quinta-feira, 9 de maio de 2024

Exercícios de interpretação de texto (Ensino Médio)

 

Questão 01 – (UFT TO)

Texto I

O Juiz Valério alegrava-se com a aproximação da comissão. Acreditava em justiça, em lei, achava que o governo fosse dotado de uma clarividência que o comum dos homens não possuía, de uma reta intenção de punir o mal e premiar o bem. Daquele recanto tão afastado, Governo era assim algo de sobre-humano e inatacável. Antes porém que a Comissão chegasse ao [Vila do] Duro, aportaram ali notícias do que era ela. Era como o vento que precede a chuva braba. Quem vinha chefiando a comissão era um juiz togado, com assento em Porto Nacional, formado pela Faculdade do Recife, com militança no Foro de Salvador e Belém do Pará, homem de estudo, homem de preparo, homem sabido e corrido.

Fonte: ÉLIS, Bernardo. O tronco.
Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.15. (fragmento). (adaptado).

Texto II

Sucedeu então vir o grande sujeito entrando no lugar, capiau de muito longínquo: tirado à arreata o cavalo raposo, que mancara, apontava de noroeste, pisando o arenoso. Seus bigodes ou a rustiquez – roupa parda, botinões de couro de anta, chapéu toda a aba – causavam riso e susto. Tomou fôlego, feito burro entesa orelhas, no avistar um fiapo de povo mas a rua, imponente invenção humana. Tinha vergonha de frente e de perfil, todo o mundo viu, devia também de alentar internas desordens no espírito.

Fonte: ROSA, João Guimarães. Tutaméia (Terceiras estórias).
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 58. (fragmento).

Os fragmentos das obras de Bernardo Élis e de João Guimarães Rosa narram, respectivamente, a notícia da chegada de um viajante e a chegada de outro viajante. É CORRETO afirmar que os narradores:

a) descrevem a valentia desses viajantes.
b) constroem imaginários desses viajantes.
c) delineiam as características físicas desses viajantes.
d) explicam as relações entre esses viajantes e o governo.

Questão 02 – (FUVEST SP)

amora

a palavra amora
seria talvez menos doce
e um pouco menos vermelha
se não trouxesse em seu corpo
(como um velado esplendor)
a memória da palavra amor

a palavra amargo
seria talvez mais doce
e um pouco menos acerba
se não trouxesse em seu corpo
(como uma sombra a espreitar)
a memória da palavra amar

Marco Catalão, Sob a face neutra.

É CORRETO afirmar que o poema:

a) aborda o tema da memória, considerada uma faculdade que torna o ser humano menos amargo e sombrio.
b) enfoca a hesitação do eu lírico diante das palavras, o que vem expresso pela repetição da palavra “talvez”.
c) apresenta natureza romântica, sendo as palavras “amora” e “amargo” metáforas do sentimento amoroso.
d) possui reiterações sonoras que resultam em uma tensão inusitada entre os termos “amor” e “amar”.
e) ressalta os significados das palavras tal como se verificam no seu uso mais corrente.

Questão 03 – (FATEC SP)

Leia a charge:


De acordo com as informações verbais e não verbais apresentadas na charge, pode-se depreender, corretamente, que:

a) a alta qualificação profissional da maioria da população acarreta um aumento no número de vagas não preenchidas no mercado de trabalho.
b) as vagas de emprego cresceram devido à alta concorrência entre os trabalhadores, incluindo-se até mesmo crianças e mulheres na disputa por uma vaga no mercado de trabalho.
c) a falta de oportunidade de trabalho, aliada a novos meios de transporte de massa, impedem o desenvolvimento de atividades paralelas no mercado de trabalho.
d) as vagas ofertadas no mercado de trabalho, apesar de inúmeras e constantes, não garantem estabilidade e remuneram menos do que as atividades “empreendedoras”.
e) a resiliência, aliada à persistência, levam as pessoas a se realocarem dentro do mercado de trabalho e, consequentemente, adaptarem-se a novas oportunidades de trabalho.

Questão 04 – (IFBA)

É necessário que a mulher se coloque em um espaço mínimo de resistência, denunciando ameaças – quando há tempo para isso –, mas, ainda que ela denuncie, não evitará o crime se o Estado não se mobilizar para protegê-la. O que evita o feminicídio é a resposta estatal à violência.

COSTA, Waleska. No aniversário da Lei
Maria da Penha, 5 feminicídios nas últi-
mas 48h.
 Disponível em:. Acesso em 07 de agosto de 2018.

O apelo central da fala da Waleska Costa é:

a) A falta de tempo para as mulheres vitimadas denunciarem.
b) O Estado não protege as mulheres.
c) Alertar o Estado para a busca de ações com celeridade para proteção de mulheres vítimas de violência.
d) As mulheres não denunciam a violência doméstica.
e) Os motivos que levam as mulheres vitimadas a não denunciarem.

Questão 05 – (FUVEST SP)

Examine o cartum.











Frank e Ernest – Bob Thaves. O Estado de S. Paulo. 22.08.2017.

O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da:

a) semelhança entre a língua de origem e a local.
b) falha de comunicação causada pelo uso do aparelho eletrônico.
c) falta de habilidade da personagem em operar o localizador geográfico.
d) discrepância entre situar-se geograficamente e dominar o idioma local.
e) incerteza sobre o nome do ponto turístico onde as personagens se encontram.

Questão 06 – (UNIFOR CE)
















O Governo pretende, com a campanha acima,…

a) criticar as pessoas que dirigem embriagadas.
b) fazer propaganda das medidas socioeducativas criadas pelo governo.
c) conclamar o povo brasileiro contra as pessoas que dirigem mal.
d) expor aos leitores sobre as penalidades decorrentes de se dirigir inadequadamente.
e) convencer os leitores a se envolverem em uma campanha a favor da vida.

Questão 07 – (UNIFOR CE)

Texto I

Peixinho sem água, floresta sem mata
É o planeta assim sem você
Rios poluídos, indústria do inimigo
É o planeta assim sem você

http://mataatlantica-pangea.blogspot.com. br/2009/10/parodia-meio-ambiente_02.html

Texto II

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim, sem você
Futebol sem bola
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim, sem você

(Claudinho e Buchecha)

Os textos I e II apresentam intertextualidade, que, para Julia Kristeva, é um conjunto de enunciados, tomados de outros textos, que se cruzam e se relacionam. Dessa forma, pode-se dizer que o tipo de intertextualidade do texto I em relação ao texto II é:

a) epígrafe, pois o texto I recorre a trecho do texto II para introduzir o seu texto.
b) citação, porque há transcrição de um trecho do texto II ao longo do texto I.
c) paródia, pois a voz do texto II é retomada no texto I para transformar seu sentido, levando a uma reflexão crítica.
d) paráfrase, porque apesar das mudanças das palavras no texto I, a ideia do texto II é confirmada pelo novo texto.
e) alusão, porque faz referência, de modo implícito, ao texto II para servir de termo de comparação.

Questão 08 – (UEFS BA)

DESCULPE-ME, preciso disso… Disponível em: http://pedlowski.blogspot.com.br/2012/01/o-mundo-vive-uma-crise-de-inseguranca.html. Acesso em: 20 out. 2013. Adaptado.


A análise do cartum, devidamente contextualizada, permite inferir que:

a) a desigualdade social é fruto de interesses econômicos de valorização do espaço urbano em detrimento das áreas rurais.
b) as prioridades da classe alta nem sempre contemplam as necessidades básicas da camada social menos favorecida.
c) a produção em massa de biocombustíveis representa um desrespeito à sobrevivência humana por seu impacto nos preços mundiais dos alimentos.
d) a fome é um fato social específico de alguns países e só será mitigada depois que as nações desenvolvidas possibilitarem a equidade social.
e) a crise de alimentos, na atualidade, é resultante de uma economia neoliberal, que não se preocupa com a falta de desenvolvimento tecnológico em alguns países.

Questão 09 – (UNIRIO RJ)

LUZ DO SOL

Luz do sol,
Que a folha traga e traduz
Em verde novo, em folha, em graça,
Em vida, em força e em luz
Céu azul,
Que vem até aonde os pés tocam a terra
E a terra expira e exala seus azuis.

Reza, reza o rio,
Córrego pro rio,
O rio pro mar.
Reza a correnteza,
Roça a beira,
Doura a areia.

Marcha o homem sobre o chão,
Leva no coração uma ferida acesa.
Dono do sim e do não
Diante da visão da infinita beleza
Finda por ferir com a mão essa delicadeza,
A coisa mais querida:
A glória da vida.

(Caetano Veloso)

No verso “Que a folha traga e traduz”, os vocábulos sublinhados correspondem, semanticamente, a:
a) absorve e transforma
b) interage e insere
c) engloba e exala
d) dissipa e reflete
e) dizima e capta

Questão 10 – (PUC MG)

Considere a charge a seguir. Examine-a atentamente.



Disponível em: http://www2.uol.com.br/angeli/chargeangeli/chargeangeli.htm.Acesso em: 29 ago. 2013.

Assinale a afirmativa CORRETA:

a) O título do texto sugere tratar-se de dúvidas comuns a todos os adolescentes, o que é ratificado pela imagem.
b) A charge tem como objetivo criticar a condição em que se encontram os adolescentes brasileiros.
c) Há uma discrepância em termos de registro no que se refere às duas partes de que se compõe a resposta.
d) A primeira parte do diálogo sinaliza uma insatisfação dos três jovens quanto à fase da vida em que encontram.

Gabarito:

1. 2. D 3. E 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. C

terça-feira, 2 de maio de 2023

Mapas mentais na construção da aprendizagem

 Gente, amo trabalhar com mapas mentais.
Devemos incentivar os nossos estudantes a aprender a utilizar mapas mentais para seus estudos. Quando aprendemos a consturir um pama mental, que está de acordo com o que nós entendemos sobre determinado conteúdo, este conteúdo fica muito mais acessível na nossa mente.

Se você é estudante e ainda não sabe como organizar seus estudos leia atentamente essas dicas de como construir um mapa mental. Tenho certeza que irá gostar.

Mapa mental- O que é?

Segundo o blog Mapas da LU temos o seguinte: 

Os mapas mentais foram idealizados por Tony Buzan, cuja intenção era otimizar o processo de aprendizagem e trazer maior qualidade aos estudos. 

Segundo ele, os mapas mentais funcionam assim:

“Um Mapa Mental utiliza todas as habilidades do cérebro para interpretar palavras, imagens, números, conceitos lógicos, ritmos, cores e percepção espacial com uma técnica simples e eficiente. Ele nos dá a liberdade de ir aonde quer que nossa mente nos leve.”

Tony Buzan foi autoridade mundial em aprendizagem, memória e uso do cérebro e suas obras estão disponíveis em 100 países, traduzidas para 30 línguas! 

Os mapas mentais podem ser simbolizados por uma árvore, cujo tronco é o conteúdo principal e os galhos são os assuntos diretamente ligados a ele.


É um sistema de conexões que parte de um tema central, favorecendo a memorização, a organização e proporcionando uma melhor representação visual da informação.

Mas não se engane: mapa mental é, sobretudo, técnica. É preciso muita prática e precisão para extrair o essencial de textos longos e organizar todas as suas informações de forma inteligível. Eles são comparáveis à tela em branco de um quadro: você tem um espaço limitado para trabalhar e deve fazer bom uso dele.

Imagine um artista que, querendo desenhar uma praia, pinta a areia, mas não deixa espaço suficiente para o mar?! Pode parecer engraçado, mas essa é uma das grandes (se não a maior) dificuldades em se elaborar mapas mentais: adequar conteúdo, espaço e relevância do assunto.

Os mapas mentais precisam abordar os temas com clareza, principalmente quando forem direcionados a uma terceira pessoa. Ela precisa bater o olho e entender cada ponto, tópico e conseguir encaixar tudo isso em um contexto geral.

É diferente de quando você faz um mapa mental para uso próprio, em que pode usar associações que só você entende, como piadas internas, mas que nada acrescentariam a uma terceira pessoa.

Não se esqueça que o objetivo dos mapas mentais é acelerar o processo de aprendizagem, mas com qualidade igual ou superior à do estudo “tradicional”, e isso só é possível com a conjugação de todos os fatores acima listados.


Como construir um mapa Mental?

Segundo o blog "Estude sem fronteiras" temos:

Como criar um mapa mental? Confira um passo a passo

Agora que você compreendeu melhor como funciona, está na hora de aplicar e montar um mapa mental que possa facilitar  seus estudos além das tarefas e demandas do trabalho. E antes que possamos continuar, saiba que um mapa mental pode ser feito através de uma simples folha de papel como também por aplicativos. Mas aqui explicaremos como montar um de forma mais generalizada.

1. Definindo um tema central

Sem um tema central não se pode existir um mapa mental. Para isso, é necessário que pense em um tema que possa começar por dentro e assim ter seus tópicos expandidos para fora. Você pode pensar em alguns temas como: problemas que precisa resolver, algum estudo difícil ou algum projeto.

2. Hora de adicionar as ramificações

Adicionado um tema principal ao seu mapa mental, está na hora de criar as ramificações com os tópicos e subtópicos que complementem e que são de suma importância, não podendo ficar de fora do seu diagrama. Nesse momento, as ramificações são utilizadas para ajudar e auxiliar nas informações. Não se preocupe em adicionar muita informação — use algumas palavras-chave ou frases curtas.

3. Explore os tópicos e adicione mais ramificações

Assim que identificado os pontos importantes do seu mapa mental, adicione formas até que não haja mais informações importantes a serem colocadas . A organização deve ficar com as informações mais importantes próximas ao tema principal, e deixando assuntos complementares ou subtópicos menos importantes distantes.

Assim, você não correrá o risco de colocar algum subtópico próximo ou confundir com outro conceito que não tenha relação.

4. Use imagens e cores

Uma maneira de você manter a organização do seu mapa mental é utilizar cores para diferentes tópicos ou assunto. Por exemplo, o seu tema central pode ser alguma cor neutra, as ramificações importantes utilizarem cores quentes, como vermelho. Os subtópicos serem preenchidos com cores frias, como azul e verde-claro.

Se você estiver utilizando algum aplicativo ou alguma outra ferramenta para montar seu mapa mental, as imagens podem ser inseridas em algum lugar que fique de fácil visualização e que não crie uma “poluição” no seu diagrama.

Exemplos de mapas mentais ( encontrados na internet:



https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fnovaescola.org.br%2Fconteudo%2F17882%2Fcomo-usar-mapas-mentais-para-melhorar-aprendizagem-na-escola&psig=AOvVaw2GKYQsELJ8EiGGzF6JSksE&ust=1683115070277000&source=images&cd=vfe&ved=0CBEQjRxqFwoTCOiy8rLK1v4CFQAAAAAdAAAAABAE







segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

CADERNO ORIENTADOR DE METODOLOGIAS ATIVAS -PERNAMBUCO EM PDF

 Pensando em como está sendo difícil para nós professores de Ensino Médio essas mudanças ocorridas no Novo Ensino Médio resolvi porstar aqui os cadernos das disciplinas, que foram inseridas e não estudamos na faculdade e, em nenhum momento dos nossos estudos. 
É tudo novo e, nem sempre a secretaria de educação faz uma formação para observar todos os pontos, até porque seria bem complicado estar tirando o professor de suas aulas para contemplar o novo currículo e, principalmente para estudar as novas disciplinas.

Espero cooperar com todos com essas postagens dos cadernos orientadores.

Gostaria de pedir um favor:
Se você gostou compartilha e comenta, isso vai me ajudar bastante!

Se inscreva também no blog para receber as novidades, que são postadas semanalment

O link leva aos seguintes cadernos:

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Organizador curricular do novo Ensino Médio - todas as disciplinas

 FORMAÇÃO GERAL BÁSICA (FGB)

LÍNGUA PORTUGUESA

1º  ANO DO ENSINO MÉDIO

I BIMESTRE 

Neste quadro você pode ver o que tem no pdf que está logo abaixo👇. Clica e confere!

Você tem um direcionamento para trabalhar durante o ano todo, com o currículo de Pernambuco.

Organizador curricular de Língua Portuguesa PE


Estou disponibilizando também o site da secretaria de educação PE, onde você pode encontrar todo o material, em PDF, o currículo para trabalhar em sala de aula de todos os componentes curriculares, bem como os cadernos das eletivas entre outros.


Bom trabalho a todos!








Trilhas- Itinerários formativos. NOVO ENSINO MÉDIO

 Olá!
Acredito que você, assim como eu, teve alguma dificuldade em assimilar as trilhas, dos Itinerários Formativos. 
Até este momento os estudantes e pais dos mesmos não conseguem entender do que se trata, pelo menos aqui onde moro.
São pouquíssimos os que relatam já ter alguma informação sobre o assunto.
Acredito que as formações, que abrageram somente o corpo docente, gestão e coordenação das escola, deveriam ser estendidas aos pais e estudantes, pois são os maiores interessados no assunto. Afinal é para eles cursarem. A escola apenas oferta os cursos.

Claro que a escola precisa se apropriar para poder saber organizar o cronograma de aulas e saber passar o conteúdo de acordo com o que deve ser dado, porém os estudantes estão alheios no que se refere ao conhecimento do que são os Itinerários Formativos e ainda mais sobre as trilhas com os aprofundamentos obrigatórios e opitativos.

Vamos iniciar uma conversa aqui sobre tla assunto, já com a dica de que em rede nacional, seja feita uma entrevista, de preferência em um programa bastante visto por todos, sobre os Itinerários Formativos e Trilhas de aprendizagem, ensinando, debatendo e confirmando tudo o que é preciso ser sabido pelos maiores interessados ( os estudantes).


Vamos iniciar pelo básico e depois vamos aprofundando ainda mais...





Fonte da imagem: https://cpers.com.br/trilhas-de-aprofundamento-seduc-tenta-vender-mentiras-sobre-o-novo-ensino-medio-com-evento-instagramavel/

Os Itinerários Formativos são um conjunto de situações e atividades educativas que os estudantes podem escolher conforme seu interesse para aprofundar e ampliar aprendizagens em uma ou mais áreas de conhecimento ou formação técnica e profissional. O interessante é que o estudante pode cursar todo Ensino Médio em uma área de conhecimento ou na formação profissional. Caso o estudante termine o Ensino Médio e queira voltar e fazer outra área do conhecimento ou técnica, ele pode, desde que haja vaga nessa disciplina. 

Os Itinerários Formativos servem para consolidar e aprofundar a formação integral que amplie o conhecimento e o desenvolvimento das competências gerais, permitindo que o jovem saia do Ensino Médio sabendo tomar decisões e agir com autonomia e responsabilidade. 

De acordo com os princípios da arquitetura do documento, todas as escolas terão formação geral básica (1800h) e Itinerário Formativo (1200h) e cada escola terá pelo menos dois Itinerários Formativos. Em Pernambuco, serão ofertados os seguintes Itinerários Formativos: 

Áreas do Conhecimento 

Itinerário de Área de Conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias  

Trilha: Comunicação 

Trilha: Identidades e Expressividades 

Trilha: Línguas e Culturas de Mundo

 

Itinerário de Área de Conhecimento: Matemática e suas Tecnologias  

Trilha: Soluções Ótimas 

 

Itinerário de Área de Conhecimento: Ciências da Natureza e suas Tecnologias 

Trilha: Saúde coletiva e qualidade de vida 

Trilha: Meio Ambiente e Sociedade 

 

Itinerário de Área de Conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas 

Trilha: Direitos Humanos e Participação Social 

Trilha: Juventude, Liberdade e Protagonismo

 

Itinerário Integrado entre as áreas: Linguagens e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias 

Trilha: MatematizAÇÃO, Design e Criatividade

 

Itinerário Integrado entre as áreas: Linguagens e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias 

Trilha: Modos de Vida, Cuidado e Inventidade

 

Itinerário Integrado entre as áreas: Linguagens e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas 

Trilha: Diversidade Cultural e Territórios

 

Itinerário Integrado entre as áreas: Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias 

Trilha: Tecnologias Digitais

 

Itinerário Integrado entre as áreas: Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas 

Trilha: Possibilidades em rede e Humanização dos espaços  

 

Itinerário Integrado entre as áreas: Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas 

Trilha: Desenvolvimento Social e Sustentabilidade

 

Formação Técnica e Profissional 

 

Trilha: Empreendedorismo Técnico

Trilha: Empreendedorismo FIC

Trilha: Inovação e Criatividade Técnico

Trilha: Inovação e Criatividade FIC



No caso  das trilhas técnicas e profissionais só são ofertadas nas Escolas técnicas, que ofertam cursos técnicos e profissionalizantes.


 

Projeto de Vida

 

O “Projeto de Vida” já está nas escolas da Rede Estadual desde 2012. Em 2018, ela foi incluída como unidade curricular do projeto piloto do Novo Ensino Médio, e a partir deste ano ela entra na grade curricular de todas as escolas estaduais de Pernambuco.

 

É importante destacar que a disciplina “Projeto de Vida” não entra exclusivamente como tema transversal porque as unidades curriculares do Estado já trabalham “Projeto de Vida” de forma transversal independentemente da Trilha que o estudante cursar. Pernambuco apresenta “Projeto de Vida” enquanto unidade curricular, ofertando duas aulas por semana para discutir os projetos dos jovens durante todo o Ensino Médio. Durante as aulas, são discutidos três núcleos temáticos envolvendo autoconhecimento, relações sociais e historicidade e trabalho.

Fonte: Secretaria de Educação de PE


Na teoria tudo parece muito fácil de se executar. Mas não vamos nos desesperar. Aos poucos vamos entendendo tudo.

Tudo que é novo causa estranhesa e até reações contrárias às mudanças, por não entender como funciona. Postarei aqui o PDF com o portifólio das trilhas que serve como orientação para escolha.


Portifólio dos Itinerários Formativos


Aqui 👆👆 você encontra todas as trilhas dos Itinerários formativos, cursos relacionados, quais as disciplinas obrigatórias e opitativas de cada trilha.

Boa leitura!


Elaine Lima



terça-feira, 31 de janeiro de 2023

TEXTO LITERÁRIO- EXERCÍCIOS

 

Características do Texto Literário

  • Plurissignificação: as palavras, no texto literário, assumem vários significados. Valoriza Texto -se a linguagem conotativa, ou seja, o sentido figurado.
  • Ficcionalidade: os textos baseiam-se no real, transfigurando-o, recriando-o. Em outras palavras, o alcance da escrita ultrapassa para além do real.
  • Aspecto subjetivo: o texto apresenta, normalmente, o olhar pessoal do artista, suas experiências e emoções.
  • Ênfase na função poética da linguagem: o texto literário manipula a palavra, revestindo-a de caráter artístico. O artista apresenta na obra literária a sua visão perante seus anseios e exerce uma postura diante do mundo e das pretensões humanas.
  • Exercícios

    1. (ENEM) Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influência significativa em sua carreira de escritor.

    Lembro-me de que certa noite, eu teria uns quatorze anos, quando muito, encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam carneado. (…) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa vida? (…) 

    Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto.

    (VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo I. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.)

    Neste texto, por meio da metáfora da lâmpada que ilumina a escuridão, Érico Veríssimo define como uma das funções do escritor e, por extensão, da literatura,

    a) criar a fantasia.
    b) permitir o sonho.
    c) denunciar o real.
    d) criar o belo.
    e) fugir da náusea.

    2. (ENEM)

    Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda.

    O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. ‘Textos guardados acabam cheirando mal’, disse Silvia Plath, (…) que, com esta frase, deu testemunho das dúvidas que atormentam o escritor: publicar ou não publicar? guardar ou jogar fora?

     (Moacyr Scliar. O escritor e seus desafios.)

    Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refletir sobre uma etapa da criação literária. A ideia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante bons resultados está sugerida na seguinte frase:

    a) “a gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa.”
    b) “em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda.”
    c) “o período de maturação na gaveta é necessário, (…).”
    d) “mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma.”
    e) “ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho.”

    3. (UERJ) Texto para as questões 3 e 4.

      (…) Não resguardei os apontamentos obtidos em largos dias e meses de observação: num momento de aperto fui obrigado a atirá-los na água. Certamente me irão fazer falta, mas terá sido uma perda irreparável?

      Quase me inclino a supor que foi bom privar-me desse material. Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consultá-lo a cada instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor a hora exata de uma partida, quantas demoradas tristezas se aqueciam ao sol pálido, em manhã de bruma, a cor das folhas que tombavam das árvores, num pátio branco, a forma dos montes verdes, tintos de luz, frases autênticas, gestos, gritos, gemidos. Mas que significa isso?

      Essas coisas verdadeiras não ser verossímeis. E se esmoreceram, deixá-las no esquecimento: valiam pouco, pelo menos imagino que valiam pouco. Outras, porém, conservaram-se, cresceram, associaram-se, e é inevitável mencioná-las. Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade.

      (…) Nesta reconstituição de fatos velhos, neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado. Outros devem possuir lembranças diversas. Não as contesto, mas espero que não recusem as minhas: conjugam-se, completam-se e me dão hoje impressão de realidade (…)

    (RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio, São Paulo: Record, 1984.)

    O fragmento transcrito expressa uma reflexão do autor-narrador quanto à escrita de seu livro contando a experiência que viveu como preso político, durante o Estado Novo. No que diz respeito às relações entre escrita literária e realidade, é possível depreender, da leitura do texto, a seguinte característica da literatura:

    a) revela ao leitor vivências humanas concretas e reais.
    b) representa uma conscientização do artista sobre a realidade.
    c) dispensa elementos da realidade social exterior à arte literária.
    d) constitui uma interpretação de dados da realidade conhecida.

    4. (UERJ) Por causa da perda das anotações, relatada pelo narrador, o texto é impregnado de dúvidas acerca da exatidão do que será levantado no livro. O trecho que melhor representa um exemplo dessas dúvidas é:

    a) “Quase me inclino a supor que foi bom privar-me desse material”.
    b) “Outras, porém, conservaram-se, cresceram, associaram-se, e é inevitável mencioná-las”.
    c) “neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado”.
    d) “Não as contesto, mas espero que não recusem as minhas”.

    5. (UERJ) A relação entre autor e narrador pode assumir feições diversas na literatura. Pode-se dizer que tal relação tem papel fundamental na caracterização de textos que, a exemplo do livro de Graciliano Ramos, constituem uma autobiografia – gênero literário definido como relato da vida de um indivíduo feito por ele mesmo.

    A partir dessa definição, é possível afirmar que o caráter autobiográfico de uma obra é reconhecido pelo leitor em virtude de:

    a) conteúdo verídico das experiências pessoais e coletivas relatadas;
    b) identidade de nome entre autor, narrador e personagem principal;
    c) possibilidade de comprovação histórica de contextos e fatos narrados;
    d) notoriedade do autor e de sua história junto ao público e à sociedade.

    6 (UERJ-Adaptada) Observe atentamente o trecho transcrito abaixo.

    (…) o objetivo da poesia (e da arte literária em geral) não é o real concreto, o verdadeiro, aquilo que de fato aconteceu, mas sim o verossímil, o que pode acontecer, considerado na sua universalidade.

    (SILVA, Vítor M. de A. Teoria da Literatura. Coimbra: Almedina, 1982.)

    A partir da leitura do fragmento, pode-se deduzir que a obra literária tem o seguinte objetivo:

    a) opor-se ao real para afirmar a imaginação criadora;
    b) anular a realidade concreta para superar contradições aparentes;
    c) construir uma aparência de realidade para expressar dado sentido;
    d) buscar uma parcela representativa do real para contestar sua validade.

    7) (ENEM) Óbito do autor

    _(…) expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova:
    – ”Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isto é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.” (….)_

     (Adaptado. Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.  Ilustrado por Cândido Portinari. Rio de Janeiro: Cem Bibliófilos do Brasil, 1943. p.1.)

    (Portinari)

    Compare o texto de Machado de Assis com a ilustração de Portinari. É correto afirmar que a ilustração do pintor:

    a) apresenta detalhes ausentes na cena descrita no texto verbal.
    b) retrata fielmente a cena descrita por Machado de Assis.
    c) distorce a cena descrita no romance.
    d) expressa um sentimento inadequado à situação.
    e) contraria o que descreve Machado de Assis.

    Veja como resolver essa questão passo-a-passo!

    8. (ENEM)

    Esta manhã acordo e

    não a encontro.

    Britada em bilhões de lascas

    deslizando em correia transportadora

    entupindo 150 vagões

    no trem-monstro de 5 locomotivas

    – trem maior do mundo, tomem nota –

    foge minha serra, vai

    deixando no meu corpo a paisagem

    misero pó de ferro, e este não passa.

    (Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2000)

    A situação poeticamente descrita acima sinaliza, do ponto de vista ambiental, para a necessidade de:

    I- manter-se rigoroso controle sobre os processos de instalação de novas mineradoras.
    II- criarem-se estratégias para reduzir o impacto ambiental no ambiente degradado.
    III- reaproveitarem-se materiais, reduzindo-se a necessidade de extração de minérios.

    É correto o que se afirma em:

    a) apenas em I.
    b) apenas em II.
    c) apenas em I e II.
    d) apenas em II e III.
    e) em I, II e III.

    GABARITO

    1. C

    2. B

    3. D

    4. C

    5. B

    6. C

    7. A

    8. E