Estrutura e Formação das Palavras | |
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CONTEÚDO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA. EXERCÍCIOS, TEXTOS, EXPLICAÇÕES,EXEMPLOS...
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
MORFOLOGIA
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Orações Coordenadas e Subordinadas
Orações Coordenadas e Subordinadas
- Orações Coordenadas
relação de dependência, uma não está dependente da outra para ter sentido próprio.
locuções da frase é que dão nome a oração.
- Aditivas:
- O Senado está em situação difícil e não tem mais como se esconder.
- Lúcia terminou a prova e saiu.
- Lúcia não fez a prova nem explicou o porquê.
- Adversativas:
- A mulher tentou deter o assaltante, contudo não conseguiu.
- Aluna matriculada pede dispensa de disciplina, mas a universidade não aceitou o pedido.
- Lúcia terminou a prova, mas não assinou a lista de presença.
- Alternativas:
- Decide-se agora, ou perderás a chance de ir à Europa.
- Ora ele agrada, ora ele xinga.
- Conclusivas:
- Acabou a grana, portanto cada um deve procurar um trabalho.
- Ele xinga e logo agrada, portanto é perturbado! Ele falou pouco, todavia disse o que precisava.
- Explicativas:
- Não vá, porque isso nunca deu certo.
- João não respondeu, pois não lhe deixaram falar.
- Não fale isso, que é muito feio!
- Orações Subordinadas
frase assume a designação de subordinada.
frase, e em segundo lugar, ver qual é o antecedente da conjunção que. Se o antecedente for um nome,
estamos perante uma Oração Subordinada Relativa.
As orações subordinadas relativas podem ser de duas formas, Restritivas ou Explicativas.
- Restritivas - São introduzidas pela conjunção relativa que, tendo a função de restringir a
- informação dada sobre o antecedente. Restringem, ou seja, limitam a significação de um nome
- na frase e como se ligam ao antecedente sem pausa não se separam por vírgulas.
- Explicativas - São introduzidas pela conjunção relativa que, tendo a função de acrescentar ao
- antecedente uma qualidade acrescida, esclarecendo melhor a significação. Não são indispensáveis na
- frase, na fala marca-se uma pausa e aparece na escrita entre vírgulas.
é fácil, basta observar se na frase existe algo entre vírgulas, se existir é uma Explicativa, se não existir é uma
Restritiva.
sendo assim, a ação enunciada na oração subordinante irá se realizar mesmo tendo uma oposição.
situações você está perante este tipo de Subordinada, observe:
- Tendo umas destas conjunções: Embora, conquanto, ... + Conjuntivo;
- Tendo uma destas locuções: Ainda que, mesmo que, posto que, nem que, se bem que,... + Conjuntivo;
- Tendo expressões circunstanciais + Infinitivo ou Gerúndio.
subordinante onde aparece uma conjunção de ligação.
....
está omitido (subentendido).
- Causais (Exprimem a causa do facto que ocorreu na oração principal):
- A menina chorou porque apanhou da mãe
- Já que está chovendo vamos dormir. (Já tem significado de como (com sentido de porque).
- Como está chovendo vamos dormir).
- Temporais (Indicam circunstância de tempo):
- Logo que chegou, sentou-se no sofá.
- Quando chegou, sentou-se no sofá.
- Comparativas (Existe uma comparação):
- Essa mulher fala como um papagaio...
- Finais (Exprimem finalidade):
- Todos estudam para que possam vencer.
- Condicionais (Expressa uma condição):
- Se chover, não irei à praia.
- Concessivas (Indica uma concessão):
- Embora chova, vou à praia.
- Consecutivas (Traduz consequência):
- Falei tanto, que fiquei rouco.
- Relativas Restritivas:
- Os livros de Machado de Assis que eu li são muito bons.
- Relativas Explicativas:
- Os livros de Machado de Assis, que eu li, são muito bons.
- Integrantes:
- Ela jurou que não fizera nada.
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Arcadismo
Disponível em: http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/
O dono da história: Uma proposta de aula de Literatura.
Grande Sertão: Veredas, Vidas Secas e A hora da estrela imortalizaram suas personagens principais
Por Luana Castro
Graduada em Letras
http://m.educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/o-dono-historia-uma-proposta-aula-literatura.htm
domingo, 22 de outubro de 2017
A Tese e a Introdução da Redação
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Preposições sob e sobre
“Sou do chão negro asfalto
da avenida São João
Sob o escuro manto fumaça
sombra do minhocão
Sob o céu cinzento de
São Paulo insano e mau
Brasileiro cuspido dos canhões
na Hungria cigano e bárbaro
bastardo dos portugueses
mouro feroz e bárbaro
desorientado dos beijos de
línguas e lugares embaralhados
Da rua Apa quando desaba
a Barra Funda dos prostíbulos
de toneladas de poeira e fuligem
sobre a poesia
Judeu de disfarce católico
ateu crente no candomblé
de todas as fugas e enfrentamentos
continuo de pé (...)”.
(A mesma praça, Paulo Miklos)
A música que você leu agora foi composta pelo cantor Paulo Miklos. Nela, temos o exemplo do uso correto das preposições sob e sobre, que estão em destaque. Por serem palavras parecidas, muitos falantes da língua portuguesa ficam em dúvida sobre quando e como utilizar cada uma delas, e outros sequer sabem que as duas formas existem e que ambas estão corretas.
Apesar de serem foneticamente similares, de acordo com a classificação gramatical da língua portuguesa, sob e sobre são preposições antônimas, ou seja, palavras que apresentam significado oposto. Portanto, elas não devem ser confundidas, sob pena de provocarem ambiguidade, especialmente nos textos escritos. Observe o significado e situações de uso de cada uma delas:
► Sob: A preposição sob tem sua origem no latim sub. É empregada em situações em que seu significado corresponde a “embaixo de”, “em estado de”, “sujeito à influência ou ao comando de algo ou alguém”. Observe seu uso nas frases a seguir:
“Sob o céu cinzento de/ São Paulo insano e mau”. (A mesma praça - Paulo Miklos)
= embaixo de.
“Sob o mesmo céu
Cada cidade é uma aldeia
Uma pessoa!
Um sonho, uma nação
Sob o mesmo céu
Meu coração
Não tem fronteiras (...)”.
(Sob o mesmo céu – Lenine)
= embaixo de.
“(...) Seja bravo seja breve
Cai como luva, difícil dizer que não
Sob medida só se for sob pressão (...)”.
(Breve – Pouca Vogal)
= em estado de.
► Sobre: A preposição sobre também tem sua origem no latim — super. É empregada em situações em que seu significado corresponde a “em cima de”, “acima de” ou “a respeito de”. Observe os exemplos:
“(…) Ele ficou ali sentado
Sentado sobre as mãos.
Sentado sobre as mãos
Observando a escuridão (...)”.
(Sobre as mãos – Nenhum de Nós)
= em cima de.
“Meu amor
Vamos falar sobre o passado depois
Porque o futuro está esperando
Por nós dois (...)”.
(Quantas vidas você tem? - Paulinho Moska)
= a respeito de.
“É uma índia com colar
A tarde linda que não quer se pôr
Dançam as ilhas sobre o mar
Sua cartilha tem o A de que cor? (...)”.
(Relicário – Nando Reis)
= acima de
Sintetizando:
Não confunda
sob = “embaixo de”, “em estado de”, “sujeito à influência ou ao comando de algo ou alguém”.
com
sobre = “em cima de”, “acima de” ou “a respeito de”.
Colocação pronominal
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso, ênclise.
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:
É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.
Exemplos:
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele.
Exemplos:
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.
Exemplos:
Não estavam chamando-me./ Não meestavam chamando.
Emprego de o, a, os, as
Exemplos:
Deixei-a mais tranquila.
Exemplos:
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
Exemplos:
Põe-na sobre a mesa.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Uso da crase
Crase (Regras)
Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza.
No português assinalamos a crase com o acento grave (`). Observe:
Obedecemos ao regulamento.
( a + o )
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas:
Obedecemos à norma.
( a + a )
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à )
Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I. o termo antecedente exija a preposição a;
II. o termo consequente aceite o artigo a.
Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
( substantivo feminino )
Conheço a cidade.
( verbo transitivo direto – não exige preposição )
( artigo )
( substantivo feminino )
Vou a Brasília.
( verbo que exige preposição a )
( preposição )
( palavra que não aceita artigo )
Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício:
I. se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo
II. se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita.
Ex: Vim da Bahia. (aceita)
Vim de Brasília (não aceita)
Vim da Itália. (aceita)
Vim de Roma. (não aceita)
Nunca ocorre crase:
1) Antes de masculino.
Caminhava a passo lento.
(preposição
2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar.
(preposição)
3) Antes de pronomes em geral.
Eu me referi a esta menina.
(preposição e pronome demonstrativo)
Eu falei a ela.
(preposição e pronome pessoal)
4) Antes de pronomes de tratamento.
Dirijo-me a Vossa Senhoria.
(preposição)
Observações:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase:
senhora, senhorita e dona.
Dirijo-me à senhora.
2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como:
mesma, própria...
Eu me referi à mesma pessoa.
5) Com as expressões formadas de palavras repetidas.
Venceu de ponta a ponta.
(preposição)
Observação:
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição:
Caminhavam passo a passo.
(preposição)
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o seguinte:
Caminhavam passo ao passo – o que não ocorre.
6) Antes dos nomes de cidade.
Cheguei a Curitiba.
(preposição)
Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal,
ocorrerá a crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais.
(adjunto adnominal)
7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.
Falei a pessoas estranhas.
(preposição)
Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
(a + as = preposição + artigo)
Sempre ocorre crase:
1) Na indicação pontual do número de horas.
Às duas horas chegamos.
(a + as)
Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma expressão masculina correlata.
Ao meio-dia chegamos.
(a + o)
2) Com a expressão à moda de e à maneira de.
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão
(moda de) venha implícita.
Escreve à (moda de) Alencar.
3) Nas expressões adverbiais femininas.
Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias de tempo, de lugar, de modo...
Chegaram à noite.
(expressão adverbial feminina de tempo)
Caminhava às pressas.
(expressão adverbial feminina de modo)
Ando à procura de meus livros.
(expressão adverbial feminina de fim)
Observações:
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório de crase (`), sem que tenha havido a fusão de dois as.
É que a tradição e o uso do idioma se impuseram de tal sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de crase em tais ocasiões.
4) Uso facultativo da crase
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode ou não ocorrer a crase.
Ex: Falei à Maria.
(preposição + artigo)
Falei à sua classe.
(preposição + artigo)
Falei a Maria.
(preposição sem artigo)
Falei a sua classe.
(preposição sem artigo)
Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não.
Casos especiais:
1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por um adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase.
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Volte a casa cedo.
(preposição sem artigo)
Volte à casa dos seus pais.
(preposição sem artigo)
(adjunto adnominal)
2) Crase antes de terra.
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier determinada, não aceita o artigo e não ocorre a crase. Ex:
Já chegaram a terra.
(preposição sem artigo)
Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Já chegaram à terra dos antepassados.
(preposição + artigo)
(adjunto adnominal)
3) Crase antes dos pronomes relativos.
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex:
Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu.
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente
for ao qual, aos quais. Ex:
Esta é a festa à qual me referi.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi.
Estes são os filmes aos quais me referi.
4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo,
haverá crase. Ex:
Falei àquele amigo.
Dirijo-me àquela cidade.
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.
5) Crase depois da preposição até.
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer crase. Isto porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até a). Ex:
Chegou até à muralha.
(locução prepositiva = até a)
(artigo = a)
Chegou até a muralha.
(preposição sozinha = até)
(artigo = a)
6) Crase antes do que.
Em geral, não ocorre crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo a (equivalente a aquela).
Para empregar corretamente a crase antes do que convém pautar-se pelo seguinte artifício:
I. se, com antecedente masculino, ocorrer ao que / aos que, com o feminino ocorrerá crase;
Ex: Houve um palpite anterior ao que você deu.
( a + o )
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
( a + a )
II. se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no feminino não ocorrerá crase.
Ex: Não gostei do filme a que você se referia.
(ocorreu a que, não tem artigo)
Não gostei da peça a que você se referia.
(ocorreu a que, não tem artigo)
Observação:
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a) que ocorre antes do que, pode ocorrer antes do de. Ex:
Meu palpite é igual ao de todos.
(a + o = preposição + pronome demonstrativo)
Minha opinião é igual à de todos.
(a + a = preposição + pronome demonstrativo)
7) há / a
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do a (preposição) com a grafia do há (verbo haver).
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas expressões:
a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido);
há (verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido). Ex:
Daqui a pouco terminaremos a aula.
Há pouco recebi o seu recado
Como usar a crase antes de horas
1- Exemplos de quando usar:
a- A festa começa às 21h.
b- As lojas normalmente abrem às 9h.
c- O telefone tocou à 1h da madrugada.
d- Começa à 0h desta terça-feira a venda de ingressos para o show.
2- Exemplos de quando NÃO usar:
Não há crase depois das preposições: para, até, após, desde e entre.
a- Antecipei minha consulta para as 14h.
b- Só vou esperar por você até as 15h.
c- Podemos nos encontrar após as 19h.
d- Estou te esperando desde as 11h.
e- Estarei no clube entre as 9h e as 11h.
3- Dica:
Substitua sempre qualquer hora por meio-dia. Só haverá crase se der ao meio-dia.
a- A festa começa às 21h. (A festa começa ao meio-dia.) Há crase.
b- Antecipei minha consulta para as 14h. (Antecipei minha consulta para ao meio-dia????)
Não há crase.
4- Outros casos:
4.1- Não há crase quando a preposição de aparece sozinha, ainda que ela esteja implícita.
a- A minissérie será exibida de 3ª a 6ª. (sozinha)
b- Exibição da minissérie: 3ª a 6ª. (implícita)
4.2- Há crase quando a preposição de aparece combinada com artigo, ainda que ela esteja implícita.
a- A aula de dança será das 15h às 17h. (combinada: de+as)
b- Horário da aula de dança: 15h às 17h. (implícita)
Em meio a tantas exceções, às vezes é mais simples você memorizar quando a crase não é utilizada do que quando é!
Então, vejamos os casos:
1. Antes de substantivos masculinos:
a) Ele veio a pé.
b) Não vendemos a prazo.
c) Vamos conhecer a fazenda a cavalo.
d) Você deve se vestir a caráter.
2. Antes de verbo no infinitivo:
a) Começou a sorrir quando dei a notícia!
b) Ficou a pensar nela o dia todo!
c) Estava a celebrar sua vitória!
3. Diante de nomes de cidades:
a) Chegou a Belo Horizonte em segurança.
b) Quem tem boca, vai a Roma.
c) Foi a Vitória conhecer o mar.
Detalhe importante: Quando especificar a cidade, coloque a crase: Irei à Veneza dos apaixonados.
Refiro-me à Inglaterra do século XVIII.
4. Em substantivos que se repetem: gota a gota, cara a cara, dia a dia, frente a frente, ponta a ponta.
5. Diante de pronomes (pessoais, demonstrativos, de tratamento, indefinidos e relativos):
a) Solicitei a ela que tivesse calma, pois tudo daria certo!
b) Você vai sair a esta hora?
c) Comunicarei a Vossa Alteza a sua decisão!
d) Dê comida a qualquer um que tenha fome!
e) Agradeço a Deus, a quem pertence tudo que sou e tenho!
6. Antes do artigo indefinido “uma”: Ele foi a uma comunhão.
7. Diante de substantivos no plural:
a) O prêmio foi concedido a alunos vencedores.
b) Não gosto de ficar próximo a pessoas que conversam demais!
c) Gosto de ir a praças para ler!
8. Antes de números cardinais: Vou embora daqui a quinze minutos.
9. Antes de nomes de mulheres consideradas célebres:
a) Refiro-me a Brigitte Bardot e sua má postura!
b) Este livro faz referência a Joana D’Arc.
10. Diante da palavra “casa” quando esta não estiver especificada: Foi a casa. Voltou a casa.
Detalhe importante: Se a palavra “casa” vier determinada por adjunto adnominal,ou seja, caso esteja especificada, aceita-se a crase: Fui à casa de meus avós ou Voltei à casa de meus pais.
11. Diante da palavra “terra” quando significar “terra firme” e não estiver especificada: Após viajarmos muito pelos mares, voltamos a terra.
Porém, quando possuir o sentido de planeta, ocorrerá a crase. Ex.: Os astronautas voltaram à Terra.
No caso de a palavra terra estiver especificada, a crase estará confirmada. Ex.: Voltamos à terra de meus
avós.
Observação importante:
O uso da crase é facultativo: antes de possessivo (Leve o presente à/a sua amiga); antes de nomes de
mulheres que não sejam célebres (Foi à/a Ana falar de seu amor) e com “até”: Foi até à/a escola mais
próxima fazer sua matrícula.
Graduada em Letras
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Quando Não Usar a Crase?"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/quando-nao-usar-crase.htm>. Acesso em 03 de outubro de
2017.
SEMÂNTICA
DEFINIÇÃO
Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico.ÍNDICE
Linguagem
Linguagem / Tipos de Linguagem
Língua
Língua Falada e Língua Escrita
Fala / Signo
Significação das Palavras
Sinônimos, Antônimos, Polissemia
Homônimos - Homônimos Perfeitos
Parônimos
O estudo do significado das palavras pode ser dividido em: sinonímia, antonímia, homonímia e paronímia:
Sinonímia – é o estudo da relação de duas ou mais palavras que possuem significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Ex.: cara/rosto, quarto/dormitório, casa/lar/morada.
Antonímia – é o estudo da relação de duas ou mais palavra que possuem significados diferentes, ou seja,antônimos: Ex.: amor/ódio, dia/noite, calor/frio.
Homonímia – é o estudo da relação de duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, porém, possuem a mesma forma e som, ou seja, os homônimos. Estas se dividem em: Homófonas – acento/assento, conserto/conserto; Homógrafas – pode/pode, olho/olho; Perfeitas – rio/rio, são/são/são.
Paronímia – é o estudo da particularidade de duas palavras que apresentam semelhança na grafia e na pronúncia, mas têm significados diferentes: eminente/iminente, absolver/absorver.
A semântica estuda também adenotação e a conotação das palavras:
Denotação – é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a seu próprio conceito, de trazer apenas o significado original. Ex.: As estrelas do céu. Vesti-me de vermelho. O fogo do isqueiro.
Conotação – é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias interpretações. Ex.: As estrelas do cinema. O jardim vestiu-se de flores. O fogo da paixão.