domingo, 18 de setembro de 2022

Exercícios de gêneros textuais

vídeo sobre gêneros textuais, no instagram 


Gênero textual é um conceito que busca compreender e explicar a materialização dos inúmeros textos que utilizamos na vida diária, desde mensagens telefônicas e posts em redes sociais até entrevistas de emprego, artigos científicos e outros.

Os gêneros e tipos textuais relacionam-se, pois aqueles se utilizam destes na sua estrutura. Além disso, outros elementos caracterizam os gêneros, como interlocutor, contexto, função social e linguagem.

Leia também: Dicas de preparação para a Redação do Enem 

Tipos e gêneros textuais

Existem duas grandes categorias no estudo dos textos:

  • tipos textuais
  • gêneros textuais

Ambas existem de modo paralelo, mas partem de posicionamentos distintos, por isso contemplam aspectos diversos e complementares para categorizar e organizar a variedade de textos que existe em nossas sociedades.

A tipologia textual é uma categoria que se refere aos aspectos sequenciais e composicionais dos textos, como suas características sintáticas, lexicais e estruturais. Desse modo, o que se pretende, com essa categoria, é analisar a forma como os textos organizam-se linguisticamente para cumprirem suas funções comunicativas.

O gênero textual, por sua vez, é outra categoria que prioriza os traços comunicativos, contextuais e sociais que influenciam, também, na organização dos textos. Essa categoria classifica os textos por suas funções sociocomunicativas, considerando-se, além da estrutura linguística, os aspectos extralinguísticos.

Os gêneros textuais são fluidos e mutáveis, sempre se adequando às novas necessidades sociais, entretanto, todos eles obedecem às regras de natureza linguística e textual que se apresentam em todos os gêneros, ou seja, os tipos textuais são aplicados na construção e modificação dos gêneros textuais.

Por meio dessa relação, é possível estabelecer-se combinações entre tipos e gêneros textuais. É importante ressaltar que um único gênero pode conter diversos tipos textuais, com predominância de um ou mais. Em alguns casos, é possível encontrar gêneros com uma tipologia específica.

Segue uma lista com os principais tipos textuais e as possíveis relações entre os tipos e gêneros textuais:

Relação entre tipos e gêneros textuais
Relação entre tipos e gêneros textuais.

Um mesmo gênero pode abarcar mais de um tipo textual, isso demonstra que utilizamos diversas sequências linguísticas para construir nossos textos, sempre as mesclando para potencializar a nossa escrita. Além disso, é importante lembrar que, a depender da intenção do autor, os tipos textuais podem ser utilizados em hierarquias e arranjos diversos.

Por exemplo, uma notícia pode ter predominância do tipo narrativo, pois conta um fato. Entretanto, a depender do fato a ser contado, o autor pode utilizar o tipo expositivo para explicar contextos prévios ao acontecimento em questão, ou ainda utilizar o tipo descritivo para apresentar uma cena do ocorrido ou acrescentar detalhes a alguma informação.

Veja também: Três estratégias argumentativas para melhorar sua redação

Elementos dos gêneros textuais

Gêneros textuais são um conceito amplo e intencionalmente vago que procura caracterizar os textos, primordialmente, pela sua função sociocomunicativa. Desse modo, ao debruçar-se nos elementos que caracterizam os gêneros, é possível identificar aspectos referentes a contexto, interlocutores, intenção comunicativa, função social e outros.

O primeiro elemento dos gêneros é a sua função social, ou seja, identificamos qual a finalidade, utilidade ou importância que determinados textos cumprem nas sociedades e suas culturas. É importante considerar que o estudo do gênero valoriza a linguagem como ação comunicativa ou ação social, logo, todo texto nasce de um intuito, de uma necessidade, pessoal ou coletiva, por isso é essencial considerar esse elemento na análise dos gêneros.

Partindo dessas considerações, o segundo elemento essencial do gênero é o que envolve os participantes da interação, ou seja, autor/locutor e leitor/ouvinte. Todo indivíduo possui uma identidade, um status, ou outros valores que marcam a sua posição social em determinada cultura, desse modo, a identidade dos sujeitos envolvidos influencia tanto na produção quanto na recepção dos textos. Os interlocutores, por isso, são elemento essencial dos gêneros textuais. É necessário considerar-se quem escreve e para quem se escreve.

Outro elemento é o contexto de uso, que se refere ao local cultural, no qual o texto está inserido. Por exemplo, uma fala dentro do contexto jurídico exige certas adequações que são próprias desse ambiente, por isso os textos sofrem essa exigência. De modo semelhante, outro exemplo é a produção de diferentes falas, nos mesmos interlocutores, a depender de estarem em um ambiente pessoal ou profissional. Sendo assim, considerar o contexto de uso é imprescindível para identificar e categorizar os gêneros.

Após a identificação dos elementos anteriores, ainda é importante observar dois outros: a linguagem e o meio de divulgação. Nem todo texto utiliza a linguagem verbal, e outros ainda mesclam diversos tipos de linguagem, sendo assim, é necessário considerar também quais são os tipos de linguagem utilizados em cada gênero. Além disso, o lugar de divulgação dos textos também interfere, por exemplo: um post no Twitter possui um limite de caracteres que condensa as informações divulgadas.

Diferenças entre tipo e gênero textual

Como mencionado, as categorias tipo e gênero, no tocante aos estudos do texto, referem-se a classificações distintas e, em certa medida, complementares. É importante, assim, saber distinguir os limites que cada classificação possui para analisar melhor os textos e, com isso, amadurecer os domínios de produção e interpretação textual.

Tipo textual é uma categoria da organização estrutural dos textos, fornecendo classificações de sequências disponíveis para construir-se os variados gêneros textuais existentes. Em outras palavras, o autor, a depender do seu contexto comunicativo, vai escolher lançar mão do tipo narrativo, descritivo, expositivo, argumentativo ou outro, no intuito de alcançar seu objetivo.

Os gêneros textuais, por sua vez, classificam os textos com base em suas condições de uso bem como na influência dessas condições na estrutura do texto.Sendo assim, ao falarmos de gênero textual, buscamos identificar aspectos contextuais, características dos interlocutores, função social do texto, tipo e adequação da linguagem, canal de transmissão, entre outros. Ao considerarmos esses elementos, é sempre importante estabelecermos a relação deles com a caracterização do gênero.

A seguir, um modelo de possíveis modos de analisar-se determinado gênero e relacioná-lo com seus tipos textuais.

Mapa mental de análise do gênero notícia.
Mapa mental de análise do gênero notícia.

Gêneros textuais e gêneros literários

Nos estudos dos gêneros textuais literários, existem algumas especificidades que não são comuns aos outros gêneros, por isso cabe uma análise mais específica desta categoria. A princípio os gêneros literários diferem-se, principalmente, por seu teor artístico, de modo que a estética  torna-se elemento fundamental para seus diversos gêneros.

Romance, conto e filme são gêneros que possuem algumas semelhanças, como a predominância do tipo narrativo, entretanto, cada um deles possui estruturas bem diferentes. Um conto propõe-se a ser uma leitura mais rápida que um romance, logo, a condensação das informações, a redução de fatos, e as estratégias estéticas alinham-se a essa necessidade.

Além disso, é importante lembrar-se de que, diferentemente dos outros gêneros, os textos literários não possuem uma função prática na sociedade, logo, os critérios de análise diferem-se para essa categoria. É importante considerar, nos gêneros literários, os aspectos tipológicos (narração, descrição, exposição); a configuração em prosa ou poesia; e outros tópicos, como tamanho, veículos de divulgação, linguagens utilizadas, que podem demonstrar-se relevantes na estética literária.

Acesse também: O que é intergenericidade?

O estudo sobre os gêneros textuais ajuda-nos a compreender melhor a materialidade da linguagem.
O estudo sobre os gêneros textuais ajuda-nos a compreender melhor a materialidade da linguagem.

Exercícios resolvidos

Questão 1 – (Enem)

Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é

A) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado.

B) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo.

C) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo.

D) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas.

E) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna.

Resolução

Alternativa B. O enunciado priorizou o aspecto contextual, elemento dos gêneros textuais, para perguntar ao aluno qual o objetivo desse gênero, considerando-se essa informação. A questão trata do gênero publicitário, o qual tem como função apresentar marcas e produtos e convencer o seu público a adquiri-los. Sendo assim, a alternativa correta é a que afirma que a finalidade é a de influenciar e convencer os leitores a comprarem o seu produto.

Questão 2 – (Enem)

Câncer 21/06 a 21/07

O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha — se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais — sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma.

Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009.

O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é:

A) vender um produto anunciado.

B) informar sobre astronomia.

C) ensinar os cuidados com a saúde.

D) expor a opinião de leitores em um jornal.

E) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.

Resolução

Alternativa E. O enunciado retoma as questões pertinentes ao estudo dos gêneros textuais e, em seguida, solicita que o aluno responda qual a função do gênero apresentado, com base nessas considerações. Desse modo, considerando-se que o gênero orienta o leitor a respeito dos seus comportamentos em nas áreas de amor, família, saúde e trabalho, a resposta correta é a E.



Fonte: fonte

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Confira 10 dicas de redação para produzir um ótimo texto dissertativo-argumentativo

 A prova de redação é importantíssima em qualquer vestibular. Mas, se você está se preparando para realizar alguma prova de acesso ao ensino superior, já sabe muito bem disso, né? O que talvez você não saiba são alguns segredinhos e dicas de redação rápidas e práticas para produzir um texto dissertativo-argumentativo

Mas, por que decidimos falar sobre esse gênero textual? Nós resolvemos trazer algumas dicas importantes para o desenvolvimento de uma redação dissertativa-argumentativa porque esse é um dos textos mais cobrados nos vestibulares. Ele é, inclusive, o gênero textual cobrado no Enem, que é o maior vestibular do Brasil atualmente. 

Então, conheça a seguir 10 dicas de redação para fazer um texto dissertativo-argumentativo e alcançar uma excelente nota! ?

10 dicas de redação para alcançar a nota máxima

Selecionamos 10 dicas de redação rápidas, práticas e fáceis de lembrar para que você faça um excelente texto dissertativo-argumentativo e alcance a nota máxima. Confere só:

1. Pesquise muito e conheça o vestibular da universidade que irá prestar

A primeira de nossas dicas de redação começa muito antes da prova oficial. Para saber como desenvolver um bom texto dissertativo-argumentativo, você deve pesquisar muito sobre a universidade e o vestibular que deseja prestar. 

Isso porque, se você está pensando em fazer mais de um vestibular, deve conhecer profundamente a maneira como cada um deles costuma fazer a correção de suas provas de redação.

Uma dica legal é ler atentamente os editais, assim, você vai ver que eles têm especificidades diferentes e que isso também pode contar para as redações. 

Alguns vestibulares, como o Enem, costumam expor no ano anterior uma cartilha sobre o modo como os textos foram corrigidos e, ainda, exibe modelos de textos nota 1000 da edição passada. 

2. Leia as instruções da prova de redação com cuidado

A nossa segunda dica de redação é: leia as instruções da prova de redação com cuidado. Essa é uma dica bastante valiosa, pois é nessa parte que você vai ver se pode escrever seu texto a lápis ou se deve escrever somente com caneta.

Nessa parte, você também vai descobrir se pode rasurar sua redação e como fazer isso de maneira correta. Além de instruções para você não se identificar durante o seu texto. Todas as minúcias que podem prejudicar a sua nota serão explicitadas nas instruções, portanto, leia-as atentamente antes de iniciar a sua escrita, ok?

3. Verifique se é obrigatório ou não colocar título em sua redação

A obrigatoriedade do título também é algo que você deve verificar antes mesmo de começar a escrever. Essa é uma das dicas de redação mais legais, porque vai otimizar o seu tempo de escrita. Afinal, por que gastar um tempão pensando em um título se ele não vai ser avaliado?

redação Enem é um exemplo claro de texto dissertativo-argumentativo que não exige título. E, se ainda assim você colocá-lo, ele não será avaliado. Porém, alguns vestibulares exigem um título e, se você não colocá-lo, será penalizado. Esse é o caso da Fuvest!

Para ter certeza sobre essa obrigatoriedade, já sabe, né? Leia atentamente as instruções e confira se o título é ou não obrigatório naquela prova específica.

4. Leia atentamente os textos de apoio

Leia atentamente os textos de apoio! Anote essa dica de redação porque ela é valiosa, ok?

Os textos de apoio não são figurativos, eles estão em sua prova por um motivo muito importante: te orientar. Muitas vezes, quando ignoramos a leitura dos textos, porque imaginamos já conhecer muito profundamente um tema, cometemos erros graves, como o tangenciamento do tema.

Os textos de apoio vão guiar o seu texto por um caminho mais confiável, com informações sobre o recorte temático que os organizadores de sua prova esperam que você aborde. Portanto, nada de preguiça, ok? Leia os textos de apoio com muita atenção, eles são valiosíssimos!

5. Tenha algumas frases na manga para começar bem a sua introdução

Saber começar um texto é, para alguns, uma das tarefas mais difíceis de toda a redação. Portanto, a nossa quinta dica de redação é: tenha algumas frases na manga para começar sua redação e já impressionar o corretor em sua introdução

Confira algumas frases que podem te ajudar a iniciar seu texto:

  • “Atualmente, … é um desafio que atinge a sociedade brasileira…”
  • “O advento … trouxe benefícios e desafios à sociedade…”
  • “Sob a perspectiva histórica…”
  • “Comenta-se com frequência a respeito …”
  • “Levando em conta o artigo X da Constituição Federal de 1988…”

6. Impressione o corretor já em sua introdução

Outra maneira de impressionar o corretor já na introdução é fazer uma alusão histórica ou mesmo trabalhar o aspecto sociocultural por trás do tema

Essas são duas maneiras bastante interessantes de iniciar uma redação. Assim, você prende a atenção do corretor e dá uma enriquecida no seu texto, mostrando que domina o tema que está desenvolvendo.



7. Selecione argumentos de autoridade

Nossa próxima dica de redação é sobre o desenvolvimento do texto. Como você sabe, o desenvolvimento é aquela parte reservada para você expor argumentos de autoridade que fortaleçam seu ponto de vista.

Pense em usar as seguintes estratégias argumentativas:

  • exemplificação;
  • comparação de um mesmo fato em épocas ou países diferentes;
  • dados e uma fonte segura;
  • causas e efeito.

É claro que você não precisar usar todas essas estratégias. Trabalhando bem dois argumentos, um em cada parágrafo, você já consegue produzir uma redação dissertativo-argumentativa e alcançar uma boa nota.

8. Utilize conectivos para deixar sua redação coesa e coerente

Essa é uma das dicas de redação mais maravilhosas que vamos te dar, então prepare a caneta e o bloquinho para não perdê-la: utilize conectivos para deixar sua redação coesa e coerente.

Em uma redação você precisa utilizar preposições e conjunções para ligar as ideias entre os períodos e os parágrafos do seu texto, como as seguintes palavrinhas:

  • mas;
  • porém; 
  • contudo; 
  • todavia;
  • entretanto; 
  • no entanto; 
  • não obstante,
  • ademais;
  • enquanto;
  • porque.

Todas elas são exemplos de conectivos e servem para ligar ideias. Uma dica preciosa é: use e abuse dos conectivos e procure não repeti-los; utilize um maior número de conjunções e preposições diferentes para enriquecer sua redação.

9. Saiba como defender sua tese

A defesa de sua tese é um dos pontos mais importantes de toda a redação dissertativa-argumentativa. 

É aqui que você vai mostrar ao corretor que o seu ponto de vista tem embasamento teórico. Por isso, você deve saber como selecionar e utilizar argumentos válidos que confirmem as informações que você expõe em sua redação.

10. Finalize sua redação da maneira correta 

Por fim, mas não menos importante, a última de nossas dicas de redação é: finalize seu texto de maneira correta.

Você deve ler atentamente as instruções da prova de redação do vestibular que está prestando e saber se você precisa apenas concluir ou ainda apresentar uma proposta de intervenção.

É isso mesmo, na redação do Enem, além de retomar sua tese em sua conclusão, você precisa também propor uma ação, com agente, modo, efeito e detalhamento para todos os desafios apresentados por você durante o desenvolvimento. 

Espero que tenham gostado das dicas!
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Fonte: https://blog.imaginie.com.br/dicas-de-redacao/





quarta-feira, 29 de junho de 2022

METODOLOGIAS ATIVAS PARA APLICAR EM SALA DE AULA

 A geração Z , que já nasceu imersa nos meios digitais, no imediatismo e no que é atrativo, uma sala de aula no formato tradicional deixou de ser interessante até mesmo para quem gosta de aprender.
Pensando nisso, muitos procuram métodos para tornar a aula cada vez mais atrativa.

Estudando um pouco sobre as metodologias ativas encontrei algumas que, com certeza, tornarão suas aulas bem mais interessantes.
Vamos lá:


4 metodologias ativas para aplicar em sala de aula

 

1. Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é uma metodologia ativa, atual e moderna, que procura fazer do aluno ator principal de seu caminho rumo ao conhecimento. 

Para isso, o educador deve passar qual será o conteúdo brevemente mas indicar aos alunos que pesquisem sobre o assunto em casa pelos meios necessários. Em um terceiro momento, os alunos deverão levar o conteúdo aprendido à sala de aula apenas para sanar suas dúvidas.

Mas o que se nota na sala de aula invertida é que os estudantes estão por si só, de maneira autônoma, sendo completamente ativos.

Seria interessante, inclusive, que os você sugerisse como tarefa individual ou em grupo, que os alunos ensinassem aos demais o assunto estudado em casa. Já que de acordo com a pirâmide de aprendizagem, aprendemos muito mais quando ensinos determinado assunto a alguém.  

 A sala de aula invertida é muito prática, pois desperta o interesse do estudante naquilo que ele achou importante e não compreendeu direito. Esse tipo de metodologia desperta a participação dos estudantes durante as aulas, para que ele não seja apenas ouvinte no processo de ensino e aprendizagem.


Ensino Híbrido

ensino híbrido é também uma metodologia ativa. Isso porque este ensino inovador busca unir de maneira equilibrada o ensino a distância e o ensino presencial. 

Com essa união, os alunos deverão ser muito mais ativos em seu processo de ensino-aprendizagem, já que precisarão de disciplina e muita concentração para aprenderem via EAD. E, além disso, o uso da tecnologia como meio de aprendizagem vai fazer com que os alunos produzam conhecimento de maneira mais autônoma.

Um exemplo de técnica de ensino híbrido é a rotação por estações.

 O Ensino híbrido não diz respeito somente ao período de pandemia, pois muitos professores, inclusive eu, já utilizávamos esse método bem antes do início das contaminações por covid-19, e era muito aceito pelos estudantes. 
Lembro de um ano em que precisávamos ensaiar as falas de uma peça teatral para apresentação de um trabalho para a escola toda, então nós procuramos formas de fazermos chamadas de vídeo em grupo. Então os meus estudantes já conheciam o meet e outro aplicativo de chamada e grupo, que era o discorde. Quando houve a necessidade de ficarmos online aqueles que já haviam sido meus alunos em algum momento, ensinavam aos outros como utilizar, como entrar na plataforma do google classroom, pois lá eu deixava atividades pra eles. 
Então, são ferramentas que ajudam muito. O ensino híbrido já estava e continuará em nossas vidas como forma de auxílio, melhoramento, upgrade na educação.


Promoção de seminários e discussões 

 

Uma outra metodologia ativa superinteressante é a promoção de seminários e discussões. Mudar a disposição das carteiras e colocar alunos e professor em uma mesmo patamar é bem interessante e faz os estudantes se sentirem importantes.

Além disso, eles aprendem muito mais quando apresentam e discutem algum tipo de assunto, se posicionando sobre ele. 

Inclusive, por meio de discussões e seminários, os estudantes também desenvolvem sua argumentação, o que é fundamental para realizar textos dissertativo-argumentativos e se posicionar frente a determinado assunto durante sua vida. 

 Esse é um clássico, mas é muito utilizado e uma forma muito eficiente para que os estudantes possam memorizar, aprender de verdade aquilo que está estudando. 
Aposto muito nos seminários e o resultado é muito satisfatório sempre.


Gamificação

A gamificação é uma outra metodologia ativa. Ela busca trazer jogos para a sala de aula, e assim fazer dos celulares aliados na aprendizagem dos conteúdos das aulas.

Seria interessante que você sugerisse jogos interativos que tenham a ver com o assunto das aulas. Essa é uma estratégia bem legal para unir alunos e professores no desenvolvimento do conhecimento em um mundo cheio de distrações tecnológicas. 

A gamificação é interessante também para que os alunos desenvolvam um espírito de competitividade saudável. 

Vale lembrar também que os jogos não precisam ser apenas tecnológicos, eles podem ser de qualquer espécie. Então, use sua imaginação junto com seus alunos e criem games legais para que a aula fique divertida e interativa. 


Na gamificação o estudante desperta a competitividade saudável, naquela euforia que querer acertar e ganhar o jogo ele acaba estudando e memorizando o conteúdo. Essas brincadeiras na escola são muito interessantes e acabam despertando o interesse do estudante para o aprender a aprender, para o querer aprender, etc.


Exemplo de gamificação: Kahoot
Exemplo de um kahoot criado por mim: Kahoot acentuação gráfica

Dá para criar quiz de todas os componentes curriculares.

Por isso, eu aposto muito nas metodologias ativas e estou a cada dia em busca de novidades para levar para os meus estudantes.

terça-feira, 28 de junho de 2022

13 filmes para aprender Português ( e Literatura)


 O cinema é um ótimo entretenimento, você não acha?
Atualmente os jovens estudantes estão mais dispesos e longe de buscar alcançar os seus objetivos através da educação. Mas a culpa não é deles, não se sabe ao certo de quem é a culpa... rsrsr
O fato é que o professor precisa estar sempre buscando coisas novas para tornar a aula mais atrativa para seus "pupilos". 
Pensando nisso procurei e encontrei uma pesquisa que mostra 13 filmes que serão de grande valia para o ensino de língua Portuguesa. Então, se você, assim como eu, procura estar sempre se atualizando e procurando métodos mais atrativos para suas aulas, não deixe de ler até o final. Sei que irás gostar!

Estou levando isso para sala de aula, e, acredito estar surtindo efeito, pois eles ( os estudantes) estão amando.



1- Os Inconfidentes (1972)


Lançado por Joaquim Pedro de Andrade, Os Inconfidentes é uma co-produção entre Brasil e Itália que narra a história da Inconfidência Mineira. Um grupo de intelectuais e membros da alta elite brasileira se juntam para libertar o país da opressão portuguesa.

De todos, Tirandentes (José Wilker) é aquele que está disposto a ir até o fim, custe o que custar. O filme foi baseado nos livros Os Autos da Devassa e Romanceiro da Inconfidência. Apresenta a reconstrução do período e influenciou diversas produções literárias.

Além de ilustrar um importante momento da história brasileira, a obra também é interessante por contar acontecimentos políticos que influenciaram fortemente o trabalho de autores como Santa Rita Durão, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama.

Além disso, vale a pena conferir o roteiro de Cecília Meireles, Eduardo Escorel e do próprio Joaquim Pedro de Andrade!


2- Dona flor e seus dois maridos (1976)




A obra de Bruno Barreto é uma adaptação do livro homônimo de Jorge Amado. Dona Flor (Sônia Braga) fica viúva de Vadinho (José Wilker), um verdadeiro malandro. Então, ela resolve se casar com o farmacêutico Teodoro Madureira (Mauro Mendonça).

Acontece que, de repente, ela se sente entediada e passa a chamar pelo antigo marido. Vadinho aparece do além e, assim, Dona Flor começa um relacionamento à três. Os traços da oralidade de Jorge Amado estão muito presentes na película dentro de uma linguagem bem regional.

Não é à toa que ele sempre foi conhecido por manter uma afinidade com a figura popular e levar essa marca para a literatura.

Em 2017, o filme ganhou nova versão com a atuação de Juliana Paes como Dona Flor, Marcelo Faria como Vadinho e Lenadro Hassum como Teodoro.


3- Sociedade dos poetas mortos (1990)



John Keating (Robin Williams) é o novo professor de inglês do tradicional internato no qual foi um aluno brilhante. O ensino é rígido como uma academia militar e, por esse motivo, muitos veem a didática dele como reacionária.

Tudo pelo fato de que Keating é do tipo que entra na sala assoviando, diverte os alunos, pratica aulas ao ar livre, incentiva a criação de poesias espontâneas e estimula a vontade de viver intensamente.

Em uma das aulas, ele pede que os alunos rasguem algumas páginas do livro para que possam pensar por si mesmos. No início, todos relutam. Com o tempo, o grupo começa a gostar de literatura e a sensação de viver a poesia.

Então, certo dia um deles descobre que o professor foi membro da Sociedade dos Poetas Mortos e pede mais informações sobre essa formação. John hesita, mas fala da época em que ele e os colegas costumavam se reunir para estudar poesia em um local secreto.

Isso foi o bastante para que todos quisessem reativar o movimento e deixar as inspirações fluírem. Ao mesmo tempo, os estudantes tiveram que lidar com as adversidades do mundo real.


4- Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995)




O filme de Carla Camurati é um marco na história do cinema brasileiro. Participou de mais de 40 festivais ao redor do mundo e levou mais de 1,5 milhão de espectadores aos cinemas em 1995.

Com um orçamento modesto para a época, de 600 mil reais, Carlota Joaquina, Princesa do Brasil é estrelado por Marieta Severo e Marco Nanini.

Trata-se de uma obra histórica, mas com um pesado tom satírico, que mostra a vinda da corte portuguesa para o Brasil através do ponto de vista de Carlota Joaquina, a princesa espanhola que foi prometida em casamento a D. João VI quando era uma garota de apenas dez anos de idade. Assim, ela cresceu e construiu seu lugar na então colônia portuguesa.]


5- Central do Brasil (1998)



Uma das obras brasileiras que ficaram famosas no exterior por conta da indicação ao oscar, Central do Brasil mostra a vida simples de Dora (Fernanda Montenegro). Ela é uma ex-professora de português que escreve cartas para as pessoas que não sabem ler nem escrever.

O cenário é a Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Certo dia, Dora recebe uma senhora que deseja se comunicar com o marido por escrito. O motivo é que seu filho quer conhecê-lo. Segundos depois de fechar o envelope, a mulher morre atropelada e Dora se sente obrigada a levar o garoto até o pai.

Do ponto de vista da Língua Portuguesa, é interessante observar as partes em que a escritora monta a narrativa das cartas. Além disso, cada pessoa tem um tipo de linguagem: a maioria não teve a oportunidade de frequentar uma escola. Então, vemos vários tipos de expressões tipicamente brasileiras.


6. Auto da Compadecida (2000)




A peça Auto da Compadecida não podia ficar de fora dessa lista. A obra foi escrita por Ariano Suassuna e transformada em uma série que foi transmitida na Globo em janeiro de 1998. O sucesso foi tão grande que o diretor Guel Arraes adaptou para filme em 2000.

A história acontece no interior da Paraíba, conhecida como a “Roliúde Nordestina”. Chicó (Matheus Nachtergaele) e João Grilo (Selton Melo) conseguem um emprego na padaria da cidade.

Quando a cadela do padeiro passa mal, os dois tentam convencer o padre a benzê-la, mas sem sucesso. Depois de fazer uma enorme confusão com a morte do animal, João resolve vender um gato afirmando que ele “descomia” dinheiro. Ou seja, saia dinheiro pela boca.

Ambos também enganam Severino, um cangaceiro perigoso. Eles pedem que ele sopre uma gaita mágica para visitar seu padrinho Padre Cícero, com a garantia de voltar à vida depois.

É evidente o cunho de sátira por meio das características das personagens, assim como a presença marcante dos neologismos mais criativos. A história trabalha o tema religioso da moral católica totalmente focada no contexto nordestino.


7. Memórias Póstumas (2001)



Memórias Póstuma de Brás Cubas, a obra-prima de Machado de Assis, deu origem ao realismo brasileiro em 1881. Mais de um século depois, André Klotzel lança a adaptação para os cinemas, intitulada apenas Memórias Póstumas e estrelada por Reginaldo Faria, Sônia Braga e Marcos Caruso.

O roteiro, assinado por Klotzel ao lado de José Roberto Torero, conta com frases retiradas diretamente do livro, mas com algumas peculiaridades próprias que buscam aproximar o filme ainda mais de sua fonte de inspiração.

Portanto, trata-se de uma produção repleta de ironias e de comicidades. Você vai se divertir enquanto se delicia com esse novo olhar sobre uma das maiores obras da literatura brasileira.

8. Caramuru: A Invenção do Brasil (2001)



Dirigido por Guel Arraes e escrito por ele ao lado de Jorge Furtado, Caramuru: A Invenção do Brasil é baseado no livro homônimo de Santa Rita Durão, que faz parte do arcadismo.

Mas, apesar de contar acontecimentos históricos, o filme investe em uma forte pegada cômica que narra os conflitos entre portugueses e índios de uma forma irreverente.

O jovem Diogo Álvares (Selton Mello) é um talentoso pintor português cujo estilo busca realçar a beleza da realidade. Ele é contratado pelo cartógrafo do rei para ilustrar os mapas que guiariam Pedro Álvares Cabral em suas viagens marítimas.

Entretanto, Diogo envolve-se com Isabelle (Débora Bloch), uma sedutora francesa que frequenta a Corte portuguesa e que rouba o mapa do artista.

Ele, então, é deportado para o Brasil, onde conhece as irmãs índias Paraguaçu (Camila Pitanga) e Moema (Deborah Secco). É o início do primeiro triângulo amoroso da história do país.

9. Poeta de Sete Faces (2002)



O documentário conta a história de Carlos Drummond de Andrade desde os primeiros anos de vida, a mudança para o Rio de Janeiro até o ápice da carreira, ou seja, é imperdível!

Além de apresentar a trajetória de vida do poeta mineiro, o diretor Paulo Thiago disseca as diversas fases de toda a produção literária de um dos maiores gênios do nosso país. Para tanto, o filme é dividido em três partes, acompanhando cada momento de sua vida e carreira.

Assim, o Poeta de Sete Faces registra desde o nascimento de Drummond, na pequena Itabira, em Minas Gerais, até a sua mudança para o Rio de Janeiro, a publicação de seus primeiros livros, sua relação com o modernismo brasileiro de 1922 e o surgimento de seus versos metafóricos e irônicos.

Além disso, é claro, a atuação de Andrade na política e seu uso da literatura como ferramenta de crítica social não ficam de fora.

Para encerrar, o cineasta também explora os prêmios recebidos e a glória alcançada por Drummond, assim como o legado deixado por sua obra na forma de adaptações, memórias e estudos.

10. Dom (2003)



Em Dom, o diretor e roteirista Moacyr Góes presenteia o espectador com uma forma totalmente nova de se relacionar com outra obra-prima da nossa literatura, também de autoria de Machado de Assis.

No filme acompanhamos Bento (Marcos Palmeira), filho de um casal apreciador de Machado e que decide dar ao filho o nome do protagonista de Dom Casmurro. Isso faz com que o garoto cresça sob a sombra do autor carioca, levando-o a tentar incorporar características da personalidade e elementos da vida do personagem em sua própria existência.

A essência do filme encontra-se no romance nascido do reencontro de Bento com sua melhor amiga de infância, Ana Clara — que ele insistia em chamar de Capitu.

11. Língua — Vidas em Português (2004)



Co-produção entre Brasil e Portugal, o documentário Língua — Vidas em Português conta a história desse idioma que embala as vidas de mais de duzentas milhões de pessoas ao redor do mundo.

Poemas escritos, paixões declaradas, desavenças reveladas, segredos descobertos, músicas compostas, piadas declamadas… A Língua Portuguesa acompanha o cotidiano de pessoas no Brasil, em Portugal, em Cabo Verde, no Japão, na França, na Índia, nos Estados Unidos, Moçambique, Angola, entre tantos outros lugares.

Não somente como língua oficial, o Português foi uma língua amplamente difundida pelo mundo durante as Grandes Navegações.

Como resultado, muitos falantes nativos do português fizeram de outros países o seu novo lar.

Para retratar tudo isso, além de personagens anônimos, o documentário também conta com a participação especial de José Saramago, João Ubaldo, Martinho da Vila, Mia Couto e Teresa Salgueiro para trazer um embasamento mais aprofundado compartilhado por pessoas que fizeram da convivência com a Língua Portuguesa o seu modo de viver.

Língua — Vidas em Português mostra nosso idioma falado em vários cantos do mundo, permitindo que conheçamos as peculiaridades de cada grupo de falantes e as formas com que o idioma se adapta e evolui.

12. Narradores de Javé (2004)



O filme foi rodado no interior da Bahia, na cidade de Gameleiro da Lapa. Conta a história de uma localidade chamada Javé. Tudo está prestes a ser totalmente destruído por conta de uma autorização para a construção de uma usina hidrelétrica.

Os habitantes procuram uma solução para o problema e decidem se unir para escrever a história do vilarejo, já que não havia nenhum registro que comprovasse a existência daquele lugar.

Acontece que a maioria dos habitantes é analfabeta. O personagem de Antônio Biá, vivido por José Dumont, recebe a importante missão de colocar o plano em prática. Afinal, é o único que sabe ler.

Então, ele bate na porta de cada morador para coletar as informações necessárias. Durante as entrevistas, é possível perceber as características daquela comunidade, cultura, costumes e a identidade marcante de um grupo social. Uma boa dica para quem deseja se aprofundar na construção da língua.


13. Dentro da casa (2013)




Germain (Fabrice Luchini) é um professor de literatura que sente uma enorme frustração pela mediocridade dos alunos. Ele se surpreende com a redação de Claude (Ernest Umhauer), texto que relata os problemas pessoais de um colega de sala.

Ao mesmo tempo em que aprende literatura, o aluno escreve a sequência de uma verdadeira obra que ganha descrições poéticas sob o seu olhar. O grande dilema do filme é essa reflexão sobre o certo e o errado: o professor deve incentivar a liberdade criativa do garoto ou censurá-lo?

A história preza muito mais pelas palavras que pelas formas. O comportamento do professor mostra o tamanho da influência da ficção também na visão de espectador. Acontece que consequências reais são ignoradas em nome de uma boa história. Qual o limite da escrita? Ela deveria ter um? Muitas perguntas pairam no ar.


Viu como é interessante mergulhar no mundo dos filmes, e não é só intretenimento, mas também conhecimento. 




O mérito dessa bela pesquisa não é da pessoa que vos fala e sim de:


Autor

Luiza Drubscky




Fonte: https://rockcontent.com/br/talent-blog/lingua-portuguesa/