poético: retorno à tradição clássica com a utilização dos seus modelos, e valorização da natureza e da mitologia.
b) ideológico: influenciados pela filosofia presente no Iluminismo, que traduz a crítica da burguesia culta aos abusos da nobreza e do clero.
Seus principais autores são Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e Santa Rita Durão. No Brasil, o ano convencionado para o início do Arcadismo é 1768, quando houve a publicação de Obras, do poeta Claudio Manoel da Costa.

Arcádia Ultramarina
Trata-se de uma sociedade literária fundada na cidade de Vila Rica (MG), influenciada pela Arcádia italiana (fundad em 1690) e cujos membros adotavam pseudônimos, isto é, nomes artísticos, de pastores cantados na poesia grega ou latina. Por isso que alguns dos principais nomes do Arcadismo brasileiro publicavam suas obras com nomes inspirados na mitologia grega e romana.

Principais características
- inspiração nos modelos clássicos greco-latinos e renascentistas, como por exemplo, em O Uraguai (gênero épico), em Marília de Dirceu (gênero lírico) e em Cartas Chilenas (gênero satírico);
- influência da filosofia francesa;
- mitologia pagã como elemento estético;
- o bom selvagem, expressão do filósofo Jean-Jacques Rousseau, denota a pureza dos nativos da terra fazem menção à natureza e à busca pela vida simples, bucólica e pastoril;
- tensão entre o burguês culto, da cidade, contra a aristocracia;
- pastoralismo: poetas simples e humildes;
- bucolismo: busca pelos valores da natureza;
- nativismo: referências à terra e ao mundo natural;
- tom confessional;
- estado de espírito de espontaneidade dos sentimentos;
- exaltação da pureza, da ingenuidade e da beleza.

Termos em latim
O uso de expressões em latim era comum no neoclacisssimo. Elas estavam associados ao estilo de vida simples e bucólico. Conheça algumas delas:

Inutilia truncat: "cortar o inútil", referência aos excessos cometidos pelas obras do barroco. No arcadismo, os poetas primavam pela simplicidade.
Fugere urbem: "fugir da cidade", do escritor clássico Horácio;
Locus amoenus: "lugar ameno", um refúgio ameno em detrimento dos centros urbanos monárquicos;
Carpe diem: "aproveitar a vida", o pastor, ciente da efemeridade do tempo, convida sua amada a aproveitar o momento presente.

Cabe ressaltar, no entanto, que os membros da Arcádia eram todos burgueses e habitantes dos centros urbanos. Por isso a eles são atribuídos um fingimento poético, isto é, a simulação de sentimentos fictícios.

Disponível em: http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/

O dono da história: Uma proposta de aula de Literatura.

A Literatura é uma arte maravilhosa, não é verdade? Que tal permitir que seus alunos também percebam o quão encantador pode ser o universo das letras? Infelizmente, nem sempre conseguimos nos organizar para preparar aulas que despertem o interesse da turma, haja vista a grande quantidade de atribuições do dia a dia de um professor. Mas pensar na melhor maneira de apresentar um conteúdo não só deixa determinado assunto mais interessante como também estreita laços de afetividade entre mestre e alunos.
A proposta de aula de literatura que vamos apresentar hoje se chama “O dono da história”. Ela pode ser aplicada nas diversas fases, da Educação Infantil ao Ensino Médio, e deve partir do pressuposto de que os alunos conheçam, ainda que superficialmente, os livros escolhidos para a atividade. O jogo pode ser realizado no final do ano, quando todos os alunos leram os livros literários que foram adotados pela escola; pode ser jogado também durante o ano letivo e não precisa necessariamente ser baseado nos livros que os alunos estão lendo. Nessa última situação, escolha personagens clássicas de nossa literatura, personagens que possam ser facilmente reconhecidas pelos alunos.
Para executar nossa sugestão de aula de literatura, você vai precisar de alguns recursos didáticos muito simples, nada dispendioso ou difícil de ser feito, afinal de contas, nem sempre dispomos de tempo para preparar aulas muito elaboradas, o que é uma pena. Observe o passo a passo e boa aula!
O dono da história: ideias para a aula de literatura brasileira
► Passo 1: É hora de escolher as personagens. Lembre-se de adequar a abordagem para cada faixa etária. Aqui vamos sugerir uma aula de literatura para o Ensino Médio (lembrando que o mesmo jogo pode ser jogado com os pequenos a partir das histórias dos clássicos da literatura infantil ou com as personagens dos livros literários adotados pela escola), por isso é bom ficar atento aos interesses literários da turma. Não despreze o conhecimento que seus alunos já têm: você pode misturar personagens clássicos com personagens contemporâneos, sem problemas;
► Passo 2: Escolhidas as personagens, você deve fazer cartões com seus nomes impressos. O mesmo deve ser feito com as capas de livros, que poderão ser coloridas, o que facilita a visualização e aumenta o interesse dos alunos pela atividade (lembre-se de que todos nós somos extremamente sensoriais, por isso, é importante trabalhar com as cores);
► Passo 3: Você poderá dividir a turma em equipes, mas é importante que todos recebam a mesma tarefa, ou seja, as mesmas capas de livros e as mesmas personagens, assim todos terão as mesmas oportunidades. Se os alunos tiverem dificuldades para relacionar as histórias com suas respectivas personagens, você poderá distribuir pistas sobre suas características físicas e psicológicas, o que deixará o jogo ainda mais interessante;
► Passo 4: Caso você opte por criar equipes, a equipe vencedora será aquela com o maior número de acertos. Ao final da atividade, você poderá, nas aulas subsequentes, falar um pouco mais sobre os livros e sobre as personagens escolhidas. Não tenha dúvida de que esse tipo de aula, mais lúdica e dinâmica, pode ensinar muito mais do que várias aulas teóricas. Claro que a teoria é essencial para o ensino de qualquer disciplina, mas fugir da rotina é fundamental para manter nossos alunos sempre interessados e estimulados.
Caso você tenha alguma dificuldade para criar o seu “time” de personagens, abaixo seguem dez sugestões, personagens que os alunos geralmente conhecem:
Grande Sertão: Veredas, Vidas Secas e A hora da estrela imortalizaram suas personagens principais
Grande Sertão: Veredas, Vidas Secas e A hora da estrela imortalizaram suas personagens principais
 Capitu, personagem do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis;
 Bentinho, personagem do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis;
 Riobaldo, personagem do livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa;
 João Grilo, personagem do livro O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna;
 Cadela Baleia, personagem do livro Vidas secas, de Graciliano Ramos;
 Macabéa, personagem do livro A hora da estrela, de Clarice Lispector;
 Capitão Rodrigo, personagem do livro O tempo e o vento, de Erico Veríssimo;
 Pedro Bala, personagem do livro Capitães da areia, de Jorge Amado;
 Diadorim, personagem do livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa;
 Leonardo, personagem do livro Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida.

*A imagem que ilustra o miolo do artigo foi feita a partir da capa dos seguintes livros:
O tempo e o vento – O continente I. Erico Verissimo. Editora Globo.
A hora da estrela. Clarice Lispector. Editora Rocco.
Memórias de um sargento de milícias. Manuel Antônio de Almeida. Editora Melhoramentos.
Vidas secas. Graciliano Ramos. Editora Record.
Dom Casmurro. Machado de Assis. Editora Montecristo.
Capitães da areia. Jorge Amado. Editora Companhia das Letras.
Auto da Compadecida. Ariano Suassuna. Editora Agir.
Grande Sertão: Veredas. João Guimarães Rosa. Editora Nova Fronteira.

Por Luana Castro
Graduada em Letras


http://m.educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/o-dono-historia-uma-proposta-aula-literatura.htm

domingo, 22 de outubro de 2017

A Tese e a Introdução da Redação



O que é tese?

tese nada mais é do que a sua opinião (o seu posicionamento) a respeito do tema e ela é a ideia principal da redação. Em outras palavras: se você pudesse resumir a sua dissertação inteira (de 30 linhas, talvez) numa única frase, essa frase seria a tese (a ideia principal do texto). Afinal, nós devemos escrever uma dissertação inteira para comprovar a nossa tese. 

Onde a tese deve aparecer?

A dissertação possui três tipos de parágrafos: introduçãodesenvolvimento e conclusão. A tese precisa aparecer logo no primeiro parágrafo (introdução). 

Como fazer a tese da redação?

Existe uma maneira bem simples e prática de se fazer a tese da redação: pense quais serão as ideias principais de cada parágrafo de desenvolvimento. Se a tese é a ideia principal da redação inteira, então a tese nada mais é do que a união das ideias principais de cada parágrafo de desenvolvimento. 

Por exemplo: vamos supor que o tema proposto para a nossa redação seja "o papel da internet sobre a sociedade contemporânea". 

Primeiro, se pergunte: quantos parágrafos de desenvolvimento eu vou escrever e quais serão as ideias principais de cada um? Bem, uma dissertação geralmente tem dois ou três parágrafos de desenvolvimento (sendo que eu sou mais "fã" das dissertações com dois). 

Então, vamos fazer uma redação com dois parágrafos de desenvolvimento, sendo que eu vou escrever o seguinte: no primeiro parágrafo de desenvolvimento, eu vou escrever que a internet é importante porque possibilita aos seus usuários a oportunidade de compartilharem o que quiserem para o mundo inteiro; no segundo parágrafo, eu vou escrever que a internet globaliza as informações e que com ela é possível ter acesso ao conhecimento do mundo inteiro. Ou seja: no primeiro parágrafo eu digo basicamente que uma pessoa pode "se abrir para o mundo" e no segundo parágrafo eu digo que o mundo pode "se abrir para uma pessoa". Lindo, não?

Então, com essas duas ideias (argumentos) em mente, eu construo a minha tese: "a internet tem o poder de não apenas possibilitar às pessoas a chance de compartilharem as suas ideias para o mundo inteiro, como também dá oportunidade aos seus usuários de terem acesso ao conteúdo do mundo todo". 

Pronto: essa é a nossa tese. Veja que a tese tem duas ideias (argumentos) e essas duas ideias darão origem aos parágrafos de desenvolvimento. Num parágrafo eu vou dizer que as pessoas podem se abrir para o mundo e no outro parágrafo eu vou dizer que o mundo se abre para as pessoas. 

Eu disse anteriormente que a tese deve aparecer no parágrafo de introdução e isso é muito importante. Afinal, o parágrafo de introdução é composto de duas partes: apresentação do tema e apresentação da tese. Isso significa que o leitor, após ler o parágrafo de introdução, deve saber o tema da redação e deve saber qual é o posicionamento do autor em relação a esse tema (ou seja: qual é a ideia central da redação). Se não colocarmos a tese na introdução, vai sobrar apenas a apresentação do tema, ou seja: você vai começar a sua redação escrevendo de modo genérico, repetindo o tema, sem definir o que vai dizer. 

Veja como poderia ficar a introdução:

Inicialmente desenvolvida pelos militares, a internet ganhou o mundo e inaugurou uma nova cultura, fazendo parte do dia a dia das pessoas e conectando milhões de usuários ao redor do globo. Ela tem o poder de não apenas possibilitar às pessoas a chance de compartilharem as suas ideias em grande escala, como também dá oportunidade aos seus usuários de terem acesso ao conteúdo produzido a nível globalIsso significa que, com a internet, as pessoas se abrem para o mundo e o mundo se abre para elas

Observe que na primeira parte (em azul) eu apresentei o tema da redação de modo geral ("o papel da internet sobe a sociedade contemporânea") e na segunda parte (em vermelho) eu apresentei a tese da redação (fazendo algumas alterações para evitar a repetição de palavras), apresentando as duas ideias (argumentos) que vão construir os dois parágrafos de desenvolvimento. A última parte da introdução (na cor preta) apenas foi a reafirmação da tese (para não fazer a introdução acabar "do nada"). Nem sempre precisamos fazer isso. Na maior parte das vezes, a apresentação do tema e da tese são suficientes para se fazer uma boa introdução. 

Fonte:  http://www.comoescreverumaboaredacao.com/2013/10/a-tese-e-introducao-da-redacao.html

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Preposições sob e sobre

Sou do chão negro asfalto
da avenida São João
Sob o escuro manto fumaça
sombra do minhocão
Sob o céu cinzento de
São Paulo insano e mau
Brasileiro cuspido dos canhões
na Hungria cigano e bárbaro
bastardo dos portugueses
mouro feroz e bárbaro
desorientado dos beijos de
línguas e lugares embaralhados
Da rua Apa quando desaba
a Barra Funda dos prostíbulos
de toneladas de poeira e fuligem
sobre a poesia
Judeu de disfarce católico
ateu crente no candomblé
de todas as fugas e enfrentamentos
continuo de pé (...)”.

(A mesma praça, Paulo Miklos)

A música que você leu agora foi composta pelo cantor Paulo Miklos. Nela, temos o exemplo do uso correto das preposições sob e sobre, que estão em destaque. Por serem palavras parecidas, muitos falantes da língua portuguesa ficam em dúvida sobre quando e como utilizar cada uma delas, e outros sequer sabem que as duas formas existem e que ambas estão corretas.

Apesar de serem foneticamente similares, de acordo com a classificação gramatical da língua portuguesa, sob e sobre são preposições antônimas, ou seja, palavras que apresentam significado oposto. Portanto, elas não devem ser confundidas, sob pena de provocarem ambiguidade, especialmente nos textos escritos. Observe o significado e situações de uso de cada uma delas:

► Sob: A preposição sob tem sua origem no latim sub. É empregada em situações em que seu significado corresponde a “embaixo de”, “em estado de”, “sujeito à influência ou ao comando de algo ou alguém”. Observe seu uso nas frases a seguir:

Sob o céu cinzento de/ São Paulo insano e mau”. (A mesma praça - Paulo Miklos)
= embaixo de.

Sob o mesmo céu
Cada cidade é uma aldeia
Uma pessoa!
Um sonho, uma nação
Sob o mesmo céu
Meu coração
Não tem fronteiras (...)”.

(Sob o mesmo céu – Lenine)
= embaixo de.

(...) Seja bravo seja breve

Cai como luva, difícil dizer que não
Sob medida só se for sob pressão (...)”.

(Breve – Pouca Vogal)
= em estado de.

► Sobre: A preposição sobre também tem sua origem no latim — super. É empregada em situações em que seu significado corresponde a “em cima de”, “acima de” ou “a respeito de”. Observe os exemplos:

(…) Ele ficou ali sentado
Sentado sobre as mãos.
Sentado sobre as mãos
Observando a escuridão (...)”.

(Sobre as mãos – Nenhum de Nós)
= em cima de.

Meu amor
Vamos falar sobre o passado depois
Porque o futuro está esperando
Por nós dois (...)”.

(Quantas vidas você tem? - Paulinho Moska)
= a respeito de.

É uma índia com colar
A tarde linda que não quer se pôr
Dançam as ilhas sobre o mar
Sua cartilha tem o A de que cor? (...)”.

(Relicário – Nando Reis)
= acima de

Sintetizando:

Não confunda

sob = “embaixo de”, “em estado de”, “sujeito à influência ou ao comando de algo ou alguém”.

com

sobre = “em cima de”, “acima de” ou “a respeito de”.

Colocação pronominal

É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.
Dicas:
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso, ênclise.
Próclise
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.
Ex.: Não se esqueça de mim.
b) Advérbios. 
Ex.: Agora se negam a depor.
c) Conjunções subordinativas. 
Ex.: Soube que me negariam.
d) Pronomes relativos. 
Ex.: Identificaram duas pessoas que seencontravam desaparecidas.
e) Pronomes indefinidos. 
Ex.: Poucos te deram a oportunidade.
f) Pronomes demonstrativos. 
Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
Ex.: Quem te fez a encomenda?
3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. 
Ex.: Quanto se ofendem por nada!
4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). 
Ex.: Que Deus o ajude.
Mesóclise
É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. 
Exemplos:
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.
Ênclise
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
Ex.: Não era minha intenção machucar-te.
3) Quando o verbo iniciar a oração. 
Ex.: Vou-me embora agora mesmo.
4) Quando houver pausa antes do verbo. 
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.
5- Quando o verbo estiver no gerúndio. 
Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.
Dicas:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.
Exemplos: 
É preciso encontrar um meio de não omagoar.
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.
Colocação pronominal nas locuções verbais
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
Ex.: Haviam-me convidado para a festa.
b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. 
Ex.: Não me haviam convidado para a festa.
Dicas:
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. 
Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.
2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
Exemplos:
Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lheesclarecer o ocorrido.
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
Exemplos:
Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.
Não estavam chamando-me./ Não meestavam chamando.
Observações importantes:
Emprego de o, a, os, as
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram. 
Exemplos:
Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. 
Exemplos:
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.
Exemplos:
Chamem-no agora.
Põe-na sobre a mesa.
4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. 
Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)