CONTEÚDO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA. EXERCÍCIOS, TEXTOS, EXPLICAÇÕES,EXEMPLOS...
domingo, 22 de outubro de 2017
A Tese e a Introdução da Redação
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Preposições sob e sobre
“Sou do chão negro asfalto
da avenida São João
Sob o escuro manto fumaça
sombra do minhocão
Sob o céu cinzento de
São Paulo insano e mau
Brasileiro cuspido dos canhões
na Hungria cigano e bárbaro
bastardo dos portugueses
mouro feroz e bárbaro
desorientado dos beijos de
línguas e lugares embaralhados
Da rua Apa quando desaba
a Barra Funda dos prostíbulos
de toneladas de poeira e fuligem
sobre a poesia
Judeu de disfarce católico
ateu crente no candomblé
de todas as fugas e enfrentamentos
continuo de pé (...)”.
(A mesma praça, Paulo Miklos)
A música que você leu agora foi composta pelo cantor Paulo Miklos. Nela, temos o exemplo do uso correto das preposições sob e sobre, que estão em destaque. Por serem palavras parecidas, muitos falantes da língua portuguesa ficam em dúvida sobre quando e como utilizar cada uma delas, e outros sequer sabem que as duas formas existem e que ambas estão corretas.
Apesar de serem foneticamente similares, de acordo com a classificação gramatical da língua portuguesa, sob e sobre são preposições antônimas, ou seja, palavras que apresentam significado oposto. Portanto, elas não devem ser confundidas, sob pena de provocarem ambiguidade, especialmente nos textos escritos. Observe o significado e situações de uso de cada uma delas:
► Sob: A preposição sob tem sua origem no latim sub. É empregada em situações em que seu significado corresponde a “embaixo de”, “em estado de”, “sujeito à influência ou ao comando de algo ou alguém”. Observe seu uso nas frases a seguir:
“Sob o céu cinzento de/ São Paulo insano e mau”. (A mesma praça - Paulo Miklos)
= embaixo de.
“Sob o mesmo céu
Cada cidade é uma aldeia
Uma pessoa!
Um sonho, uma nação
Sob o mesmo céu
Meu coração
Não tem fronteiras (...)”.
(Sob o mesmo céu – Lenine)
= embaixo de.
“(...) Seja bravo seja breve
Cai como luva, difícil dizer que não
Sob medida só se for sob pressão (...)”.
(Breve – Pouca Vogal)
= em estado de.
► Sobre: A preposição sobre também tem sua origem no latim — super. É empregada em situações em que seu significado corresponde a “em cima de”, “acima de” ou “a respeito de”. Observe os exemplos:
“(…) Ele ficou ali sentado
Sentado sobre as mãos.
Sentado sobre as mãos
Observando a escuridão (...)”.
(Sobre as mãos – Nenhum de Nós)
= em cima de.
“Meu amor
Vamos falar sobre o passado depois
Porque o futuro está esperando
Por nós dois (...)”.
(Quantas vidas você tem? - Paulinho Moska)
= a respeito de.
“É uma índia com colar
A tarde linda que não quer se pôr
Dançam as ilhas sobre o mar
Sua cartilha tem o A de que cor? (...)”.
(Relicário – Nando Reis)
= acima de
Sintetizando:
Não confunda
sob = “embaixo de”, “em estado de”, “sujeito à influência ou ao comando de algo ou alguém”.
com
sobre = “em cima de”, “acima de” ou “a respeito de”.
Colocação pronominal
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso, ênclise.
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:
É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.
Exemplos:
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele.
Exemplos:
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.
Exemplos:
Não estavam chamando-me./ Não meestavam chamando.
Emprego de o, a, os, as
Exemplos:
Deixei-a mais tranquila.
Exemplos:
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
Exemplos:
Põe-na sobre a mesa.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Uso da crase
Crase (Regras)
Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza.
No português assinalamos a crase com o acento grave (`). Observe:
Obedecemos ao regulamento.
( a + o )
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas:
Obedecemos à norma.
( a + a )
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à )
Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I. o termo antecedente exija a preposição a;
II. o termo consequente aceite o artigo a.
Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
( substantivo feminino )
Conheço a cidade.
( verbo transitivo direto – não exige preposição )
( artigo )
( substantivo feminino )
Vou a Brasília.
( verbo que exige preposição a )
( preposição )
( palavra que não aceita artigo )
Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício:
I. se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo
II. se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita.
Ex: Vim da Bahia. (aceita)
Vim de Brasília (não aceita)
Vim da Itália. (aceita)
Vim de Roma. (não aceita)
Nunca ocorre crase:
1) Antes de masculino.
Caminhava a passo lento.
(preposição
2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar.
(preposição)
3) Antes de pronomes em geral.
Eu me referi a esta menina.
(preposição e pronome demonstrativo)
Eu falei a ela.
(preposição e pronome pessoal)
4) Antes de pronomes de tratamento.
Dirijo-me a Vossa Senhoria.
(preposição)
Observações:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase:
senhora, senhorita e dona.
Dirijo-me à senhora.
2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como:
mesma, própria...
Eu me referi à mesma pessoa.
5) Com as expressões formadas de palavras repetidas.
Venceu de ponta a ponta.
(preposição)
Observação:
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição:
Caminhavam passo a passo.
(preposição)
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o seguinte:
Caminhavam passo ao passo – o que não ocorre.
6) Antes dos nomes de cidade.
Cheguei a Curitiba.
(preposição)
Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal,
ocorrerá a crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais.
(adjunto adnominal)
7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.
Falei a pessoas estranhas.
(preposição)
Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
(a + as = preposição + artigo)
Sempre ocorre crase:
1) Na indicação pontual do número de horas.
Às duas horas chegamos.
(a + as)
Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma expressão masculina correlata.
Ao meio-dia chegamos.
(a + o)
2) Com a expressão à moda de e à maneira de.
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão
(moda de) venha implícita.
Escreve à (moda de) Alencar.
3) Nas expressões adverbiais femininas.
Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias de tempo, de lugar, de modo...
Chegaram à noite.
(expressão adverbial feminina de tempo)
Caminhava às pressas.
(expressão adverbial feminina de modo)
Ando à procura de meus livros.
(expressão adverbial feminina de fim)
Observações:
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório de crase (`), sem que tenha havido a fusão de dois as.
É que a tradição e o uso do idioma se impuseram de tal sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de crase em tais ocasiões.
4) Uso facultativo da crase
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode ou não ocorrer a crase.
Ex: Falei à Maria.
(preposição + artigo)
Falei à sua classe.
(preposição + artigo)
Falei a Maria.
(preposição sem artigo)
Falei a sua classe.
(preposição sem artigo)
Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não.
Casos especiais:
1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por um adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase.
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Volte a casa cedo.
(preposição sem artigo)
Volte à casa dos seus pais.
(preposição sem artigo)
(adjunto adnominal)
2) Crase antes de terra.
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier determinada, não aceita o artigo e não ocorre a crase. Ex:
Já chegaram a terra.
(preposição sem artigo)
Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Já chegaram à terra dos antepassados.
(preposição + artigo)
(adjunto adnominal)
3) Crase antes dos pronomes relativos.
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex:
Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu.
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente
for ao qual, aos quais. Ex:
Esta é a festa à qual me referi.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi.
Estes são os filmes aos quais me referi.
4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo,
haverá crase. Ex:
Falei àquele amigo.
Dirijo-me àquela cidade.
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.
5) Crase depois da preposição até.
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer crase. Isto porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até a). Ex:
Chegou até à muralha.
(locução prepositiva = até a)
(artigo = a)
Chegou até a muralha.
(preposição sozinha = até)
(artigo = a)
6) Crase antes do que.
Em geral, não ocorre crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo a (equivalente a aquela).
Para empregar corretamente a crase antes do que convém pautar-se pelo seguinte artifício:
I. se, com antecedente masculino, ocorrer ao que / aos que, com o feminino ocorrerá crase;
Ex: Houve um palpite anterior ao que você deu.
( a + o )
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
( a + a )
II. se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no feminino não ocorrerá crase.
Ex: Não gostei do filme a que você se referia.
(ocorreu a que, não tem artigo)
Não gostei da peça a que você se referia.
(ocorreu a que, não tem artigo)
Observação:
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a) que ocorre antes do que, pode ocorrer antes do de. Ex:
Meu palpite é igual ao de todos.
(a + o = preposição + pronome demonstrativo)
Minha opinião é igual à de todos.
(a + a = preposição + pronome demonstrativo)
7) há / a
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do a (preposição) com a grafia do há (verbo haver).
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas expressões:
a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido);
há (verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido). Ex:
Daqui a pouco terminaremos a aula.
Há pouco recebi o seu recado
Como usar a crase antes de horas
1- Exemplos de quando usar:
a- A festa começa às 21h.
b- As lojas normalmente abrem às 9h.
c- O telefone tocou à 1h da madrugada.
d- Começa à 0h desta terça-feira a venda de ingressos para o show.
2- Exemplos de quando NÃO usar:
Não há crase depois das preposições: para, até, após, desde e entre.
a- Antecipei minha consulta para as 14h.
b- Só vou esperar por você até as 15h.
c- Podemos nos encontrar após as 19h.
d- Estou te esperando desde as 11h.
e- Estarei no clube entre as 9h e as 11h.
3- Dica:
Substitua sempre qualquer hora por meio-dia. Só haverá crase se der ao meio-dia.
a- A festa começa às 21h. (A festa começa ao meio-dia.) Há crase.
b- Antecipei minha consulta para as 14h. (Antecipei minha consulta para ao meio-dia????)
Não há crase.
4- Outros casos:
4.1- Não há crase quando a preposição de aparece sozinha, ainda que ela esteja implícita.
a- A minissérie será exibida de 3ª a 6ª. (sozinha)
b- Exibição da minissérie: 3ª a 6ª. (implícita)
4.2- Há crase quando a preposição de aparece combinada com artigo, ainda que ela esteja implícita.
a- A aula de dança será das 15h às 17h. (combinada: de+as)
b- Horário da aula de dança: 15h às 17h. (implícita)
Em meio a tantas exceções, às vezes é mais simples você memorizar quando a crase não é utilizada do que quando é!
Então, vejamos os casos:
1. Antes de substantivos masculinos:
a) Ele veio a pé.
b) Não vendemos a prazo.
c) Vamos conhecer a fazenda a cavalo.
d) Você deve se vestir a caráter.
2. Antes de verbo no infinitivo:
a) Começou a sorrir quando dei a notícia!
b) Ficou a pensar nela o dia todo!
c) Estava a celebrar sua vitória!
3. Diante de nomes de cidades:
a) Chegou a Belo Horizonte em segurança.
b) Quem tem boca, vai a Roma.
c) Foi a Vitória conhecer o mar.
Detalhe importante: Quando especificar a cidade, coloque a crase: Irei à Veneza dos apaixonados.
Refiro-me à Inglaterra do século XVIII.
4. Em substantivos que se repetem: gota a gota, cara a cara, dia a dia, frente a frente, ponta a ponta.
5. Diante de pronomes (pessoais, demonstrativos, de tratamento, indefinidos e relativos):
a) Solicitei a ela que tivesse calma, pois tudo daria certo!
b) Você vai sair a esta hora?
c) Comunicarei a Vossa Alteza a sua decisão!
d) Dê comida a qualquer um que tenha fome!
e) Agradeço a Deus, a quem pertence tudo que sou e tenho!
6. Antes do artigo indefinido “uma”: Ele foi a uma comunhão.
7. Diante de substantivos no plural:
a) O prêmio foi concedido a alunos vencedores.
b) Não gosto de ficar próximo a pessoas que conversam demais!
c) Gosto de ir a praças para ler!
8. Antes de números cardinais: Vou embora daqui a quinze minutos.
9. Antes de nomes de mulheres consideradas célebres:
a) Refiro-me a Brigitte Bardot e sua má postura!
b) Este livro faz referência a Joana D’Arc.
10. Diante da palavra “casa” quando esta não estiver especificada: Foi a casa. Voltou a casa.
Detalhe importante: Se a palavra “casa” vier determinada por adjunto adnominal,ou seja, caso esteja especificada, aceita-se a crase: Fui à casa de meus avós ou Voltei à casa de meus pais.
11. Diante da palavra “terra” quando significar “terra firme” e não estiver especificada: Após viajarmos muito pelos mares, voltamos a terra.
Porém, quando possuir o sentido de planeta, ocorrerá a crase. Ex.: Os astronautas voltaram à Terra.
No caso de a palavra terra estiver especificada, a crase estará confirmada. Ex.: Voltamos à terra de meus
avós.
Observação importante:
O uso da crase é facultativo: antes de possessivo (Leve o presente à/a sua amiga); antes de nomes de
mulheres que não sejam célebres (Foi à/a Ana falar de seu amor) e com “até”: Foi até à/a escola mais
próxima fazer sua matrícula.
Graduada em Letras
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Quando Não Usar a Crase?"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/quando-nao-usar-crase.htm>. Acesso em 03 de outubro de
2017.
domingo, 23 de abril de 2017
Literatura informativa
Foi então que, por esse motivo, Pero Vaz de Caminha, ao escrever a carta de achamento do Brasil documentou todas essas descobertas, cuja data se expressa em 1º de maio de 1500, ainda que ela pertença, somente a título de complementação, à literatura portuguesa. Dadas essas razões, estimado(a) usuário(a), sobretudo levando em consideração a importância de se estudar acerca de um fato marcante como esse, bem como apoiando no fato de que a arte literária comporta os conhecimentos que devemos trazer conosco, achamos por bem criarmos este espaço, o qual prioriza aspectos pertinentes à chamada literatura de informação ou literatura dos cronistas e viajantes.
A literatura informativa surgiu no Brasil no século XVI, mais precisamente no ano de 1500 com o descobrimento do país por Portugal. Nesta época o continente europeu vivia em pleno Renascimento cultural e o gênero foi resultado das Grandes Navegações que tiveram o objetivo de descobrir novas rotas comerciais em direção às Índias. Este tipo de literatura possui caráter informativo, preocupando-se em descrever claramente a nova terra, sua fauna e flora, riquezas, habitantes e seus costumes.
Características da Literatura Informativa
Escolas literárias
As escolas literárias são subdivisões de duas grandes eras de nossa literatura: a Era Colonial e a Era Nacional.
- Quinhentismo (de 1500 a 1601);
- Barroco (de 1601 a 1768);
- Arcadismo (de 1768 a 1808);
- Período de Transição (de 1808 a 1836).
- Romantismo (de 1836 a 1881);
- Realismo (de 1881 a 1893);
- Simbolismo (de 1893 a 1922);
- Modernismo (de 1922 a 1945);
- Tendências contemporâneas.
- Para que você conheça mais sobre a literatura brasileira e seus diferentes períodos, o Mundo Educação preparou uma seção dedicada às escolas literárias que marcaram época em nosso país. Nela você encontrará artigos que têm como objetivo discutir os vários movimentos, os contextos históricos que os permeiam e as características estilísticas, bem como apresentar os principais escritores que contribuíram para a formação de nossa identidade literária. Boa leitura e bons estudos!
1600 - Barroco
1768 - Arcadismo
Era nacional: 1836 - Romantismo
1881 - Realismo / Naturismo / Parnasianismo
1893 - Simbolismo
1902 - Pré-modernismo
1922 - Modernismo
* Portugal: Era Medieval: 1189 - Trovadorismo
1418 - Humanismo
1527 - Classicismo
1580 - Barroco
1756 - Arcadismo
Era moderna ou contemporânea: 1895 - Realismo / Naturismo
1890 - Simbolismo
1915 - Modernismo
Como se pode observar, os movimentos literários são praticamente os mesmo em Portugal e no Brasil, com poucas diferenças nas datas e no inicio e fim de cada escola.
PERIODIZAÇÃO DA LITERATURA EM PORTUGAL E NO BRASIL - TROVADORISMO
CANTIGAS LÍRICAS
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CANTIGAS DE AMOR
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CANTIGAS DE AMIGO
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- origem provençal;
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- origem galego-portuguesa;
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- eu-lírico masculino;
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- eu-lírico feminino;
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- objeto desejado: a dama;
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- objeto desejado: o amigo;
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- o homem presta a vassalaagem amorosa: sofre pelo amor não correspondido (coita);
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- a mulher sofre pelo amante, namorado ausente;
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- mulher idealizada, superior;
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- mulher real, mais concreta;
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- ambiente palaciano (aristocrático).
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- ambiente rural (popular).
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CANTIGAS SATÍRICAS
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CANTIGA DE ESCÁRNIO
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CANTIGA DE MALDIZER
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- ataque indireto;
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- ataque direto;
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- predomínio da ironia e do sarcasmo;
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- predomínio de palavras chulas (baixo nível);
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- crítica a costumes, pessoas e acontecimentos;
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- crítica a costumes, pessoas e acontecimentos;
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- não declaração de nomes.
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- declaração de nome da pessoa criticada.
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Pré-Modernismo no Brasil
O que foi, características, principais escritores e suas obras, contexto histórico, resumo do pré-modernismo na literatura brasileira
O Pré-Modernismo foi um período da literatura brasileira, que teve seu desenvolvimento nas décadas de 1910 e 1920. Muitos estudiosos da literatura brasileira afirmam que foi um período de transição entre o simbolismo e o modernismo.
O pré-modernismo é um conjunto de obras literárias que propunham as mesmas temáticas e formas do futuro movimento chamado Modernismo.
Contexto histórico
O Pré-Modernismo brasileiro situa-se no contexto histórico da consolidação da República. A expectativa de um novo Brasil, mais justo e moderno, com o advento do regime republicano foi frustrada. No novo regime, as desigualdades continuaram, a oligarquia se manteve no poder, a participação política ficou restrita às elites e os conflitos sociais (exemplos: Guerra da Vacina, Guerra do Contestado, Cangaço e Revolta da Chibata) pipocaram pelo Brasil. Foi este contexto que influenciou a produção literária das duas primeiras décadas do século XX.O Pré-Modernismo acontece anos antes da Semana da Arte Moderna, em 1922, e é o período de transição entre as tendências do final do Simbolismo ou Parnasianismo, século XIX, e o Modernismo.
Neste período, alguns anos após a abolição da escravatura, muitos imigrantes, em sua maioria italianos, vêm ao Brasil substituir a mão-de-obra rural e escrava.
A urbanização de São Paulo faz surgir uma nova classe social: a operária, ao mesmo tempo em que os ex-escravos são marginalizados nos centros urbanos.
Os estados brasileiros passam por transformações na economia: a ascensão do café no Sul e Sudeste, e o declínio da cana-de-açúcar no Nordeste.
O governo republicano não garantia esperanças e não promovia as tão esperadas mudanças sociais, pelo contrário, a sociedade se encontrava dividida entre a elite detentora de dinheiro, respeito e poder das oligarquias rurais e a classe trabalhadora rural, bem como dos marginalizados nos centros urbanos.
A desigualdade social culminou em diversos movimentos sociais pelo Brasil, como a Revolta de Canudos, ocorrida no final do século XIX no sertão da Bahia, sob liderança de Antônio Conselheiro, dentre outros movimentos de protesto às condições de vida no Nordeste. Além disso, ocorreu também os movimentos protestantes no meio urbano, como a Revolta da Chibata, em 1910, contra o maltrato da Marinha à corporação e também as greves de operários.Já no começo do século XX começa a surgir os primeiros indícios da crise cafeeira com a superprodução de café, a chamada crise da “República Café-com-Leite”.
É em meio a este quadro na sociedade brasileira que começa no Brasil uma nova produção literária, intitulada de Pré-Modernismo pelo crítico literário Tristão de Ataíde. Trata-se das obras literárias de um grupo de escritores que propunham as mesmas temáticas e formas, as que seriam enquadradas no futuro movimento literário: o Modernismo. Destaca-se neste período a obra Os sertões, de Euclides da Cunha e Canaã de Graça Aranha. Contudo, o Pré-Modernismo não é tido como uma “escola literária”, pois apresenta características individuais muito marcantes.
No entanto, há características comuns às obras desse período: a ruptura com a linguagem pomposa parnasiana; a exposição da realidade social brasileira; o regionalismo; a marginalidade exposta nas personagens e associação aos fatos políticos, econômicos e sociais.
Os principais autores pré-modernistas são: Euclides da Cunha, Augusto dos Anjos, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato.
Principais características do Pré-Modernismo no Brasil:
- Abordagem de problemas sociais brasileiros (desigualdade, conflitos, pobreza e exclusão social e política). Estes temas serão retratados, principalmente, nas obras de dois importantes escritores do período: Lima Barreto e Euclides da Cunha.
- Regionalismo: valorização de aspectos culturais de regiões do Brasil.
- Estética literária marcada por valores do Naturalismo.
- Mistura de estilos literários de escolas anteriores.
- Surgimento, embora o conservadorismo ainda se faça presente, de inovações técnicas na forma de expressão literária.
* importante: por não se tratar de uma escola literária, mas sim um período de transição, as características acima não estão presentes nas obras de todos os escritores pré-modernistas. Cada escritor possui seu próprio estilo e suas próprias temáticas de destaque.
Principais escritores pré-modernistas e suas obras:
- Lima Barreto – escritor carioca, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma.- Monteiro Lobato – escritor paulista, autor de Cidades Mortas e Urupês.
- Graça Aranha – escritor maranhense, autor de Canaã.
- Euclides da Cunha – escritor carioca cuja principal obra foi Os sertões.
- João Simões Lopes Neto – escritor gaúcho, autor de Contos Gauchescos e Lendas do Sul.
- Augusto dos Anjos – poeta paraibano, autor da obra Eu.
sábado, 19 de novembro de 2016
ALMA DE EDUCADOR: MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA
sábado, 21 de maio de 2016
Coerência e coesão textual
http://profserafina.weebly.com/uploads/1/6/6/2/1662499/coerencia_coesao.pdf
Na maioria das vezes, sentimo-nos despreparados quando estamos diante de uma folha de papel em branco no propósito de fazer uma redação, não é mesmo?
As ideias não fluem, o tempo passa muito rapidamente, e quando percebemos... Lá se foi o tempo e não atingimos o objetivo almejado.
Então, é possível se familiarizar mais com a escrita lembrando-se da palavra texto. Ela, assim como muitas outras, origina-se do latim “textum”, que significa tecer, entrelaçar ideias, opiniões e pensamentos.
Mas existe uma fórmula mágica para se construir um bom texto?
A resposta é simples. Basta lembrarmos que toda escrita requer praticidade, conhecimento prévio do assunto abordado, e, sobretudo, técnicas, que constituem a performance de todo texto bem elaborado.
Para que um texto fique claro, objetivo e interessante, ele precisa realçar beleza, para que sua estética seja vista de maneira plausível.
Fazendo parte dessa estética estão os elementos que participam da construção textual; entre eles, a coesão e a coerência.
A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.
Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras que se repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que substituem a ideia apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos pronomes, dos advérbios e outros. Como exemplo, verifique:
A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o poder de transformar e de conscientizar.
Podemos perceber que as expressões: elas e as mesmas referem-se ao termo - “palavras”.
Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem.
Estes são apenas alguns dos requisitos para a elaboração de um texto, e estas técnicas vão sendo apreendidas à medida que nos tornamos escritores assíduos.
Coerência e coesão são duas ferramentas essenciais e inseparáveis na construção textual. Graças Z coerência e à coesão, é possível transformar sequências de palavras num todo organizado, ou seja, num texto.
Coerência estabelece a lógica interna de um texto e cria uma linha de pensamento.
Coesão cria uma sequência harmoniosa entre os diversos momentos do texto.
As ideias não fluem, o tempo passa muito rapidamente, e quando percebemos... Lá se foi o tempo e não atingimos o objetivo almejado.
Então, é possível se familiarizar mais com a escrita lembrando-se da palavra texto. Ela, assim como muitas outras, origina-se do latim “textum”, que significa tecer, entrelaçar ideias, opiniões e pensamentos.
Mas existe uma fórmula mágica para se construir um bom texto?
A resposta é simples. Basta lembrarmos que toda escrita requer praticidade, conhecimento prévio do assunto abordado, e, sobretudo, técnicas, que constituem a performance de todo texto bem elaborado.
Para que um texto fique claro, objetivo e interessante, ele precisa realçar beleza, para que sua estética seja vista de maneira plausível.
Fazendo parte dessa estética estão os elementos que participam da construção textual; entre eles, a coesão e a coerência.
A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.
A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o poder de transformar e de conscientizar.
Podemos perceber que as expressões: elas e as mesmas referem-se ao termo - “palavras”.
Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem.
Estes são apenas alguns dos requisitos para a elaboração de um texto, e estas técnicas vão sendo apreendidas à medida que nos tornamos escritores assíduos.
Coesão cria uma sequência harmoniosa entre os diversos momentos do texto.
Como criar coerência textual?
Para cumprir o seu propósito de transmissão de mensagens, um texto deve apresentar certas características que facilitem a apreensão do sentido pelo leitor, seguindo uma linha de pensamento que possa ser seguida e compreendida.
Aspectos essenciais na coerência textual:
- Escrita com clareza, simplicidade, objetividade e concisão;
- Estruturação de uma ideia principal e de ideias secundárias;
- Criação de uma linha de raciocínio e pensamento lógico;
- Entrelaçamento de ideias e harmonia entre fatos;
- Transmissão de informação relevante com ênfases nas partes mais importantes;
- Apresentação de informação suficiente sobre o assunto;
- Demonstração de um domínio total do assunto;
- Construção de um todo significativo.
Aspectos a evitar na coerência textual:
- Utilização desnecessária de palavras;
- Repetição de palavras;
- Redundância de ideias;
- Contradição de fatos;
- Existência de fatos isolados;
- Utilização de frases muito extensas;
- Uso de frases feitas, clichês, jargões, estrangeirismos;
- Uso de outros elementos que empobreçam o discurso.
- Escrita com clareza, simplicidade, objetividade e concisão;
- Estruturação de uma ideia principal e de ideias secundárias;
- Criação de uma linha de raciocínio e pensamento lógico;
- Entrelaçamento de ideias e harmonia entre fatos;
- Transmissão de informação relevante com ênfases nas partes mais importantes;
- Apresentação de informação suficiente sobre o assunto;
- Demonstração de um domínio total do assunto;
- Construção de um todo significativo.
- Utilização desnecessária de palavras;
- Repetição de palavras;
- Redundância de ideias;
- Contradição de fatos;
- Existência de fatos isolados;
- Utilização de frases muito extensas;
- Uso de frases feitas, clichês, jargões, estrangeirismos;
- Uso de outros elementos que empobreçam o discurso.
Como criar coesão textual?
Para a correta compreensão de um texto, é essencial também que haja uma ligação harmoniosa entre as suas diversas partes. Essa ligação é feita através de diversas estratégias, havendo assim diversos tipos de coesão textual.
Coesão referencial
Na coesão referencial são utilizados elementos, como pronomes e expressões adverbiais, que evitam a repetição de elementos já mencionados no texto aquando de nova referência.
- Você viu minha irmã por aí? Ela disse que vinha para aqui.
- Essa mochila é minha. Onde está a sua?
- Já arrumei todas as minhas gavetas, menos aquela.
- Você viu minha irmã por aí? Ela disse que vinha para aqui.
- Essa mochila é minha. Onde está a sua?
- Já arrumei todas as minhas gavetas, menos aquela.
Coesão sequencial
Na coesão sequencial é estabelecida uma coesão por conjunção, sendo utilizados conectivos
e expressões que dão continuidade aos assuntos, estabelecendo uma sequência e relação com aquilo que já foi afirmado, como por conseguinte, embora, logo, com o fim de, caso,...
- Perante aquela situação, foi fácil tomar uma decisão.
- Isto posto, continuaremos realizando nosso trabalho.
- Perante aquela situação, foi fácil tomar uma decisão.
- Isto posto, continuaremos realizando nosso trabalho.
Coesão lexical
Na coesão lexical são utilizados recursos coesivos que permitem a manutenção do tema sem repetições vocabulares.
- Um dos cientistas estava próximo de mais uma descoberta. Os restantes investigadores aguardavam as conclusões.
- A savana estava repleta de leões e leoas. Esses magníficos mamíferos selvagens.
- Ainda estou cozinhando o arroz. Quando acabar de o fazer, poderemos almoçar.
Recursos coesivos lexicais:
Sinonímia: utilização de sinônimos, como convencer e persuadir.
Hiponímia e hiperonímia: uso de substantivos específicos e genéricos, como leão e mamífero.
Repetição: emprego de palavras repetidas com intuito de destacar ou reforçar uma ideia, como enormes vontades, enormes esforços, enormes desilusões.
Nominalização: utilização de substantivos, verbos e adjetivos relacionados, como felicidade, feliz e felicitar.
Substitutos universais: uso termos que substituem outros, como pronomes, numerais e mesmo alguns verbos, como o verbo fazer.
- Um dos cientistas estava próximo de mais uma descoberta. Os restantes investigadores aguardavam as conclusões.
- A savana estava repleta de leões e leoas. Esses magníficos mamíferos selvagens.
- Ainda estou cozinhando o arroz. Quando acabar de o fazer, poderemos almoçar.
Hiponímia e hiperonímia: uso de substantivos específicos e genéricos, como leão e mamífero.
Repetição: emprego de palavras repetidas com intuito de destacar ou reforçar uma ideia, como enormes vontades, enormes esforços, enormes desilusões.
Substitutos universais: uso termos que substituem outros, como pronomes, numerais e mesmo alguns verbos, como o verbo fazer.
Coesão por elipse
Na coesão por elipse é feita a omissão de elementos anteriormente mencionados, desde que facilmente identificáveis.
- Minha mãe está na feira. Foi comprar frutas e verduras.
- Mariana e Paula são melhores amigas. Querem viajar juntas.
- Minha mãe está na feira. Foi comprar frutas e verduras.
- Mariana e Paula são melhores amigas. Querem viajar juntas.
Coesão por substituição
Na coesão por substituição são também utilizadas palavras que retomam termos já referidos, havendo, contudo, uma nova definição desse termo, sem que haja correspondência total ao primeiro termo.
- Meu pai pediu bolo de chocolate, eu pedi um de limão.
- Para a festa, ela comprou um vestido novo. Eu vou comprar também.
- Meu pai pediu bolo de chocolate, eu pedi um de limão.
- Para a festa, ela comprou um vestido novo. Eu vou comprar também.
Outros recursos que contribuem para a coesão textual
Além do acima exposto, é essencial que haja:
- Correta ordenação das palavras no período;
- Correto uso de desinências nominais (marcas de gênero e número);
- Correto uso de desinências verbais (flexão em número, pessoa, modo e tempo);
- Correta utilização de preposições e conjunções.
Atividade de Língua Portuguesa
Construa uma nova versão do texto abaixo, utilizando, em relação à palavra baleia, os mecanismos de coesão que julgar adequados.- Correta ordenação das palavras no período;
- Correto uso de desinências nominais (marcas de gênero e número);
- Correto uso de desinências verbais (flexão em número, pessoa, modo e tempo);
- Correta utilização de preposições e conjunções.
Texto
Todos os anos dezenas de baleias encalham nas praias do mundo e até há pouco nenhum oceanógrafo ou biólogo era capaz de explicar por que as baleias encalham. Segundo uma hipótese corrente, as baleias se suicidariam ao pressentir a morte, em razão de uma doença grave ou da própria idade, ou seja, as baleias praticariam uma espécie de eutanásia instintiva. Segundo outra, as baleias se desorientariam por influência de tempestades magnéticas ou de correntes marinhas.
Agora, dois pesquisadores do Departamento de História Natural do Museu Britânico, com sede em Londres, encontraram uma resposta científica para o suicídio das baleias. De acordo com Katharine Parry e Michael Moore, as baleias são desorientadas de suas rotas em alto-mar para as águas rasas do litoral por ação de um minúsculo verme de apenas 2,5 centímetros de comprimento.
Atividade de Língua Portuguesa
Construa uma nova versão do texto abaixo, utilizando, em relação à expressão muita gente e Brasil , os mecanismos de coesão que julgar adequados.
Texto
Muita gente votou nas últimas eleições. Muita gente pensava que as coisas iriam mudar radicalmente, mas muita gente estava enganada. O Brasil parece que levará ainda um tempo muito grande para amadurecer. O que o Brasil precisa, entretanto, para chegar a ficar maduro, é manter arejada e viva a democracia.