sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Predicativo do sujeito

O predicativo do sujeito é o termo da oração que complementa e caracteriza o sujeito, atribuindo-lhe uma qualidade. Aparece apenas com o predicado nominal, juntamente com um verbo de ligação.
Verbos de ligação, também chamados de verbos não nocionais ou copulativos, são verbos que ligam uma característica ao sujeito, indicando um estado. Não são significativos, nem indicam uma ação realizada, não sendo o núcleo do predicado.
Exemplos de verbos de ligação: ser, estar, parecer, ficar, tornar-se, continuar, andar e permanecer.
A função de predicativo do sujeito pode ser desempenhada por:
- Um adjetivo ou uma locução adjetiva:
Exemplos:
  • Mariana parece ansiosa.
  • O pesadelo foi de assustar.
- Um substantivo:
Exemplos:
  • Roer as unhas é uma mania.
  • Milena foi o motivo da briga.
- Um pronome:
Exemplos:
  • A responsável é ela.
  • Meu carro é aquele.
- Um numeral:
Exemplos:
  • Somos vinte e quatro para almoçar.
  • Eles eram só três.
- Uma oração substantiva predicativa:
Exemplos:
  • O bom é que ela sempre foi bem comportada.
  • A dúvida era se seriam necessários mais ajudantes.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Terceira Pessoa do SingularSimple



 Present TenseTerceira Pessoa do Singular no Simple Present



Uma dessas confusões está no uso das regras relacionadas à terceira pessoa do singular no Simple Present. Então, vamos ver se resolvemos isso nesta dica. Mas, vamos em partes!Ao estudar a gramática da língua inglesa, você tem de decorar uma série de regras. São tantas que é comum ver os estudantes de inglês fazendo confusão sobre quando usar uma regra ou outra. Geralmente, eles até misturam uma coisa com a outra e cometem erros desnecessários.

A terceira pessoa do singular nada mais é do que os pronomes HE, SHE e IT. Lembrando que HE significaELE, SHE significa ELA e IT é usado para uma série de coisas. 


Esse tempo verbal é, de modo geral, o tempo verbal que fala sobre o presente. Ou seja, ele geralmente se refere ao momento atual. Na teoria, ele não serve para falar sobre o passado (coisas que já aconteceram) ou o futuro (coisas que acontecerão).

Ao conjugar um verbo na terceira pessoa do singular no Simple Present, você deve observar algumas regrinhas ortográficas. De modo resumido essas regras são:


Sempre acrescente -s ao verbo: reads, writes, opens, sleeps, sings, sits, walks, runs, sees, etc.;
Se o verbo terminar com a letra -o, -s, -ch, -sh, -x, ou -z acrescente -es: goes, does, misses, watches, washes, fixes, buzzes, etc.
Se o verbo terminar em uma sequência de consoante e -y, tire o -y e acrescente -ies: cry » cries, try » tries, study » studies, reply » replies, etc. (Obs.: se o verbo terminar em uma sequência de vogal e -y, basta acrescentar -s: pray » prays, say » says, play » plays);
O verbo have é uma exceção a tudo isso, pois ele terá a forma has.


Veja os exemplos:


She goes to school every day. (Ela vai à escola todos os dias.)
He studies English. (Ele estuda inglês.)
She never talks to stranges. (Ela nunca fala com estranhos.)
He always reads the newspaper in the morning. (Ele sempre lê o jornal pela manhã.)
She has a very good job. (Ela tem um emprego muito bom.)
It rains a lot here. (Chove muito aqui.)
He washes his car every Sunday. (Ele lava o carro dele todos os domingos.)


Um Erro Comum

Um erro muito comum em relação à aplicação dessas regras ocorre quando entram em cena as tais sentenças negativas e interrogativas. Isso porque a maiorias dos estudantes de inglês fica na dúvida se as regras devem ser usadas ou não. Afinal, quais das sentenças abaixo estão corretas:


“She doesn’t study German” ou “She doesn’t studies German”?
“Does he live here?” ou “Does he lives here?”?



Afinal, devemos aplicar as regras ou não?

Anote aí que a resposta é NÃO. Isso mesmo! Em sentenças negativas e interrogativas não devemos aplicar as regras que você aprendeu acima. Aquelas regras só devem ser usadas em sentenças afirmativas. Veja,


He washes his car every Sunday.
He doesn’t wash his car every Sunday.
Does he wash his car every Sunday?



Notou que o verbo (wash) nas sentenças negativa e interrogativa não mudou nada? Já na afirmativa aplicamos a regra (wash » washes).

Portanto, ao fazer uma prova e nela tiver uma questão como a que segue abaixo, eu espero que você saiba qual é a resposta correta. Preste atenção ao “doesn’t” na sentença e escolha a forma correta do verbo sem problemas.

» He doesn’t ____ TV at night.

a. watches
b. watchs
c. watch
d. watching
e. watched

domingo, 14 de fevereiro de 2016

SINTAXE

DEFINIÇÃO


Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si.  A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações.
ÍNDICE
Análise Sintática
Frase
Tipos de Frases
Estrutura da Frase: Oração
Período: Período Simples, Período Composto
Objetivos da Análise Sintática / Estrutura de um Período / Termos da Oração
Termos Essenciais da Oração
Sujeito e Predicado / Posição do Sujeito na Oração
Classificação do Sujeito: Sujeito Determinado
Sujeito Indeterminado
Oração Sem Sujeito
Predicado
Predicação Verbal: Verbo Intransitivo, Verbo Transitivo, Verbo de Ligação
Classificação do Predicado: Predicado Verbal
Predicado Nominal / Predicativo do Sujeito
Predicado Verbo-Nominal / Estrutura do Predicado Verbo-Nominal
Termos Integrantes da Oração
Complementos Verbais: Objeto Direto
Objeto Indireto
Complemento Nominal / Agente da Passiva
Termos Acessórios da Oração
Sobre os Termos Acessórios
Adjunto Adverbial
Classificação do Adjunto Adverbial
Adjunto Adnominal / Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal
Aposto / Classificação do Aposto
Vocativo / Distinção entre Vocativo e Aposto
Período Composto
Coordenação e Subordinação
Coordenação
Período Composto por Coordenação
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas: Aditivas, Adversativas
Alternativas, Conclusivas, Explicativas
Subordinação
Período Composto por Subordinação
Forma das Orações Subordinadas
Orações Subordinadas Substantivas
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas: Subjetiva
Objetiva Direta / Orações Especiais
Objetiva Indireta, Completiva Nominal
Predicativa, Apositiva
Orações Subordinadas Adjetivas / Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Emprego e Função dos Pronomes Relativos : Pronome Relativo QUE
Pronome Relativo QUEM / Pronome Relativo CUJO (s), CUJA (s) / Pronome Relativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS
Pronome Relativo ONDE / Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO
Orações Subordinadas Adverbiais
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais: Causa, Consequência, Condição
Concessão, Comparação
Conformidade, Finalidade, Proporção, Tempo
Coordenação e Subordinação
Período Composto por Coordenação e Subordinação
Orações Reduzidas
Sobre as Orações Reduzidas
Orações Reduzidas Fixas / Orações Reduzidas de Infinitivo
Orações Reduzidas de Gerúndio / Orações Reduzidas de Particípio
Estudo Complementar do Período Composto
Sobre o Período Composto
Sintaxe de Concordância
Concordância Verbal e Nominal / Concordância Verbal: Sujeito Simples, Casos Particulares I
Casos Particulares II
Casos Particulares III
Casos Particulares IV
Sujeito Composto / Casos Particulares I
Casos Particulares II
Outros Casos: O Verbo e a Palavra "SE"
O Verbo SER I
O Verbo SER II
O Verbo PARECER / A Expressão "Haja Vista"
Concordância Nominal
Casos Particulares
Sintaxe de Regência
Regência Verbal e Nominal / Regência Verbal
Verbos Intransitivos
Verbos Transitivos Diretos
Verbos Transitivos Indiretos
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos I
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos II
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado I: AGRADAR, ASPIRAR, ASSISTIR
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado II: CHAMAR, CUSTAR, IMPLICAR
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado III: PROCEDER, QUERER, VISAR
Regência Nominal
Sintaxe de Colocação
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Próclise I
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Próclise II
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos: Mesóclise / Ênclise
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos nas Locuções Verbais
Emprego da Crase
Crase I
Crase II
Casos em que a crase SEMPRE ocorre
Crase diante de Nomes de Lugar / Crase diante de Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais / Crase com o Pronome Demonstrativo "a" / A Palavra Distância
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA


Formação de palavras

Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por derivação; por dois ou mais radicais, composição. São os seguintes os processos de formação de palavras:
 Derivação: Formação de novas palavras a partir de apenas um radical.
Derivação Prefixal
Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva; também chamado deprefixação.
Por exemplo: antepasto, reescrever, infeliz.
Derivação Sufixal
Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixação.
Por exemplo: felizmente, igualdade, florescer.
Derivação Prefixal e Sufixal
Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, em tempos diferentes; também chamado de prefixação sufixação.
Por exemplo: infelizmentedesigualdadereflorescer.
Derivação Parassintética
Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, simultaneamente; também chamado deparassíntese.
Por exemplo: envernizarenrijeceranoitecer.
Obs.: A maneira mais fácil de se estabelecer a diferença entre Derivação Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: retira-se o prefixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, retira-se, agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, será Der. Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de envernizar: não existe a palavra vernizar; agora, retire o sufixo: também não existe a palavra enverniz. Portanto, a palavra foi formada por Parassíntese.
Derivação Regressiva
É a retirada da parte final da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada.
Por exemplo: do verbo debater, retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo debate.
Derivação Imprópria
É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é um substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo.
Composição
Formação de novas palavras a partir de dois ou mais radicais.
Composição por justaposição
Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais ponta , obtém-se a palavra pontapé. O mesmo ocorre com mandachuva, passatempo, guarda-pó.
Composição por aglutinação
Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais água ardente, obtém-se a palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O mesmo acontece com embora (em boa hora),planalto (plano alto).
Hibridismo
É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes.
Por exemplo: automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia.
Onomatopéia
Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza. Por exemplo:zunzum, cricri, tiquetaque, pingue-pongue.
Abreviação Vocabular
Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta.
Por exemplo: de extraordinário forma-se extra; de telefonefone; de fotografia,foto; de cinematografiacinema ou cine.
Siglas
As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome.
Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).
Neologismo semântico
Forma-se uma palavra por neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já existe.
Por exemplo, a palavra legal significa dentro da lei; a esse significado somamos outro: pessoa boa, pessoa legal.
Empréstimo linguístico
É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, ela deve ser

escrita entre aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu, "shopping center".


Desinências

Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois tipos:

Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes.

Exemplos:
alun-o  aluno-s
alun-aluna-s

  • -o: desinência nominal indicativa do gênero masculino.
  • -a: desinência nominal indicativa do gênero feminino.
  • -s: desinência nominal indicativa do número plural.
Pelas desinências, conseguimos identificar o gênero e o número das seguintes palavras:
  • menino: masculino, singular.
  • menina: feminino, singular.
  • meninos: masculino, plural.
  • meninas: feminino, plural.
Atenção!
Existem palavras invariáveis que não se flexionam, não admitindo desinências de gênero e número.
Exemplos:
  • Palavras que não aceitam desinência nominal de gênero: cama, papel, janela, hotel,…
  • Palavras que não aceitam desinência nominal de número: pires, lápis, ônibus, vírus,…

Desinências Verbais:
Desinências verbais são morfemas que, quando juntos aos verbos, indicam sua flexão em número (singular e plural), em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa gramatical), em modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e tempo (passado, presente e futuro). São as terminações que os verbos assumem quando conjugados. Dividem-se em desinência número pessoal, desinência modo temporal e desinência verbo nominal.

Exemplos:
compr-ocompra-scompra-moscompra-iscompra-m
compra-vacompra-va-s


Desinência número pessoal: indica o número e a pessoa a qual se refere a ação verbal.
Exemplos:
  • -o: desinência número pessoal indicativa da 1.ª pessoa do singular: eu canto, eu amo, eu vendo, eu prendo, eu parto, eu abro,…
  • -s: desinência número pessoal indicativa da 2.ª pessoa do singular: tu cantas, tu amas, tu vendes, tu prendes, tu partes, tu abres,…
  • -mos: desinência número pessoal indicativa da 1.ª pessoa do plural: nós cantamos, nós amamos, nós vendemos, nós prendemos, nós partimos, nós abrimos,…
  • -m: desinência número pessoal indicativa da 3.ª pessoa do plural: eles cantam, eles amam, eles vendem, eles prendem, eles partem, eles abrem,…
Desinência modo temporal: indica em que modo e em que tempo ocorre a ação verbal.
Exemplos:
  • -va: desinência modo temporal indicativa do pretérito imperfeito do indicativo (1.ª conjugação): eu cantava, tu cantavas, ele cantava,…
  • -ia: desinência modo temporal indicativa do pretérito imperfeito do indicativo (2.ª e 3.ª conjugações): eu vendia, tu vendias, ele vendia,…
  • -ra: desinência modo temporal indicativa do pretérito mais-que-perfeito do indicativo: eu brincara, tu brincaras, ele brincara,…
  • -ria: desinência modo temporal indicativa do futuro do pretérito do indicativo: eu partiria, tu partirias, ele partiria,…
  • -sse: desinência modo temporal indicativa do pretérito imperfeito do subjuntivo: se eu abrisse, se tu abrisses, se ele abrisse,…
Desinência verbo nominal: indica as formas nominais dos verbos, ou seja, o infinitivo, o gerúndio e o particípio.
Exemplos:
  • -r: desinência verbo nominal indicativa do infinitivo: contar.
  • -ndo: desinência verbo nominal indicativa do gerúndio: contando.
  • -do: desinência verbo nominal indicativa do particípio: contado.

Vogal Temática

Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas:

A
Caracteriza os verbos da  conjugação.
Exemplos:
buscar, buscavas, etc.
E
Caracteriza os verbos da  conjugação.
Exemplos:
romper, rompemos, etc.
I
Caracteriza os verbos da  conjugação.
Exemplos:
proibir, proibirá, etc.
Tema


Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas são:
busca-, rompe-, proibi-


Vogais e Consoantes de Ligação

As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra.
Exemplo:
parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i)
Outros exemplos:
gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc.
Encontrado em: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf3.phphttp://www.normaculta.com.br/desinencias-nominais-e-verbais/

Aprenda definitivamente a usar a vírgula

Existem algumas regras para o uso da vírgula, e elas são baseadas na gramática. 

1. Use a vírgula para separar elementos que você poderia listar

Veja esta frase:
João Maria Ricardo Pedro e Augusto foram almoçar.
Note que os nomes das pessoas poderiam ser separados em uma lista:
Foram almoçar:
  • João
  • Maria
  • Ricardo
  • Pedro
  • Augusto
Isso significa que devem ser separados por vírgula na frase original:
João, Maria, Ricardo, Pedro e Augusto foram almoçar.
Note que antes de “e Augusto” não vai vírgula. Como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Há um caso específico que eu explico daqui a pouco. Um outro exemplo:
A sua fronte, a sua boca, o seu riso, as suas lágrimas, enchem-lhe a voz de formas e de cores… (Teixeira de Pascoaes)

2. Use a vírgula para separar explicações que estão no meio da frase

Explicações que interrompem a frase são mudanças de pensamento e devem ser separadas por vírgula. Exemplos:
Mário, o moço que traz o pão, não veio hoje.
Dá-se uma explicação sobre quem é Mário. Se tivéssemos que classificar sintaticamente o trecho, seria um aposto.
Eu e você, que somos amigos, não devemos brigar.
O trecho destacado explica algo sobre “Eu e você”, portanto deve vir entre vírgulas. A classificação do trecho seria oração adjetiva explicativa.

3. Use a vírgula para separar o lugar, o tempo ou o modo que vier no início da frase.

Quando um tipo específico de expressão — aquela que indica tempo, lugar, modo e outros — iniciar a frase, usa-se vírgula. Em outras palavras, separa-se o adjunto adverbial antecipado. Exemplos:
Lá fora, o sol está de rachar!
“Lá fora” é uma expressão que indica “lugar”. Um adjunto adverbial de lugar.
Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.
“Semana passada” indica tempo. Adjunto adverbial de tempo.
De um modo geral, não gostamos de pessoas estranhas.
“De um modo geral” é sinônimo de “geralmente”, adjunto adverbial de modo, por isso vai vírgula.

4. Use a vírgula para separar orações independentes

Orações independentes são aquelas que têm sentido, mesmo estando fora do texto. Nós já vimos um tipo dessas, que são as orações coordenadas assindéticas, mas também há outros casos. Vamos ver os exemplos:
Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as unhas, demorou o olhar em Mana Maria. (A. de Alcântara Machado)
Nesse exemplo, cada vírgula separa uma oração independente. Elas são coordenadas assindéticas.
Eu gosto muito de chocolate, mas não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, porém não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, contudo não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, no entanto não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, entretanto não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, todavia não posso comer para não engordar.
Capiche? Antes de todas essas palavras aí, chamadas de conjunções adversativas, vai vírgula. Pra quem gosta de saber os nomes (se é que tem alguém), elas se chamam orações coordenadas sindéticas adversativas. (medo!)
Quando se usa vírgula antes de “e”?

As repetições enfáticas da conjunção (polissíndeto) também se fazem acompanhar da sinalização de pausa. Assim: “E anda, e corre, e vira, e volta, e não sai do lugar”. A repetição insistente da conjunção “e” tem a intenção de provocar um efeito estético. Nesse tipo de construção, ocorre também a reiteração da vírgula.
Um dos “mandamentos” da pontuação é não empregar a vírgula antes da conjunção “e”. De modo geral, o “e”, por ser uma conjunção aditiva, não requer a pontuação de pausa, ao contrário do que ocorre com as conjunções adversativas (de oposição), como “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entretanto” etc.
Por esse motivo, escrevemos “Trabalha e estuda” (adição, sem vírgula) e “Trabalha, mas não progride” (oposição, com vírgula). Também separamos por vírgula os termos de uma enumeração, exceto o último deles, que vem anteposto pelo “e” . Assim: “Trouxeram  pastas, cadernos, fichários, canetas e borrachas”. 
Há situações, entretanto, em que é possível usar a vírgula antes do “e”. Isso ocorre quando a conjunção aditiva coordena orações de sujeitos diferentes nas quais a leitura fluente pode ser prejudicada pela ausência da pontuação. É isso o que justifica a pontuação no seguinte tipo de construção sintática: “João toca piano, e Maria, violão”. A segunda vírgula dessa frase assinala a elipse da forma verbal (“toca”), a primeira evita a sequência.
Esse tipo de sequência, em alguns casos, pode produzir a ambiguidade sintática. É o que ocorre em uma frase como “Ele comprou as peras, e as maçãs foram compradas por ela”. Sem a vírgula, a tendência é que o leitor leia  “ele comprou as peras e as maçãs” e depois tenha de reinterpretar a frase. Por esse motivo, emprega-se a vírgula antes do “e” nesse caso.

“Na saída do evento, Lula não falou com a imprensa, e partiu direto para Brasília, onde sanciona o projeto de partilha dos royalties do petróleo.” 

Vimos aí em cima que, como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Tem só um caso em que vai vírgula, que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele. Assim:
O sol já ia fraco, e a tarde era amena. (Graça Aranha)
Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto, usamos vírgula. Outro exemplo:
A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino (F. Namora)
Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a segunda aos filhos.

Existem casos em que a vírgula é opcional?

Existe um caso. Lembra do item 3, aí em cima? Se a expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão, mas sim uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer dar para a frase. Exemplos:
Depois vamos sair para jantar.
Depois, vamos sair para jantar.
Geralmente gosto de almoçar no shopping.
Geralmente, gosto de almoçar no shopping.
Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.
Semana passada todos vieram jantar aqui em casa.
Note que esse último é o mesmo exemplo do item 3. Vê como sem a vírgula a frase também fica correta? Mesmo não sendo apenas uma palavra, dificilmente algum professor dará errado se você omitir a vírgula.

Não se usa a vírgula!

Com as regras acima, pode ter certeza de que você vai acertar 99% dos casos em que precisará da vírgula. Um erro muito comum que vejo é gente separando sujeito e predicado com vírgulaIsso é errado, e você pode ser preso se for pego usando!
Jeito errado:
João, gosta de comer batatas.
Alice, Maria e Luíza, querem ir para a escola amanhã.
Jeito certo:
João gosta de comer batatas.
Alice, Maria e Luíza querem ir para a escola amanhã.
Exercício sobre vírgula e pontuação
O seu Alfredo estava já no fim da vida e escreveu seu testamento. Infelizmente, ele esqueceu da pontuação, e o texto ficou assim:
Deixo minha fortuna a meu sobrinho não à minha irmã jamais pagarei a conta do alfaiate nada aos pobres
Reescreva o testamento 4 vezes, de forma que em cada uma delas você deve dar a herança pra alguém diferente. Você pode usar qualquer sinal de pontuação, mas não pode mudar as palavras.
É um exercício legal e tem várias formas de resolver. Escrevam suas tentativas aí nos comentários.

Encontrado em:
http://www.portuguesfacil.net/regras-simples-faceis-usar-virgula/
http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/virgula-antes-do-e-so-em-casos-especiais.jhtm

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Estrutura das palavras

Uma palavra é formada por unidades mínimas que possuem significado. A essas chamamos de elementos mórficos ou morfemas.
A palavra menininhos, por exemplo, é formada por quatro morfemas:

 Menin             inh               o                    s
 Base do          indica o grau    indica o gênero     indica o número
significado         diminutivo      masculino                plural 


Os morfemas que constituem as palavras são os seguintes: radical, desinência, vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação.

Radical 

O radical é a parte fundamental da palavra, esse contém seu sentido básico, é comum a um grupo de palavras do idioma.

Exemplos:
Pastel       pasteleiro        pastelaria


Desinência

Em Português, as desinências são de dois tipos:

- nominal: a desinência nominal indica o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural) dos substantivos, adjetivos e alguns pronomes.
Exemplo: noss-os, mania-s, absurd-as.

- verbal: a desinência verbal indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/plural), o tempo e o modo (indicativo...., presente...).
Exemplo: cant – radical
                  á – vogal temática
                  sse – desinência que marca tempo imperfeito e modo subjuntivo
                  mos – desinência que marca 1ª pessoa, número plural.


Vogal temática 

É a vogal que torna possível a ligação entre o radical e a desinência.
Observe o verbo cantar:

Cant: radical
A: vogal temática
R: desinência de infinitivo.

A junção do radical cant- com a desinência –r no português é impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa ligação.

- Vogais temáticas nominais: são –a, -e e –o, quando átonas finais, como em escola, dente, livro, essas vogais ligam as desinências indicadoras de plural, como escolas, dentes, livros. Os nomes terminados em vogais tônicas não apresentam vogal temática, como café, cipó, caju, saci.

- Vogais temáticas verbais: são –a, -e e –i, essas caracterizam três grupos de verbos denominados conjugações. Os verbos cuja vogal temática é –a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é –e pertencem à segunda conjugação e por fim aqueles que tem vogal temática –ipertencem à terceira conjugação.

Primeira conjugação               Segunda conjugação             Terceira conjugação
Am-a-va                                          beb-e-ssem                            fug-i-rem
Atac-a-va                                        estabelec-e-sse                     imped-i-sse


Afixos 

São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alterando sua significação básica. São divididos em:

- Prefixos: antepostos ao radical.
Exemplo: impossível, desleal.

- Sufixos: pospostos ao radical.
Exemplo: lealdade, felizmente.


Vogais ou consoantes de ligação 

As vogais ou consoantes de ligação ocorrem eventualmente entre um morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando ou até possibilitando a leitura de uma palavra.
Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro.

Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/estrutura-das-palavras.htm

MORFOLOGIA


DEFINIÇÃO
Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.
ÍNDICE
Estrutura e Formação das Palavras
Estrutura das Palavras
Raiz
Desinência
Formação das Palavras
Derivação Regressiva
Composição
Prefixos
Sufixos
Sufixos Formadores de Palavras
Radicais Gregos
Radicais Latinos
Substantivo
Definição
Substantivo Comum
Substantivo Abstrato
Substantivo e seus Coletivos
Lista de Substantivos Coletivos I
Lista de Substantivos Coletivos II
Lista de Substantivos Coletivos III
Lista de Substantivos Coletivos IV
Lista de Substantivos Coletivos V
Formação dos Substantivos
Flexão dos Substantivos
Substantivo Uniforme I
Substantivo Uniforme II
Substantivo Comum de 2 Gêneros
Substantivo de Gênero Incerto
Número de Substantivo
Plural dos Substantivos Compostos
Plural das Palavras Substantivadas
Grau do Substantivo
Artigo
Artigo
Adjetivo
Adjetivo
Adjetivo Pátrio
Locução Adjetiva I
Locução Adjetiva II
Flexão dos Adjetivos
Adjetivo Composto
Grau Superlativo
Lista Superlativos
Numeral
Numeral
Numerais Multiplicativos
Pronome
Pronome
Pronomes Pessoais
Pronome Oblíquo Átono
Pronome Oblíquo Tônico
Pronome de Tratamento
Pronomes Possessivos
Pronomes Demonstrativos
Observações sobre Pronomes
Pronomes Indefinidos
Pronomes Relativos
Pronomes Relativos II
Pronomes Interrogativos
Verbo
Verbo
Classificação dos Verbos
Verbos Unipessoais I
Verbos Unipessoais II
Verbo Ser - Formas Nominais
Verbo Ter - Modo Indicativo
Modos de Verbo
Tempos Verbais
Tempos do Subjuntivo
Tempos Primitivos
Tempos Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo
Futuro do Subjuntivo
Futuro do Pretérito do Indicativo I
Futuro do Pretérito do Indicativo II
Aspecto Verbal
Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal I
Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal II
Infinitivo Pessoal
Vozes do Verbo
Voz Passiva Sintética
Pronúncia Correta de Alguns Verbos
Advérbio
Advérbio I
Advérbio II
Classificação dos Advérbios
Advérbios Interrogativos
Palavras e Locuções Denotativas
Preposição
Preposição
Classificação das Preposições
Locução Prepositiva
Principais Relações Estabelecidas pelas Preposições
Conjunção
Definição de Conjunção
Conjunções Coordenativas
Conjunções Subordinativas I
Conjunções Subordinativas II
Conjunções Subordinativas III
Interjeição
Interjeição I
Interjeição II
Locuções Interjetivas

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/

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Estrutura das Palavras


A estrutura das palavras está relacionada os elementos que compõem os vocábulos.
Ela abrange o estudo de diversos elementos mórficos (morfemas): raiz, radical, tema, afixos (prefixos, sufixos), desinências, vogal temática, vogal e consoante de ligação.
Lembre-se que os morfemas são as menores unidades de elementos que formam as palavras.
Vejamos abaixo as definição e exemplos de cada um deles:

Raiz

A raiz da palavra é o principal elemento de origem da palavra, ou seja, sua parte básica.
Ela abriga a significação do termo e pode sofrer alterações. As palavras que possuem a mesma família etimológica contém a mesma raiz, por exemplo.
carr- raiz nominal de carro
noc- raiz nominal de nocivo

Radical

O radical é o elemento base que serve de significado à palavra e que inclui a raiz. Ele não sofre alterações, ou seja, permanece igual sempre, por exemplo:
Ferro e ferrugem
Floricultura e Florista

Tema

O tema da palavra é um elemento formado pelo radical e a vogal temática. Por exemplo:
Estud-a
Romp-e
Part-i

Afixos

Os afixos são elementos complementares das palavras que se juntam a um radical e formam novas palavras.

São classificados em prefixos (aparecem antes do radical) e sufixos (aparecem depois do radical).
Exemplos:
Prefixo: infeliz
Sufixo: felizardo

Desinências

As desinências são morfemas acrescidos no final dos vocábulos e que indicam as flexões da palavra. Elas são classificadas:
  • Desinências verbais: indicam as flexões de número, pessoa, modo e tempo dos verbos.
  • Desinências nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes.
Exemplos:
Desinência Nominal: menina - meninas(desinência nominal de número); garoto - garot(desinências nominais de gênero)
Desinência Verbal: eu como (desinência número pessoal do verbo "comer" que indica a 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo).

Vogal Temática

vogal temática é a vogal que se junta ao radical da palavra. Nos verbos temos três tipos de vogais temáticas segundo as conjugações verbais.
Assim, a vogal temática dos verbos da 1ª conjugação é o “a”. Os da 2ª conjugação é o “e”. E, os da 3ª conjugação é o “i”.Exemplos:
Verbo amar (1ª conjugação)
Verbo vender (2ª conjugação)
Verbo sorrir (3ª conjugação)

Vogal de Ligação

As vogais de ligação são elementos incluídos nas palavras para facilitar a pronúncia. Por exemplo: maresia e bananeira.

Consoante de Ligação

Da mesma maneira, as consoantes de ligação são elementos incluídos aos vocábulos que auxiliam na pronúncia. Por exemplo: cafeteira e chaleira.

Exercícios de Vestibular com Gabarito

1. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada
b) luz, luzeiro, alumiar
c) incrível, crente, crer
d) festa, festeiro, festejar
e) riqueza, ricaço, enriquecer
Alternativa b: luz, luzeiro, alumiar
2. (Fuvest-SP) Assinalar a alternativa que registra a palavra que tem o sufixo formador de advérbio:
a) desesperança
b) pessimismo
c) empobrecimento
d) extremamente
e) sociedade
Alternativa d: extremamente
3. (Unirio-RJ) O elemento destacado NÃO é vogal temática em:
a) está
b) coalhou
c) beber
d) poupei
e) calço
Alternativa e: calço