domingo, 23 de abril de 2017

Literatura informativa

Literatura informativa - Características e conceitoLiteratura informativa... de informação, evidentemente. Essa significativa característica, estimado(a) usuário(a), traz consigo o aspecto mais peculiar para que seus conhecimentos sejam aprimorados e, consequentemente, efetivados acerca do que foi as primeiras manifestações literárias em solo brasileiro. De informação porque, levando em conta os conhecimentos de que dispõe acerca dos dados históricos, os colonizadores, aqui chegando, resolveram desbravar esse precioso território mediante as belezas que aqui se faziam vistas. Desse modo, tudo que aqui encontram serviu de aparato para os relatos que se mostraram a serviço dos conhecimentos daqueles que lá estavam, além-mar.

Foi então que, por esse motivo,  Pero Vaz de Caminha, ao escrever a carta de achamento do Brasil documentou todas essas descobertas, cuja data se expressa em 1º de maio de 1500, ainda que ela pertença, somente a título de complementação, à literatura portuguesa. Dadas essas razões, estimado(a) usuário(a), sobretudo levando em consideração a importância de se estudar acerca de um fato marcante como esse, bem como apoiando no fato de que  a arte literária comporta os conhecimentos que devemos trazer conosco, achamos por bem criarmos este espaço, o qual prioriza aspectos pertinentes à chamada literatura de informação ou literatura dos cronistas e viajantes.

A literatura informativa surgiu no Brasil no século XVI, mais precisamente no ano de 1500 com o descobrimento do país por Portugal. Nesta época o continente europeu vivia em pleno Renascimento cultural e o gênero foi resultado das Grandes Navegações que tiveram o objetivo de descobrir novas rotas comerciais em direção às Índias. Este tipo de literatura possui caráter informativo, preocupando-se em descrever claramente a nova terra, sua fauna e flora, riquezas, habitantes e seus costumes.
Temos como pioneiro da literatura informativa, também bastante conhecida como Quinhentismo Brasileiro, o viajante Pero Vaz de Caminha. Com o descobrimento do Brasil no ano de 1500 os viajantes das Grandes Navegações acabaram por se deparar com uma terra completamente distinta à que conheciam, com fauna e flora exuberante, inúmeras riquezas inexploradas além de abrigar um povo estranho, com costumes e religião ainda desconhecida pelos europeus. Portugal, inclusive toda a Europa, vivia imersa num capitalismo a todo vapor, preocupada com suas riquezas e desenvolvimento econômico, bem diferente do Brasil no momento de seu descobrimento.
A ânsia por informações da nova terra era considerável, então Caminha redigiu em 1º de Maio daquele ano a Carta do Achamento, onde, pela primeira vez, leva a Portugal os dados e peculiaridades do nosso país. A carta exaltava as qualidades da terra, sua fauna e flora rica em diferentes espécies de plantas e animais exóticos, os estranhos costumes da população nativa e suas riquezas. Confira um trecho desta carta onde ele faz menção à beleza das índias em relação às europeias e a forma como se portavam naturalmente despidas.
E uma daquelas moças era toda tinta, de fundo a cima, daquela tintura, a qual, certo, era tão bem feita e tão redonda e sua vergonha, que ela não tinha, tão graciosa, que a muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhes tais feições, fizera vergonha, por não terem a sua como ela. (…)”.

Características da Literatura Informativa

Estilo descritivo, com intenção de suprir as necessidades dos europeus que se encontravam além-mar.
Louvor e exaltação extrema a terra recém-descoberta.
Destaque para as belezas naturais e riquezas presentes na terra.
Por ser de estilo estritamente descritivo, o quinhentismo, ou literatura informativa, não foi, por muitos, considerada como literatura propriamente dita, contudo é um gênero literário que foi de extrema importância para o desenvolvimento inicial de nosso país e que enriqueceu a sua cultura. Após este tipo de literatura de descrição e informação o Brasil viu-se invadido por outro tipo de literatura, a dos Jesuítas que tinha como objetivo principal expandir o cristianismo.


Escolas literárias

As escolas literárias são subdivisões de duas grandes eras de nossa literatura: a Era Colonial e a Era Nacional.

Você já deve saber que a literatura brasileira é dividida em movimentos literários, também chamados de escolas literárias. O que você talvez não saiba ainda é que essa divisão é feita para facilitar o estudo das diferentes estéticas que compõem nossa história literária, bem como para facilitar o ensino de literatura nas escolas. As primeiras manifestações dessa arte no Brasil surgiram no século XVI, quando os primeiros cronistas escreveram os primeiros registros sobre a terra recém-descoberta e colonizada.
Sendo assim, nossa literatura começa a ser sistematizada a partir do Quinhentismo, expressão genérica que denomina todas as manifestações literárias ocorridas no Brasil durante o século XVI. Isso significa que nossa tradição literária conta com pouco mais de quinhentos anos, o que é pouco se comparada à milenar literatura europeia, por exemplo. Apesar de “jovem”, a literatura brasileira já vivenciou diferentes movimentos literários, movimentos esses que foram, inegavelmente, influenciados pela História do Brasil e do mundo.
A literatura brasileira pode ser dividida em duas grandes eras, momentos que acompanharam a evolução política e econômica do país: a Era Colonial e a Era Nacional, separadas por um período de transição que corresponde à emancipação política do Brasil. A Era Colonial, a vertente histórica de nossas letras, representa a literatura produzida sob a influência da literatura portuguesa. Esse período é representando pelas seguintes escolas:
  • Quinhentismo (de 1500 a 1601);
  • Barroco (de 1601 a 1768);
  • Arcadismo (de 1768 a 1808);
  • Período de Transição (de 1808 a 1836).
A Era Nacional marcou o início do desenvolvimento das formas literárias genuinamente brasileiras, período que prezou pela estética e pelo compromisso dos escritores em criar uma expressão própria que retratasse nossas características culturais, sociais e linguísticas. Por esse motivo, a Era Nacional é tida como a vertente estética da literatura brasileira, quando finalmente a autonomia literária foi estabelecida. Representam o período as seguintes escolas:

  • Romantismo (de 1836 a 1881);
  • Realismo (de 1881 a 1893);
  • Simbolismo (de 1893 a 1922);
  • Modernismo (de 1922 a 1945);
  • Tendências contemporâneas.

  • Para que você conheça mais sobre a literatura brasileira e seus diferentes períodos, o Mundo Educação preparou uma seção dedicada às escolas literárias que marcaram época em nosso país. Nela você encontrará artigos que têm como objetivo discutir os vários movimentos, os contextos históricos que os permeiam e as características estilísticas, bem como apresentar os principais escritores que contribuíram para a formação de nossa identidade literária. Boa leitura e bons estudos!
Fonte:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/estilos-epoca.htm



Quadro Demonstrativo das Escolas Literárias em Portugal e no Brasil

* Brasil: Era colonial: 1500 - Literatura de Informação
1600 - Barroco
1768 - Arcadismo
Era nacional: 1836 - Romantismo
1881 - Realismo / Naturismo / Parnasianismo
1893 - Simbolismo
1902 - Pré-modernismo
1922 - Modernismo

* Portugal: Era Medieval: 1189 - Trovadorismo
1418 - Humanismo
1527 - Classicismo
1580 - Barroco
1756 - Arcadismo
Era moderna ou contemporânea: 1895 - Realismo / Naturismo
1890 - Simbolismo
1915 - Modernismo

Como se pode observar, os movimentos literários são praticamente os mesmo em Portugal e no Brasil, com poucas diferenças nas datas e no inicio e fim de cada escola. 







PERIODIZAÇÃO DA LITERATURA EM PORTUGAL E NO BRASIL - TROVADORISMO

 
(clique nas figuras para visualizá-las em tamanho maior)



* Estilo individual: maneira particular de um poeta utilizar a língua;

Estilos de Época ou Escolas Literárias: fases literárias menores caracterizadas em função dos estilos individuais dos artistas, do contexto histórico e das tendências de cada período.



 

CANTIGAS LÍRICAS
CANTIGAS DE AMOR
CANTIGAS DE AMIGO
- origem provençal;
- origem galego-portuguesa;
- eu-lírico masculino;
- eu-lírico feminino;
- objeto desejado: a dama;
- objeto desejado: o amigo;
- o homem presta a vassalaagem amorosa: sofre pelo amor não correspondido (coita);
- a mulher sofre pelo amante, namorado ausente;
- mulher idealizada, superior;
- mulher real, mais concreta;
- ambiente palaciano (aristocrático).
- ambiente rural (popular).


CANTIGAS SATÍRICAS
CANTIGA DE ESCÁRNIO
CANTIGA DE MALDIZER
- ataque indireto;
- ataque direto;
- predomínio da ironia e do sarcasmo;
- predomínio de palavras chulas (baixo nível);
- crítica a costumes, pessoas e acontecimentos;
- crítica a costumes, pessoas e acontecimentos;
- não declaração de nomes.
- declaração de nome da pessoa criticada.

Fonte: http://macieldealmeida.blogspot.com.br/2014/08/periodizacao-da-literatura-em-portugal.html

Pré-Modernismo no Brasil


O que foi, características, principais escritores e suas obras, contexto histórico, resumo do pré-modernismo na literatura brasileira


O Pré-Modernismo foi um período da literatura brasileira, que teve seu desenvolvimento nas décadas de 1910 e 1920. Muitos estudiosos da literatura brasileira afirmam que foi um período de transição entre o simbolismo e o modernismo.

O pré-modernismo é um conjunto de obras literárias que propunham as mesmas temáticas e formas do futuro movimento chamado Modernismo.

Contexto histórico

O Pré-Modernismo brasileiro situa-se no contexto histórico da consolidação da República. A expectativa de um novo Brasil, mais justo e moderno, com o advento do regime republicano foi frustrada. No novo regime, as desigualdades continuaram, a oligarquia se manteve no poder, a participação política ficou restrita às elites e os conflitos sociais (exemplos: Guerra da Vacina, Guerra do Contestado, Cangaço e Revolta da Chibata) pipocaram pelo Brasil. Foi este contexto que influenciou a produção literária das duas primeiras décadas do século XX.

O Pré-Modernismo acontece anos antes da Semana da Arte Moderna, em 1922, e é o período de transição entre as tendências do final do Simbolismo ou Parnasianismo, século XIX, e o Modernismo.

Neste período, alguns anos após a abolição da escravatura, muitos imigrantes, em sua maioria italianos, vêm ao Brasil substituir a mão-de-obra rural e escrava.

A urbanização de São Paulo faz surgir uma nova classe social: a operária, ao mesmo tempo em que os ex-escravos são marginalizados nos centros urbanos.

Os estados brasileiros passam por transformações na economia: a ascensão do café no Sul e Sudeste, e o declínio da cana-de-açúcar no Nordeste.

O governo republicano não garantia esperanças e não promovia as tão esperadas mudanças sociais, pelo contrário, a sociedade se encontrava dividida entre a elite detentora de dinheiro, respeito e poder das oligarquias rurais e a classe trabalhadora rural, bem como dos marginalizados nos centros urbanos.

A desigualdade social culminou em diversos movimentos sociais pelo Brasil, como a Revolta de Canudos, ocorrida no final do século XIX no sertão da Bahia, sob liderança de Antônio Conselheiro, dentre outros movimentos de protesto às condições de vida no Nordeste. Além disso, ocorreu também os movimentos protestantes no meio urbano, como a Revolta da Chibata, em 1910, contra o maltrato da Marinha à corporação e também as greves de operários.Já no começo do século XX começa a surgir os primeiros indícios da crise cafeeira com a superprodução de café, a chamada crise da “República Café-com-Leite”.

É em meio a este quadro na sociedade brasileira que começa no Brasil uma nova produção literária, intitulada de Pré-Modernismo pelo crítico literário Tristão de Ataíde. Trata-se das obras literárias de um grupo de escritores que propunham as mesmas temáticas e formas, as que seriam enquadradas no futuro movimento literário: o Modernismo. Destaca-se neste período a obra Os sertões, de Euclides da Cunha e Canaã de Graça Aranha. Contudo, o Pré-Modernismo não é tido como uma “escola literária”, pois apresenta características individuais muito marcantes.


No entanto, há características comuns às obras desse período: a ruptura com a linguagem pomposa parnasiana; a exposição da realidade social brasileira; o regionalismo; a marginalidade exposta nas personagens e associação aos fatos políticos, econômicos e sociais.

Os principais autores pré-modernistas são: Euclides da Cunha, Augusto dos Anjos, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato.


Principais características do Pré-Modernismo no Brasil:


- Abordagem de problemas sociais brasileiros (desigualdade, conflitos, pobreza e exclusão social e política). Estes temas serão retratados, principalmente, nas obras de dois importantes escritores do período: Lima Barreto e Euclides da Cunha.


- Regionalismo: valorização de aspectos culturais de regiões do Brasil.

- Estética literária marcada por valores do Naturalismo.

- Mistura de estilos literários de escolas anteriores.

- Surgimento, em alguns escritores (Lima Barreto, por exemplo) do uso da linguagem coloquial.

- Surgimento, embora o conservadorismo ainda se faça presente, de inovações técnicas na forma de expressão literária.

* importante: por não se tratar de uma escola literária, mas sim um período de transição, as características acima não estão presentes nas obras de todos os escritores pré-modernistas. Cada escritor possui seu próprio estilo e suas próprias temáticas de destaque.

Principais escritores pré-modernistas e suas obras:

- Lima Barreto – escritor carioca, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma.
- Monteiro Lobato – escritor paulista, autor de Cidades Mortas e Urupês.
- Graça Aranha – escritor maranhense, autor de Canaã.
- Euclides da Cunha – escritor carioca cuja principal obra foi Os sertões.
- João Simões Lopes Neto – escritor gaúcho, autor de Contos Gauchescos e Lendas do Sul.
- Augusto dos Anjos – poeta paraibano, autor da obra Eu.

sábado, 19 de novembro de 2016

sábado, 21 de maio de 2016

Coerência e coesão textual

http://profserafina.weebly.com/uploads/1/6/6/2/1662499/coerencia_coesao.pdf

Na maioria das vezes, sentimo-nos despreparados quando estamos diante de uma folha de papel em branco no propósito de fazer uma redação, não é mesmo?

As ideias não fluem, o tempo passa muito rapidamente, e quando percebemos... Lá se foi o tempo e não atingimos o objetivo almejado.

Então, é possível se familiarizar mais com a escrita lembrando-se da palavra texto. Ela, assim como muitas outras, origina-se do latim “textum”, que significa tecer, entrelaçar ideias, opiniões e pensamentos.

Mas existe uma fórmula mágica para se construir um bom texto?
A resposta é simples. Basta lembrarmos que toda escrita requer praticidade, conhecimento prévio do assunto abordado, e, sobretudo, técnicas, que constituem a performance de todo texto bem elaborado.

Para que um texto fique claro, objetivo e interessante, ele precisa realçar beleza, para que sua estética seja vista de maneira plausível.
Fazendo parte dessa estética estão os elementos que participam da construção textual; entre eles, a coesão e a coerência.

coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.
Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras que se repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que substituem a ideia apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos pronomes, dos advérbios e outros. Como exemplo, verifique:

A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o poder de transformar e de conscientizar. 

Podemos perceber que as expressões: elas e as mesmas referem-se ao termo - “palavras”.

Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem.
Estes são apenas alguns dos requisitos para a elaboração de um texto, e estas técnicas vão sendo apreendidas à medida que nos tornamos escritores assíduos.
Coerência e coesão são duas ferramentas essenciais e inseparáveis na construção textual. Graças Z coerência e à coesão, é possível transformar sequências de palavras num todo organizado, ou seja, num texto.
Coerência estabelece a lógica interna de um texto e cria uma linha de pensamento.
Coesão cria uma sequência harmoniosa entre os diversos momentos do texto.

Como criar coerência textual?

Para cumprir o seu propósito de transmissão de mensagens, um texto deve apresentar certas características que facilitem a apreensão do sentido pelo leitor, seguindo uma linha de pensamento que possa ser seguida e compreendida.
Aspectos essenciais na coerência textual:
  • Escrita com clareza, simplicidade, objetividade e concisão;
  • Estruturação de uma ideia principal e de ideias secundárias;
  • Criação de uma linha de raciocínio e pensamento lógico;
  • Entrelaçamento de ideias e harmonia entre fatos;
  • Transmissão de informação relevante com ênfases nas partes mais importantes;
  • Apresentação de informação suficiente sobre o assunto;
  • Demonstração de um domínio total do assunto;
  • Construção de um todo significativo.
Aspectos a evitar na coerência textual:
  • Utilização desnecessária de palavras;
  • Repetição de palavras;
  • Redundância de ideias;
  • Contradição de fatos;
  • Existência de fatos isolados;
  • Utilização de frases muito extensas;
  • Uso de frases feitas, clichês, jargões, estrangeirismos;
  • Uso de outros elementos que empobreçam o discurso.

Como criar coesão textual?

Para a correta compreensão de um texto, é essencial também que haja uma ligação harmoniosa entre as suas diversas partes. Essa ligação é feita através de diversas estratégias, havendo assim diversos tipos de coesão textual.

Coesão referencial

Na coesão referencial são utilizados elementos, como pronomes e expressões adverbiais, que evitam a repetição de elementos já mencionados no texto aquando de nova referência.
  • Você viu minha irmã por aí? Ela disse que vinha para aqui.
  • Essa mochila é minha. Onde está a sua?
  • Já arrumei todas as minhas gavetas, menos aquela.

Coesão sequencial

Na coesão sequencial é estabelecida uma coesão por conjunção, sendo utilizados conectivos 
e expressões que dão continuidade aos assuntos, estabelecendo uma sequência e relação com aquilo que já foi afirmado, como por conseguinte, embora, logo, com o fim de, caso,...
  • Perante aquela situação, foi fácil tomar uma decisão.
  • Isto posto, continuaremos realizando nosso trabalho.

Coesão lexical

Na coesão lexical são utilizados recursos coesivos que permitem a manutenção do tema sem repetições vocabulares.
  • Um dos cientistas estava próximo de mais uma descoberta. Os restantes investigadores aguardavam as conclusões.
  • A savana estava repleta de leões e leoas. Esses magníficos mamíferos selvagens.
  • Ainda estou cozinhando o arroz. Quando acabar de o fazer, poderemos almoçar.
Recursos coesivos lexicais:
Sinonímia: utilização de sinônimos, como convencer e persuadir.
Hiponímia e hiperonímia: uso de substantivos específicos e genéricos, como leão e mamífero.
Repetição: emprego de palavras repetidas com intuito de destacar ou reforçar uma ideia, como enormes vontades, enormes esforços, enormes desilusões.
Nominalização: utilização de substantivos, verbos e adjetivos relacionados, como felicidade, feliz e felicitar.
Substitutos universais: uso termos que substituem outros, como pronomes, numerais e mesmo alguns verbos, como o verbo fazer.

Coesão por elipse

Na coesão por elipse é feita a omissão de elementos anteriormente mencionados, desde que facilmente identificáveis.
  • Minha mãe está na feira. Foi comprar frutas e verduras.
  • Mariana e Paula são melhores amigas. Querem viajar juntas.

Coesão por substituição

Na coesão por substituição são também utilizadas palavras que retomam termos já referidos, havendo, contudo, uma nova definição desse termo, sem que haja correspondência total ao primeiro termo.
  • Meu pai pediu bolo de chocolate, eu pedi um de limão.
  • Para a festa, ela comprou um vestido novo. Eu vou comprar também.

Outros recursos que contribuem para a coesão textual

Além do acima exposto, é essencial que haja:
  • Correta ordenação das palavras no período;
  • Correto uso de desinências nominais (marcas de gênero e número);
  • Correto uso de desinências verbais (flexão em número, pessoa, modo e tempo);
  • Correta utilização de preposições e conjunções.
Atividade de Língua Portuguesa

Construa uma nova versão do texto abaixo, utilizando, em relação à palavra baleia, os mecanismos de coesão que julgar adequados.
Texto
Todos os anos dezenas de baleias encalham nas praias do mundo e até há pouco nenhum oceanógrafo ou biólogo era capaz de explicar por que as baleias encalham. Segundo uma hipótese corrente, as baleias se suicidariam ao pressentir a morte, em razão de uma doença grave ou da própria idade, ou seja, as baleias praticariam uma espécie de eutanásia instintiva. Segundo outra, as baleias se desorientariam por influência de tempestades magnéticas ou de correntes marinhas.
Agora, dois pesquisadores do Departamento de História Natural do Museu Britânico, com sede em Londres, encontraram uma resposta científica para o suicídio das baleias. De acordo com Katharine Parry e Michael Moore, as baleias são desorientadas de suas rotas em alto-mar para as águas rasas do litoral por ação de um minúsculo verme de apenas 2,5 centímetros de comprimento.



Atividade de Língua Portuguesa
Construa uma nova versão do texto abaixo, utilizando, em relação à expressão muita gente e Brasil , os mecanismos de coesão que julgar adequados.
Texto
Muita gente votou nas últimas eleições. Muita gente pensava que as coisas iriam mudar radicalmente, mas muita gente estava enganada. O Brasil parece que levará ainda um tempo muito grande para amadurecer. O que o Brasil precisa, entretanto, para chegar a ficar maduro, é manter arejada e viva a democracia.

domingo, 10 de abril de 2016

Preposições e Locução Prepositiva

PREPOSIÇÃO


Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula.
Exemplos:
  1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.
    amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição
    de: preposição
  2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio.
    esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição
    com: preposição
Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado regência.
Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente.
Exemplos:
  1. hora das refeições é sagrada.
hora das refeições: elementos ligados por preposição
de + as = das: preposição
hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições"
refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da"
  1. Alguém passou por aqui.
passou por aqui: elementos ligados por preposição
por: preposição
passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui"
aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por"
As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde.
Por exemplo:
de + o = do
por + a = pela
em + um = num
As preposições podem introduzir:
a) Complementos Verbais
Por exemplo:
Eu obedeço "aos meus pais".
b) Complementos Nominais
Por exemplo:
Continuo obediente "aos meus pais".
c) Locuções Adjetivas
Por exemplo:
É uma pessoa "de valor".
d) Locuções Adverbiais
Por exemplo:
Tive de agir "com cautela".
e) Orações Reduzidas
Por exemplo:

"Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido.


Classificação das Preposições
As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são chamadas preposições essenciais. São elas:
  a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás

Observações:
1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a significação de atrásdepois.
Por exemplo:
Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após.
2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em autores modernos.
Por exemplo:
Dês que começaste a me visitar, sinto-me melhor.
3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas: por tráspara tráspara trás de. Como preposição simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado: 
Trás mim virá quem bom me fará.
4) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra.
Por exemplo:
Bianca, alcance aqueles livros pra mim.
5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão.
Por exemplo:
Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo.
Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como preposições. São, por isso, chamadas preposições acidentais:

como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= conforme), durantesalvoforamediantetiranteexcetosenãovisto (=por).

Saiba que:
As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica dos pronomes pessoais:
Por exemplo:
Não vá sem mim à escola.
As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mesmos pronomes:
Por exemplo:
Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate.


Locuções prepositivas


É o grupo de palavras que tem valor de preposição. 


As mais comuns são: 
acima de, abaixo de, acerca de, além de, ao lado de, ao redor de, a par de, a respeito de, de acordo com, dentro de, diante de, embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, em vez de, graças a, junto a, junto de, perto de, por cima de.

A última palavra da locução prepositiva é uma preposição.
O acréscimo de uma preposição após um advérbio ou uma locução adverbial forma uma locução prepositiva.

Exemplos:
Dentro – advérbio
Dentro de – locução prepositiva
Por perto – locução adverbial
Por perto de – locução prepositiva

Combinação e Contração da Preposição

Quando as preposições adeem e per unem-se a certas palavras, formando um só vocábulo, essa união pode ser por:
Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas.
Por exemplo: preposição + artigo masculino o = ao
preposição + artigo masculino os = aos
Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica ao unir-se a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes. Veja:
dodosdadas
numnunsnumanumas
distodissodaquilo
naquelenaquelesnaquelanaquelas
Observe outros exemplos:
em + a = na em + aquilo = naquilo
de + aquela = daquela
de + onde = donde
Obs.: as formas pelopelapelospelas resultam da contração da antiga preposição per com os artigos definidos.
Por exemplo:
per + o pelo
Encontros Especiais
A contração da preposição com os artigos ou pronomes demonstrativos aas ou com o "ainicial dos pronomes aqueleaquelesaquelaaquelasaquilo resulta numa fusão de vogais a que se chama de crase - que deve ser assinalada na escrita pelo uso do acento grave.
Por exemplo:
a + a = à
Exemplos:
às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo Principais Relações estabelecidas pelas Preposições
  • Autoria - Esta música é de Roberto Carlos.
  • Lugar - Estou em casa.
  • Tempo -Eu viajei durante as férias.
  • Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio.
  • Causa - Estou tremendo de frio
  • Assunto - Não gosto de falar sobre política.
  • Fim ou finalidade - Eu vim para ficar
  • Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.
  • Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.
  • Meio - Voltarei a andar a cavalo.
  • Matéria - Devolva-me meu anel de prata.
  • Posse - Este é o carro de João.
  • Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense.
  • Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho.
  • Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300,00.
  • Origem - Você descende de família humilde.
  • Especialidade - João formou-se em Medicina.
  • Destino ou direção - Olhe para frente!
Distinção entre Preposição, Pronome Pessoal Oblíquo e Artigo
Preposiçãoao ligar dois termos, estabelecendo entre eles relação de dependência, o "apermanece invariável, exercendo função de preposição.
Por exemplo:
Fui a Brasília.
Pronome Pessoal Oblíquo: ao substituir um substantivo na frase.
Por exemplo:
Eu levei Júlia a Brasília.
Eu a levei a Brasília.
Artigoao anteceder um substantivo, determinando-o.
Por exemplo:
A professora foi a Brasília.
Preposições, leitura e produção de textos
A referência constante às preposições quando se estuda a Língua Portuguesa demonstra a importância que elas possuem na construção de frases e textos eficientes. As relações que as preposições estabelecem entre as partes do discurso são tão diversificadas quanto imprescindíveis; seja em textos narrativos, descritivos ou dissertativos, noções como tempo, lugar, causa, assunto, finalidade e outras costumam participar da construção da coerência textual e da obtenção dos efeitos de sentido discursivos.

Fonte:  http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf83.php


Exercício

1. Identifique as locuções prepositivas nas frases abaixo.
a) Chegou mais cedo em casa
a fim de terminar o relatório.
b) Os deficientes auditivos se comunicam
por meio de gestos.
c) Antes da Palestra, falei
acerca de mim.
d) Leia um livro
em vez de assistir a esse programa de TV.
e) Os procedimentos estão
de acordo com o estatuto dessa empresa.
f) Sempre estive
a par dos problemas da empresa.
g)
Através da diretora da escola conheci a turma de Biologia.
h) Sua fortuna foi construída
à custa de muito empenho.
i) “Então Pedro Bala reparou que ele estava sentado
em cima do embrulho.”
j) “Como iria ele tirar o embrulho
debaixo da perna do homem?

Advérbio ( com atividades)

Estudo do Advérbio 
Profundamente

Manuel Bandeira


Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes, cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.

No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam, errantes

Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?

— Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.
 Observe os termos destacados no poema; eles expressam uma circunstância.
tempo, lugar, tempo,modo



ADVÉRBIO
Compare estes exemplos:

O ônibus chegou.
O ônibus chegou ontem.

A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma circunstância de tempo: ontem é um advérbio.

Marcos jogou bem.
Marcos jogou muito bem.

A palavra muito intensificou o sentido do advérbio bemmuito, aqui, é um advérbio.

A criança é linda.
A criança é muito linda.

A palavra muito intensificou a qualidade contida no adjetivo lindamuito, nessa frase, é um advérbio.
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração.
Por exemplo:

As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente.
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como:
Tempo: Ela chegou tarde.
LugarEle mora aqui.
Modo: Eles agiram mal.
Negação: Ela não saiu de casa.
Dúvida: Talvez ele volte.
Observações:
- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes.
Por exemplo:

Ninguém manda aqui!
mandar: verbo
aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo
- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade.
Por exemplo:

O filme era muito bom.
- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos:
Por exemplo:

" Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador.
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.

Flexão do Advérbio

Outra característica dos advérbios se refere a sua organização morfológica. Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe:

Grau Comparativo

Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo:
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como)
Por exemplo:
Renato fala tão alto quanto João.
de inferioridade: menos + advérbio + que (do que)
Por exemplo:
Renato fala menos alto do que João.
de superioridade:
Analítico: mais + advérbio + que (do que)
Por exemplo:
Renato fala mais alto do que João.
Sintético: melhor ou pior que (do que)
Por exemplo:
Renato fala melhor que João.
Grau Superlativo

O superlativo pode ser analítico ou sintético:
Analítico: acompanhado de outro advérbio.
Por exemplo:
Renato fala muito alto.
muito = advérbio de intensidade
alto = advérbio de modo
Sintético: formado com sufixos.
Por exemplo:
Renato fala altíssimo.
Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular. Observe:
Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
A criança levantou cedinho. (muito cedo)
Classificação dos Advérbios

De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de:

Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente.

Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.

Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.

Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.

Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente,intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis).

Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.
Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.

Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência.

Ordem: depois, primeiramente, ultimamente.
Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa.

Saiba que:

- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais ou o menos.

Por exemplo:
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível.

- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas o último:

Por exemplo:
O aluno respondeu calma e respeitosamente.

Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido

Há palavras como muito, bastante, etc. que podem aparecer como advérbio e como pronome indefinido.

Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões.

Por exemplo: Eu corri muito.

Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões.

Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
Advérbios Interrogativos

São as palavras: ondeaondedondequandocomopor que? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa.
Veja:
Interrogação DiretaInterrogação Indireta
Como aprendeu?Perguntei como aprendeu.
Onde mora?Indaguei onde morava.
Por que choras?Não sei por que choras.
Aonde vai?Perguntei aonde ia.
Donde vens?Pergunto donde vens.
Quando voltas?Pergunto quando voltas.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf78.php


• Locução Adverbial

Locução adverbial é toda expressão formada por mais de uma palavra com valorde advérbio. Exemplo:
As notícias chegaram de manhã.( locução adverbial) 
As notícias chegaram cedo.(advérbio)

• Classificação do advérbio e das locuções adverbiais

Como já dissemos, as circunstâncias expressas pelos advérbios são inúmeras, de acordo com o contexto.
As mais comuns são:

Lugar: lá, aqui, acima, por fora, etc.
Modo: bem, mal, assim, devagar, às pressas, pacientemente, etc.
Dúvida: talvez, possivelmente, acaso, porventura, etc.
Negação: não, de modo algum, de forma nenhuma, etc.
Afirmação: sim, realmente, com certeza, etc.
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, etc.
Tempo: agora, hoje, sempre, logo, de manhã, às vezes, etc.
Instrumento : com a faca, a pauladas, com a caneta, com a ponta da vara, etc.
Meio de transporte: a cavalo, de carro, de avião, etc.
Assunto: sobre futebol, a respeito de culinária, sobre literatura, etc.
Causa: morrer de frio

• Palavras Denotativas

Existem palavras e locuções semelhantes aos advérbios, as palavras denotativas, que indicam ideia de:

Inclusão: até, mesmo, inclusive, etc.
Exclusão: só, apenas, menos,exceto etc.
Retificação: isto é, aliás, ou melhor, etc.
Explicação: por exemplo, ou seja, etc

Atenção!
A mesma palavra pode ser classificada como adjetivo ou advérbio , dependendo do termo a que se refere. Exemplo:

Ela fala áspero( advérbio modifica o verbo falar)
O chão da sala está ásperoadjetivo  modifica o substantivo chão)

O rapaz  falou alto.( advérbio)
O rapaz é alto.( adjetivo)

Na frase: ela sorriu largamente e lindamente, para evitar a rima na prosa, fica mais elegante assim:
Ela sorriu larga e lindamente.



ATIVIDADES


1. A palavra destacada tem valor diferente em cada uma das frases dos pares abaixo.
Classifique-a.
a) Faça isso direito!
Entrou pelo lado direito.
b) Pagou caro o carro em que desfila pela cidade.
É um carro caro.
c) Breve nos veremos.
O discurso do presidente foi breve.
d) Fale baixo!
O salário médio no Brasil é baixo.

Testes:
1.  Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
a) Só quero meio quilo.
b) Achei-o meio triste. 
c) Descobri o meio de acertar.
d) Parou no meio da rua.
e) Comprou um metro e meio de tecido. 


2) Só não há advérbio em:
a) Não o quero.
b) Ali está o material.
c) Tudo está correto. 
d) Talvez ele fale.
e) Já cheguei. 


3) Qual das frases abaixo possui advérbio de modo?
a) Realmente ela errou.
b) Antigamente era mais pacato o mundo.
c) Lá está teu primo.
d) Ela fala bem. 
e) Estava bem cansado. 


4) Classifique a locução adverbial que aparece em "Machucou-se com a lâmina".
a) modo
b) instrumento
c) causa
d) concessão
e) fim 


5) Indique a alternativa gramaticalmente incorreta:
a) A casa onde moro é excelente.
b) Disseram-me por que chegaram tarde.
c) Aonde está o livro? 
d) É bom o colégio donde saímos.
e) O sítio aonde vais é pequeno. 


6) Ele ficou em casa. A palavra em é:
a) conjunção
b) pronome indefinido
c) artigo definido
d) advérbio de lugar
e) preposição 


7) Marque o exemplo em que ambas as palavras em negrito estão na mesma classe gramatical:
a) O seu talvez deixou preocupado o professor.
b) Respondeu-nos simplesmente com um não.
c) Boas notícias duram pouco.
d) Nossa irmã é mais nova que a sua.  


8) Morfologicamente, a expressão sublinhada na frase abaixo é classificada como locução:
"Estava à toa na vida..."
a) adjetiva
b) adverbial 
c) prepositiva
d) conjuntiva
e) substantiva 


9) Em todas as opções há dois advérbios, exceto em:
a) Ele permaneceu muito calado. 
b) Amanhã, não iremos ao cinema.
c) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
e) Ela falou calma e sabiamente.
 

10(UNIFESP)2010 
Considere a charge e as afirmações.

I. O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase o sentido de mudança.
II. Entende-se pela frase da charge que a população de idosos atingiu um patamar inédito no país.
III. Observando a imagem, tem-se que a fila de velhinhos esperando um lugar no banco sugere o aumento de
idosos no país.
Está correto o que se afirma em
A) I apenas.
B) II apenas.
C) I e II apenas.
D) II e III apenas.
E) I, II e III.


GABARITO 

QUESTÕES
 1. A palavra destacada tem valor diferente em cada uma das frases dos pares abaixo.
Classifique-a.
a) Faça isso direito!( direito = corretamente)
Entrou pelo lado direito.( oposto do esquerdo)
b) Pagou caro o carro em que desfila pela cidade.( preço alto)
É um carro caro.( valioso)
c) Breve nos veremos.( tempo)
O discurso do presidente foi breve.( discurso curto)
d) Fale baixo!( tom da voz)
O salário médio no Brasil é baixo.( valor do salário)

TESTES

1-b;2-c; 3-d;4-b;5-c; 6-e; 7-d; 8-b, 9-a;10-e