domingo, 10 de abril de 2016

ATIVIDADES COM DICIONÁRIO - SEQUÊNCIA DIDÁTICA


DICIONÁRIO: A CASA DAS PALAVRAS


JUSTIFICATIVA


Esta sequência didática enfoca um tema muito presente na escola, mas muitas vezes não suficientemente analisado nas aulas de Língua Portuguesa. Afinal, todos estamos sempre insistindo em que os alunos consultem o dicionário, mas nem sempre tomamos esse tipo de obra como objeto específico de nosso trabalho escolar.


Nossa intenção, com este trabalho, consiste basicamente em analisar aspectos do modo de organização do dicionário, o livro que registra o léxico (como a estrutura dos verbetes e o modo como eles se distribuem na obra lexicográfica). Primeiramente, é um dos momentos privilegiados para observar a integração entre o estudo de análise linguística e o estudo do texto.


Além disso, o estudo do léxico prepara de modo adequado o estudo das classes de palavras. Afinal, um dos momentos em que mais claramente se vislumbra a funcionalidade social desse conhecimento é a consulta aos dicionários, tendo em vista que os verbetes, na quase totalidade dos casos, registram a classe do vocábulo.


Nesta Sequência Didática, trabalhamos aspectos relevantes da organização do léxico: a polissemia e as relações lexicais, como a sinonímia e a antonímia, explorando situações que explicitam a funcionalidade semântico-textual dessas categorias.


OBJETIVOS


· Ler, compreender e interpretar os gêneros: verbete de dicionário, tirinha, conto, poema e crônica;


· Perceber os diferentes usos do dicionário;


· Ler textos informativos;


· Buscar informação explícita em texto informativo;


· Ampliar o vocabulário por meio de consulta ao dicionário;


· Conhecer as partes que compõem um verbete:


· Reconhecer ordem alfabética;


· Conhecer abreviaturas;


· Refletir sobre características básicas do modo como se organizam as palavras de um idioma;


· Perceber a funcionalidade semântico-textual das categorias lexicais;


· Reconhecer onomatopéias;


· Diferenciar sentido figurado e não figurado de palavras e expressões;


· Perceber a polissemia das palavras;


· Estabelecer relações lexicais de sinonímia e antonímia.


CONTEÚDOS:


· Leitura e interpretação de verbetes, tirinhas, conto, poesia e crônica;


· Uso do dicionário;


· Leitura de textos informativos;


· Busca de informações explícitas em textos informativos;


· Ampliação do vocabulário;


· Busca no dicionário;


· Partes do verbete;


· Ordem alfabética;


· Abreviaturas;


· Funcionalidade semântico-textual das categorias lexicais;


· Onomatopeias;


· Sentido figurado e sentido não-figurado;


· Polissemia;


· Sinonímia e antonímia.


Dicionário: a casa das palavras


Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa,dicionário é o “conjunto de vocábulos duma língua ou de termos próprios duma ciência ou arte, dispostos, em geral, alfabeticamente, e como o respectivo significado, ou a sua versão em outra língua”. Podemos dizer que, mais que um conjunto de palavras, ele é uma ferramenta muito importante na hora de entender um texto. Cada palavra pode ter mais de um significado, dependendo do contexto em que é utilizada. Por isso, cada verbete do dicionário traz vários significados para aquela entrada.


O dicionário pode ser utilizado nas mais diversas situações: para esclarecer dúvidas de ortografia (como se escreve uma palavra); tirar dúvidas sobre significados das palavras; indicar as situações mais comuns em que a palavra é usada; informar a classe gramatical da palavra; mostrar como a palavra é pronunciada; dizer qual a origem da palavra (etimologia), entre outras.


COMO SÃO FEITOS OS DICIONÁRIOS?


O primeiro passo para fazer um dicionário é “catar” um montão de palavras que andam soltas por aí, passeando de boca em boca e descansando nos textos escritos.


O tipo de dicionário mais conhecido é o monolíngüe (de uma língua). É o caso, por exemplo, do Aurélio, para o português, ou do Webster, para o inglês. Mas existem outros tipos de dicionário, como os profissionais ou científicos.


· Levar para a sala de aula outros tipos de dicionários para que os alunos conheçam.


ATIVIDADE 1


1) Observe as listas de palavras e pinte, em cada lista, a palavra que aparece primeiro no dicionário.



1


peixe


peixaria


peixeiro



2


casa


casal


casamento



3


nadar


nado


nadadeira



4


rosa


roseira


rosa-dos-ventos



5


carta


cartão


Cartaz



6


provavelmente


provável


prova



7


regra


régua


regular



8


caráter


característica


caracteres



9


coisa


cousa


Causa



10


botica


butique


bodega


2) As palavras abaixo aparecem como verbetes em seu dicionário? Se não aparecem, como você pode encontrá-las?

1


felicíssimo

2


explorável


3


cabeção


4


dramaticamente

5


escutou

3) Leia o seguinte verbete de dicionário:


Cadeia [Do lat. Catena] S.f. 1. Corrente de anéis ou de elos de metal; grilhagem, grilhão. 2.V. grilhão (3).3. Casa de detenção. [Sin., nesta acepç. (alguns pop. Ou de gír.): buque, calabouço, cana, cárcere, catita, cubículo, dita, gaiola, grades, jejé, pote, presídio, prisão, xadrez, xilindró.] 4.Cativeiro, escravidão, sujeição. 5. Conjunto de fatos ou fenômenos que ocorrem sucessivamente: uma cadeia de explosões. 6.Série ininterrupta de objetivos semelhantes. 7.Conjunto de lojas ou estabelecimentos pertencentes a uma mesma firma: cadeia de supermercados. 8.Rede de emissoras de rádio e/ou televisão que difundem o mesmo programa. 9. Álg. Mod. Conjunto linearmente ordenado. 10. Arquit. Pilastra para reforçar paredes, empregada, em geral, na sustentação das vigias dos sobrados.


CADEIA. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio de Língua Portuguesa.


a) Qual a entrada desse verbete?


______________________________________________________________


b) Quantas acepções o vocábulo “cadeia” tem nesse verbete?


______________________________________________________________


c) O verbete traz outros elementos, além das acepções da palavra. Reúna-se com um colega e, em dupla, tente descobrir que outras informações aparecem nesse verbete e anote-as nas linhas abaixo:


____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________






4) Mafalda está às voltas com um dicionário! Leia a tira:


http://www.revistameubairro.com.br/educacional/portugues/2013/HERICO/mafalda.jpg






1) Por que Mafalda jogou o dicionário na lixeira?




____________________________________________________________________________________________________________________________________






2) O que significa o ponto de interrogação no último quadrinho?


__________________________________________________________________






3) Que fala poderia substituir o ponto de interrogação nesse caso?


____________________________________________________________________________________________________________________________________






4) Na tira, está reproduzido um verbete de dicionário. Copie o trecho em que ele aparece:


____________________________________________________________________________________________________________________________________






5) Chamamos de verbete o conjunto das acepções e exemplos referentes a um vocábulo na organização de um glossário, dicionário ou enciclopédia. Da reprodução do verbete presente na tirinha, indique:


a) o origem da palavra sopa: _____________________________________________


b) o seu significado: __________________________________________________






6) Procure a palavra “sopa” no dicionário e registre os sentidos diferentes que aparecem numerados:


______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________






7) Acepção é o nome dado aos diferentes sentidos em que se emprega um termo. Como você percebeu, o vocábulo “sopa” não tem apenas uma acepção. Identifique os diferentes sentidos da palavra “sopa” nesta frase:


Para Mafalda, tomar sopa não é sopa.


____________________________________________________________________________________________________________________________________






8) Marque um X diante da oração em que a palavra “sopa” foi usada no mesmo sentido do apresentado na tira de Mafalda:


( ) Vai ser sopa fazer esse trabalho!


( ) A sopa está muito quente!


( ) Se ele der sopa, vai ser passado para trás.


( ) Nesta época do ano, a uva está dando sopa.






Ao lermos um verbete, aprendemos que as palavras têm vários sentidos, os quais vêm numerados, começando pelos significados de uso mais frequente. O dicionário ajuda a resolver dúvidas quanto à classe gramatical de determinada palavra, indicando, por exemplo, se ela é um substantivo ou um verbo. Além, é claro, de nos socorrer, quando temos dúvidas de grafia, ou seja, no modo de escrever a palavra.






Para compreender as informações em um verbete, é necessário conhecermos as abreviaturas usadas. Para você saber mais sobre esse assunto, consulte as primeiras páginas de um dicionário e encontrará uma lista delas.


9) Por que o dicionário utiliza abreviaturas?


__________________________________________________________________


10) Pesquise no dicionário e responda:


a) De que modo são abreviadas as palavras da lista de abreviaturas de um dicionário? Explique:


____________________________________________________________________________________________________________________________________


b) Volte ao verbete “cadeia” e escolha cinco palavras que estão abreviadas e escreva-as por extenso, de acordo com as abreviaturas presentes no seu dicionário:


11) Observe este verbete com bastante atenção:


Manga1 . [Do lat. Manica, ‘manga de túnica’.] S.f.1. Parte do vestuário onde se enfia o braço. 2. Filtro afunilado, para líquidos. 3. Qualquer peça de forma tubular que reveste ou protege outra peça: a manga do candeeiro.


MANGA1. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. 3.ed. imp. Curitiba: Positivo, 2007. P.1265


a) Cite os seguintes elementos desse verbete:


* Entrada: ________________________


* Origem: ________________________


* Classe e gênero da palavra: ___________________________________


* As acepções da palavra: ____________________________________________________________________________________________________________________________________


b) Por que está escrito manga1?


__________________________________________________________________


12) Observe:


Manga3 .[Do malaiala manga.] S.f.1. O fruto da mangueira2 2. Bot. Mangueira2.


a) Que diferença de sentido há entre manga1 e manga2?


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b) A origem da palavra é a mesma?


__________________________________________________________________


13) No caso de cadeia, todos os sentidos da palavra aparecem em um único verbete. Mas, no caso de manga, o dicionário apresenta os sentidos em um único verbete. Por que, às vezes, os sentidos estão em um verbete, às vezes, em dois ou mais verbetes?


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14) Pesquise no dicionário e indique mais dois exemplos em que diferentes significados de uma mesma palavra aparecem em verbetes separados:


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ESTAÇÃO LEITURA


Leia o texto abaixo, divirta-se e, depois, use o dicionário para confirmar o significado de palavras desconhecidas.










Tonia e Holopofi ou o pavão


Era uma vez um pavão chamado Arlindo Eugênio Felisberto. Você não sabia que os bichos têm nome? Pois fique sabendo que os bichos têm nome? Pois fique sabendo que os bichos também não sabem que as pessoas têm nome. A única diferença é que não são os pais, e sim, os próprios bichos que escolhem seus nomes. E o pavão Arlindo Eugênio Felisberto escolheu esse triplo nome para ele, porque se achava lindo, genial de tão inteligente e completamente feliz. Ele era o mais feliz dos bichos, porque sabia que era inteligente e lindo.


Arlindo morava perto de um grande galinheiro, que deveria se chamar Aveiro, porque galinha era apenas um dos tipos de aves que moravam ali. Arlindo esperava que várias galinhas e outras aves estivessem por perto para abrir sua cauda. Ele a abria bem devagar, pena por pena, e esse espetáculo produzia um som suave, elegante e melodioso: SVLUUUFFFFF.


As galinhas e as outras aves não podiam aplaudir, porque as galinhas e as outras aves não têm mãos, mas elas faziam um alvoroço maior que uma grande salva de palmas, quando Arlindo terminava de abrir sua cauda e muito calmamente virava a cabeça para cá e para lá, fingindo que não sabia que o alvoroço tinha acontecido por sua causa.


Um dia apareceu um filhote de cisne horroroso de tão feio e perguntou a Arlindo:


- Será que sou seu filho?


O pavão ficou surpreso com a pergunta que SVLUUUFFFF, abriu sem querer sua cauda. Vendo aquela maravilha, o filhote de cisne devia se mancar e seguir seu caminho, mas ele disse:


- Que cauda bonita o senhor tem! Tomara que eu seja seu filho! Será que eu sou seu filho? Sou?


Arlindo Eugênio Felisberto passou de surpreso a indignado, pelo fato de um bicho tão sem charme, sem elegância e principalmente sem beleza ter a ideia infame de que poderia ser filho dele. Mas logo teve um ataque de riso, porque a ideia era mais do que infame; era ridícula, patética e muito engraçada. E tanto riu e gargalhou que não conseguiu dizer nada para o filhote de cisne, que se afastou cabisbaixo, como se já tivesse sido mal recebido por vários outros candidatos a pais.


Arlindo não ficou morando ali por muito tempo. Algumas semanas depois desse encontro, que ainda dava cócegas nele e o fazia rir sozinho, um outro tipo de bípede assistiu ao SVLUUUFFFF, o espetáculo da abertura de cauda. Um bípede humano, que naquele mesmo dia catou Arlindo, enfiou num engradado e o levou para longe. No caminho o pavão tremia de medo, porque tinha ouvido falar de aves que viravam almoço e jantar dos humanos. Mas quando chegou em sua nova residência, já pôde conversar com alguns dos novos vizinhos e ficou sabendo que ali viviam muitos bichos, de todos os tipos, e que muitos bípedes humanos passeavam por ali. Esses visitantes comiam coisas de cheiro muito forte, alimentavam os moradores quando os guardas não estavam olhando e admiravam o tamanho, os dentes, apele, as plumas, a força e a beleza dos bichos de todos os tipos. Arlindo Eugênio Felisberto sorriu e disse para si mesmo:


- Gostei! Eu posso continuar sendo feliz aqui!


Arlindo foi, até o fim de sua vida, uma das grandes atrações desse local, e o alvoroço era sempre grande quando ele abria sua cauda, com um suave, elegante e melodioso SVLUUUFFFF.


FFFIIIMMMMMMMMM.


SOUZA, Flavio de. Que história é essa? 2. Ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. P.12-13.






ATIVIDADES:


1) Consulte o dicionário para saber o(s) significado(s) das seguintes palavras:






a)alvoroço: ___________________________________________________






b)indignado: ___________________________________________________






c)infame: _____________________________________________________






d)patética: ____________________________________________________






e)argalhou: ____________________________________________________






f)cabisbaixo: ____________________________________________________






g)bípede: _______________________________________________________






2) Que outras palavras do texto você não conhece? Identifique-as e procure o significado de cada uma delas no dicionário. Depois, escreva-as em seu caderno.


3) Que expressão do texto indica que vai ser contada uma história?


4) Qual a relação entre o nome do personagem – Arlindo Eugênio Felisberto – e suas características?


5) Pelas atitudes de Arlindo, como ele era?


6) Em quais espaços físicos a história ocorre?


7) Ao lermos o 1º parágrafo desse texto, percebemos que o autor faz referência a um personagem de uma história clássica. Quem é esse personagem e à qual história pertence?


8) Com que intenção o autor escreveu SVLUUUFFFF? Que nome esse recurso de linguagem recebe?


Análise e reflexão...


Falando em bicho... o que será que está acontecendo com o Grilo? Leia o poema abaixo e descubra qual é o problema dele:














Grilo grilado




















No fundo


Não ilude.


É só reparar


Em sua atitude


Pra se desconfiar.






O grilo


Coitado


Anda grilado


E quer um analista


E quer um doutor






Seu grilo


Eu sei:


O seu grilo


É um grilo


De amor.













O grilo coitado




Anda grilado.


E eu sei


O que há.






Salta pra aqui


Salta pra ali


Cri-cri pra cá


Cri-cri pra lá.






O grilo


Coitado


Anda grilado


E não quer contar.






















JOSÉ, Elias. Um pouco de tudo: de bichos, de gente, de flores. São Paulo: Paulus, 1982. P.21.






1) O poeta brinca com um vocábulo que apresenta mais de um sentido já no título do poema.


a) Quais os significados que a palavra “grilo” tem no texto?


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b) Cite um trecho do texto com o sentido 1 e outro com o sentido 2:


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c) De que modo ficamos sabendo quando é um sentido ou outro?


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Os significados das palavras...






2) Além que a palavra “grilo” tem no texto?


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a) Que palavra é essa?


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b) Quais sentidos que ela tem nesses versos?


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3) Leia este verbete:






grilo[Do lat. Grillu.] S.m.1. Zool. Inseto, ortóptero, griloideo, de coloração geralmente parda ou escura, com antena muito mais longa que o corpo, [...]. 5. Fig. Preocupação, amolação, chateação[...].


GRILO. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. 3. Ed. 3. Imp. Curitiba: Positivo, 2007. p. 1005.






a) Por que o dicionário colocou em primeiro lugar o significado de “grilo” como “inseto”?


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b) Na segunda acepção – grilo como “preocupação, chateação” – aparece abreviatura Fig. O que isso quer dizer?


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A propriedade das palavras de apresentar muitos sentidos chama-se polissemia.


POLI= “muitos SEMIA= “sentidos, significados”






4) Leia o texto:






Minhocas na cabeça






- Seu doutor, estou grilado, meu pé está formigando.


É algo grave ou estou procurando sarna pra me coçar?


- Já lhe digo o que é: tire as minhocas da cabeça, é só um bicho-de-pé.






OLIVEIRA, Marcelo R.L. Nós eos bichos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001.


a) Como você viu, o texto brinca com o sentido figurado de algumas expressões. Quais são elas? Qual delas já apareceu em outro texto?


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b) O que essas expressões significam?


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c) O que há de comum entre as palavras que formam essas expressões?


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d) Na maioria das vezes, o texto fala de bichos, em sentido figurado. Qual o bicho mencionado no texto em sentido não figurado?


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A ordem alfabética






As palavras no dicionário em ordem alfabética. Se quisermos procurar uma palavra, tomamos por base a ordem alfabética da primeira letra, depois da segunda e assim por diante.


Exemplo: LIVRO – 1ª l, 2ª li, 3ª liv, 4ª livr, 5ª livro






Com essa dica, já sabemos, por exemplo, que a palavra livrariaestá antes da palavra livro por causa da 5ª letra: a. Veja:


Exemplo: LIVRARIA – 1ª l, 2ª li, 3ª liv, 4ª livr, 5ª livra,...






Além de ser encontrada nos dicionários, a ordem alfabética também é usada em várias situações por ser um princípio organizador e permitir ao leitor localizar com facilidade o que ele deseja. É comum aparecerem em ordem alfabética o nome das pessoas em listas de chamadas, o nome de cidades em guias turísticos, os sobrenomes de pessoas em listas telefônicas, os verbetes em enciclopédias, o nome de autores nos fichários de bibliotecas e em catálogos de livros, etc.






Busca de sinônimos para evitar repetições






Dependendo do gênero textual, não é muito apropriado repetir palavras sem necessidade. Aliás, essa é uma das utilidades do dicionário: encontrar sinônimos para evitar as repetições desnecessárias.






1) O texto a seguir tem uma repetição que pode ser evitada:


















XII FIG tem altos e baixos


O XII Festival de Inverno de Garanhuns teve seus altos e baixos. A parte positiva ficou pelas ótimas apresentações na Esplanada Guadalajara dos fantásticos Quinteto Violado, Cidade Negra e Roupa Nova. [...] Milhares de pessoas simplesmente adotaram o Parque e prestigiaram-no em suas variadas atrações. O circo, a dança, a pirâmide, a música alternativa, todos juntos, em seus variados estilos, atraíram pessoas das mais variadas cidades.


XII FG tem altos e baixos. A Gazeta, Garanhuns (PE). 1 ago.2002.






a) Que palavra está repetida nesse texto?


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b) Que sinônimo podem ser usadas para evitar essa repetição?


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2) O poema é um dos gêneros textuais que tem “permissão” para abusar das repetições. Aliás, esse é um dos recursos mais utilizados pelos poetas para dar emoção em seus textos. Leia o poema a seguir e confira:






Ou Isto ou Aquilo


Ou se tem chuva e não se tem sol




ou se tem sol e não se tem chuva!






Ou se calça a luva e não se põe o anel,


ou se põe o anel e não se calça a luva!






Quem sobe nos ares não fica no chão,


quem fica no chão não sobe nos ares.






É uma grande pena que não se possa


estar ao mesmo tempo em dois lugares!






Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,


ou compro o doce e gasto o dinheiro.






Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...


e vivo escolhendo o dia inteiro!






Não sei se brinco, não sei se estudo,


se saio correndo ou fico tranqüilo.






Mas não consegui entender ainda


qual é melhor: se é isto ou aquilo.











MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Rio da janeiro: Nova Fronteira, 1996.


a) Do que fala o poema?


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b) Que palavra aparece no poema para indicar mais de uma opção?


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c) Você diria que esse poema foi feito com base em palavras sinônimas ou antônimas? Explique e dê exemplos:


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d) Por que as repetições usadas no poema não causaram cansaço ao leitor?


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Minhas férias - Luis Fernando Veríssimo






Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu cachorro (Dogman) nascemos em apartamento, e, até os 5 anos de idade, sempre que via um passarinho numa árvore, eu gritava "aquele fugiu!" e corria para avisar um guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu o preço dos hotéis, apesar de a minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e a minha irmã (Su) insistir em levar o toca- discos e toda a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa que eu gosto é confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando "será que não tem cobra?", e o meu pai perdeu a paciência e disse "entra no carro e vamos embora", porque nós ainda nem tínhamos saído da garagem do edifício. Na estrada tinha tanto buraco que o carro quase quebrou, e nós atrasamos, e quando chegamos ao local do camping já era noite, e o meu pai disse "este parece ser um bom lugar, com bastante grama e perto da água", e decidimos deixar para armar a barraca no dia seguinte e dormir dentro do carro mesmo; só que não conseguimos dormir porque o meu cachorro (Dogman) passou a noite inteira querendo sair do carro, mas a minha mãe não deixava abrirem a porta, com medo de cobra; e no dia seguinte tinha a cara feia de um homem nos espiando pela janela, porque nós tínhamos estacionado o carro no quintal da casa dele, e a água que o meu pai viu era a piscina dele e tivemos que sair correndo. No fim conseguimos um bom lugar para armar a barraca, perto de um rio. Levamos dois dias para armar a barraca, porque a minha mãe tinha usado o manual de instruções para limpar umas porcarias que o meu cachorro (Dogman) fez dentro do carro, mas ficou bem legal, mesmo que o zíper da porta não funcionasse e para entrar ou sair da barraca a gente tivesse que desmanchar tudo e depois armar de novo. O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos já saiu da água cozinhado, mas não deu para comer, e o melhor de tudo é que choveu muito, e a água do rio subiu, e nós voltamos pra casa flutuando, o que foi muito melhor que voltar pela estrada esburacada; quer dizer que no fim tudo deu certo.






Na trilha do texto


1) O título do texto sugere que tipo de história?


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2) Que história o texto conta?


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3) Cite o nome do autor do texto. Com o auxílio de seu professor, escreva o nome de outras obras desse autor.


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4) Muitas situações que ocorrem nessa história são “sérias”, mas se tornaram engraçadas pela forma como são contadas. Encontre, pelo menos, duas delas.


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5) Retorne ao texto e observe a forma como ele foi escrito. Que aspecto chama a atenção quanto à forma de apresentação do texto?


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6) Quais são os personagens dessa história?


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7) Em que pessoa o texto é narrado, ou seja, qual é o tipo de narrador que conta essa história? Exemplifique.


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8) Em uma narrativa, temos a fala do narrador e a dos personagens. Quando um personagem fala, usamos o discurso direto.


a) Transcreva dois trechos do texto em que é usado o discurso direto.


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b) Cite um trecho em que ocorra fala do narrador.


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9) Em que época a história acontece? Quais elementos do texto nos indicam o tempo em que os fatos aconteceram?


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10) De que modo a história acaba?


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Tempo de escrever


Produza um texto narrativo, com base em fatos reais do seu dia a dia. A história deverá ser contada em 1ª pessoa (narrador-personagem). Lembre-se de dar um toque de humor à sua história, como fazem os bons cronistas. Para isso, abuse das variedades linguísticas, dos exageros, das palavras ambíguas (com mais de um sentido) e de outros recursos que permitam transformar o seu texto em um texto humorístico.


Aplicando conhecimentos






Você já reparou que, às vezes, quando estamos lendo, podemos compreender o sentido de uma palavra que antes não conhecíamos? Como isso é possível? Lendo o texto a seguir você pode ter essa experiência.






Histórias para o rei






Nunca podia imaginar que fosse tão agradável a função de contar histórias, para a qual fui nomeado por decreto do Rei. A nomeação colheu-me de surpresa, pois jamais exercitara dotes de imaginação, e até me exprimo com certa dificuldade verbal. Mas bastou que o Rei confiasse em mim, para que as histórias me jorrassem da boca à maneira de água corrente. Nem carecia inventá-las. Inventavam-se a si mesmas.


Este prazer durou seis meses. Um dia, a Rainha foi falar ao Rei que eu estava exagerando. Contava tantas histórias que não havia tempo para apreciá-las e mesmo para ouvi-las. O Rei, que julgava minha facúndia uma qualidade, passou a considerá-la defeito e ordenou que eu só contasse meia história por dia e descansasse aos domingos. Fiquei triste, pois não sabia inventar meia história. Minha insuficiência desagradou, e fui substituído por um mudo, que narra por meio de sinais e arranca os maiores aplausos.






1) Por que, no início, o narrador não se sentia confiante em seu novo emprego? E depois como se sentiu?


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2) O que o Rei achou inicialmente das histórias do narrador? E depois, por que o Rei mudou de opinião?


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3) No texto, aparece pelo menos uma palavra de uso raro na língua portuguesa. Que palavra é essa?


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4) Provavelmente você não conhece o significado dessa palavra. Mas, pelo contexto, pode tentar descobri-lo. Discuta com seus colegas o significado dela no contexto e transcreva-o aqui:


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5) Agora, a confirmação. Vamos ao dicionário descobrir o que significa a misteriosa palavra? Pesquise e anote:


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6) Esta tira explora o duplo sentido de dois vocábulos:





a) Quando perguntamos a uma pessoa se ela sabe “mexer com computador”, o que queremos saber com essa pergunta?


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b) Como o segundo personagem da tira entendeu a pergunta?


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c) Além de “mexer”, que outra palavra da tira está empregada em sentido figurado? O que ela significa na tira?


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d) Escreva o sentido real das duas palavras que aparecem em sentido figurado na tira.


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Atividades extraídas do Livro: SISTEMA DE ENSINO APRENDE BRASIL


1º volume Ensino Fundamental p. 24-44


Encontrei aqui: http://lpsmedsantoangelo.blogspot.com.br/2014/07/atividades-com-dicionario.html

EU/MIM



eu / mim

Pronomes do caso reto
Eu
Tu
Ele
Nós
Vós
eles 

Oblíquos tônicos
Mim, comigo
ti, contigo
si consigo
conosco
convosco
si, consigo

As gramáticas da língua portuguesa sempre recomendam que as formas oblíquas tônicas dos pronomes pessoais sejam regidas de preposição.


•Romualdo não vive sem mim.


Meu amor pertence a ti; o teu, a mim.


•Minha filha precisa de mim.


•Aquele egoísta só pensa em em si (mesmo).

Observação:
use sempre as construções entre mim e ti.

Expressões como"entre eu e ele";
"entre eu e você"são consideradas desvio da norma culta.


De acordo com a norma culta da língua, costuma haver confusão entre pronome pessoal do caso oblíquo tônico "mim" e o pronome pessoal do caso reto "eu".


Exemplo:

Você sempre ficou entre mim e o Romualdo.


A norma culta condenaria, por exemplo, o uso de( Você ficou entre eu e Romualdo...), porque "entre" é uma preposição e exige, como já ressaltado, o pronome na forma oblíqua tônica "mim", e não a forma pessoal do caso reto "eu".


Outros casos:


- O delegado fez de tudo para eu falar.
- Não façam nada sem eu saber.


Nas frases acima, o pronome eu é sujeito de um verbo no infinitivo que vem a seguir. Para ter certeza, façamos o teste. É como se disséssemos:


O delegado fez de tudo para que eu falasse.
Não façam nada sem que eu saiba.


Cumpre evitar-se uma incorreção muito generalizada, que consiste em dar forma oblíqua ao sujeito do verbo infinitivo. Diga-se:


•Aquela não é tarefa para eu realizar.
e não:
•Aquela não é tarefa para mim realizar."( mim não pode ser sujeito)


Do cruzamento de duas construções perfeitamente corretas:


•Isto não é trabalho para eu fazer
e
•Isto não é trabalho para mim, surgiu uma terceira:


•Isto não é trabalho para mim fazer, em que o sujeito do verbo no infinitivo assume a forma oblíqua, contrariando a norma culta.


Observação:


Só existe um caso em que o verbo no infinitivo pode vir depois do pronome
”mim”. É quando mim não é sujeito do verbo em questão, mas complemento nominal do adjetivo difícil.
Exemplo:


E difícil para mim resolver esta questão.


“difícil para mim”( mim é complemento nominal do adjetivo difícil e não sujeito do verbo resolver.


“Resolver esta questão” é sujeito oracional( oração subordinada subjetiva)



Exercícios
1.Complete com “eu” ou “mim”:


- eles chegaram antes de ____ .
- há algum trabalho para _____ fazer?
- há algum trabalho para ____ ?
- ele pediu para _____ elaborar alguns exercícios;
- para _____, viajar de trem é uma aventura deliciosa;


a) mim – mim – mim – mim – mim;
b) mim – eu – eu – eu – mim;
c) eu – eu – mim –mim – eu;
d) eu – mim –eu – mim – eu;
e) mim – eu – mim – eu – mim.


2. Era para _________ falar ________ ontem, mas não __________ encontrei em parte alguma.

a) mim – consigo – o;
b) eu – com ele – lhe;
c) mim – consigo – lhe;
d) mim – contigo – te
e) eu – com ele – o .
3. Leia atentamente as seguintes frases:

I - João deu o livro para mim ler.
II - João deu o livro para eu ler.

A respeito das frases anteriores, assinale a afirmação correta:


a) a frase I está certa, pois a preposição para exige o pronome oblíquo mim.
b) a frase II está certa¸ pois o sujeito de ler deve ser o pronome do caso reto eu.
c) a frase I está certa, pois mim é objeto direito de deu.
d) a frase II está certa, pois para exige o pronome do caso reto eu.
e) ambas as frases estão corretas, pois a preposição para pode exigir a forma mim quanto a eu.
4.Complete as lacunas com o pronome correto:


“Este encargo é para _________ assumir sozinho, sem que se repartam as responsabilidades
entre __________ .”


a) mim - eu e ti;
b) mim - mim e tu;
c) mim - mim e ti;
d) eu - eu e ti;
e) eu - mim e ti.5. Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços.

I - de presente, deu-lhe, um livro para _____ ler.
II - de presente, deu um livro para _______ .
III - nada mais há entre _______ e você .
IV - sempre houve entendimentos entre _______ e ti.
V - José, espere, vou _______ .


a) ela – mim – eu – eu – consigo;
b) ela – eu – mim – eu – consigo;
c) ela – mim – mim – mim – com você;
d) ela – mim – eu – eu – consigo;
e) ela – mim – eu – mim – consigo.

GABARITO AQUI

terça-feira, 5 de abril de 2016

Recursos estilísticos- Figuras de linguagem, de pensamento etc.



Figuras de Linguagem

São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividem-se em figuras de som,figuras de palavrasfiguras de pensamento e figuras de construção.
Classificação das Figuras de Linguagem
Observe:


1) Fernanda acordou às sete horas, Renata às nove horas, Paula às dez e meia.
2) "Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela."
3) Seus olhos eram luzes brilhantes.

Nos exemplos acima, temos três tipos distintos de figuras de linguagem:
Exemplo 1: há o uso de uma construção sintética ao deixar subentendido, na segunda e na terceira frase, um termo citado anteriormente - o verbo acordar. Repare que a segunda e a última frase do primeiro exemplo devem ser entendidas da seguinte forma: "Renata acordou às nove horas, Paula acordou às dez e meia. Dessa forma, temos uma figura de construção ou de sintaxe.
Exemplo 2: a ideia principal do ditado reside num jogo conceitual entre as palavras fecha e abre, que possuem significados opostos. Temos, assim, uma figura de pensamento.
Exemplo 3: a força expressiva da frase está na associação entre os elementos olhos luzes brilhantes. Essa associação nos permite uma transferência de significados a ponto de usarmos "olhos" por "luzes brilhantes". Temos, então, uma figura de palavra.

Figura de Palavra

A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figuradosimbólico, seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma associação, uma comparação, uma similaridade. Esses dois conceitos básicos - contiguidade similaridade - permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: a metáfora e a metonímia.

Metáfora

A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira").
Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece.
Observe a gradação no processo metafórico abaixo:


Seus olhos são como luzes brilhantes.
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.
Observe agora:


Seus olhos são luzes brilhantes.
Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo:


As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa  é a verdadeira metáfora.
Observe outros exemplos:
1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa)
Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).
2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.
Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a lugar algum.

Metonímia

A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:


1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis(= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)

2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.)

3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.)

4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.)

5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a  morte. (= Sócrates tomou veneno.)

6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo.)

7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)

8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos jogadores.)

9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.)

10 -  Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)

11 -  Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheresforam chamadas, não apenas uma mulher.)

12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)

13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.)

14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado.)

Saiba que:
Atualmente, não se faz mais a distinção entre metonímia e sinédoque (emprego de um termo em lugar de outro), havendo entre ambos relação de extensão. Por ser mais abrangente, o conceito de metonímia prevalece sobre o de sinédoque.

Catacrese

Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original.
Exemplos:


"asa da xícara""batata da perna"
"maçã do rosto""pé da mesa"
"braço da cadeira""coroa do abacaxi"

Perífrase
Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Veja o exemplo:
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.
Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia.
Exemplos:


O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.

Sinestesia
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Exemplos:



Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil)
No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)
Figuras de Pensamento

Dentre as figuras de pensamento, as mais comuns são:

Antítese

Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. Observe os exemplos:
"O mito é o nada que é tudo." (Fernando Pessoa)
O corpo é grande e a alma é pequena.
"Quando um muro separa, uma ponte une."
"Desceu aos pântanos com os tapires; subiu aos Andes com os condores." (Castro Alves)
Felicidade tristeza tomaram conta de sua alma.

Paradoxo

Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias contraditóriasVeja o exemplo:
Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.
Eufemismo

Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.
Exemplos:
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu)
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
Ironia

Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em  ressaltar algum aspecto passível de crítica. A ironia deve ser muito bem construída para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emissor. Veja os exemplos abaixo:
Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima!
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.

Hipérbole

É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia. Exemplos:
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
"Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac)

Prosopopeia ou Personificação

Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos. Observe os exemplos:
As pedras andam vagarosamente.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.
Chora, violão.

Apóstrofe

   Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação.  Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos:
Moça, que fazes aí parada?
"Pai Nosso, que estais no céu..."

"Liberdade, Liberdade,
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade,
Dá que ouçamos tua voz..." (Osório Duque Estrada)

Gradação

   Consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou decrescente. Quando a progressão é ascendente, temos o clímax; quando é descendente, o anticlímax. Observe este exemplo:
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões...
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos olhos de Joana. Para chegar a esse detalhe, ele se refere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos. Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decrescente de intensidade. Outros exemplos:
"Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor". (Olavo Bilac)
"O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)
Figuras de Construção ou Sintáticas

As figuras de construção ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expressividade que se dá ao sentido.

Elipse

Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo contexto. Exemplos:
1) A cada um o que é seu. (Deve se dar a cada um o que é seu.)
2) Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma maneira. (Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho amo permitem-nos a identificação do sujeito em elipse "eu".)
3) Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.)
4) As rosas florescem em maio, as margaridas em agosto. (As margaridas florescem em agosto.)

Zeugma

Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado anteriormente. Exemplos:
Ele gosta de geografia; eu, de português.
Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só móveis modernos.
Ela gosta de natação; eu, de vôlei.
No céu há estrelas; na terra, você.

Silepse

A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a ideia que ele representa. É uma concordância anormal, psicológica, espiritual, latente, porque se faz com um termo oculto, facilmente subentendido. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.
    Silepse de Gênero
    Os gêneros são masculino feminino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:
    1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso.
    Nesse caso, o adjetivo bonita não está concordando com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade de Porto Velho).

    2) Vossa excelência está preocupado.
    Nesse exemplo, o adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa excelência.

    Silepse de Número
    Os números são singular plural. A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com a ideia que nele está contida. Exemplos:
    procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador.
    Como vai a turmaEstão bem?
    povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.

    Note que nos exemplos acima, os verbos andaramestão gritavam não concordam gramaticalmente com os sujeitos das orações (que se encontram no singular, procissãoturma povo, respectivamente), mas com a ideia de pluralidade que neles está contida. Procissão, turma e povo dão a ideia de muita gente, por isso que os verbos estão no plural.
    Silepse de Pessoa
    Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no sujeito.
    Exemplos:
    O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação.
    Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
    "Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos." (Machado de Assis)

    Observe que os verbos persistamostemos e somos não concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasileirosagricultores e cariocas que estão na terceira pessoa), mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas).

Polissíndeto / Assíndeto

Para estudarmos essas duas figuras de construção, é necessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre período composto. No período composto por coordenação, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo) é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assindética.
Recordado esse conceito, podemos definir as duas figuras de construção:

1) Polissíndeto

É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos. Observe o exemplo:
"Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila grita, luta ensanguenta, rola, tomba, se espedaça, morre." (Olavo Bilac)

"Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.

2) Assíndeto

É uma figura caracterizada pela ausência, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos:
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.
"Vim, vi, venci." (Júlio César)

Pleonasmo

Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva. Veja este exemplo:
O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.
Nesta oração, os termos "o problema da violência" e "lo" exercem a mesma função sintática: objeto direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pronome "lo" classsificado como objeto direto pleonástico.

Outro exemplo:
Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas.
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto
Nesse caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o pronome "lhes" exerce a função de objeto indireto pleonástico.

Exemplos:
"Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões)

"Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa)

"E rir meu riso." (Vinícius de Moraes)

"O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem." (Manuel Bandeira)

Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quando confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um pleonasmo vicioso. Exemplos:
Vi aquela cena com meus próprios olhos.
Vamos subir para cima.

Anáfora

É a repetição de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando assim, um efeito de reforço e de coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar determinado elemento textual. Os termos anafóricos podem muitas vezes ser substituídos por pronomes relativos. Assim, observe o exemplo abaixo:
Encontrei um amigo ontem. Ele disse-me que te conhecia. O termo ele é um termo anafórico, já que se refere a um amigo anteriormente referido. Observe outro exemplo:
"Se você gritasse
Se você gemesse,
Se você tocasse
a valsa vienense
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro José!" (Carlos Drummond de Andrade)

Anacoluto

Consiste na  mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos desligados do resto do período. Veja o exemplo:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
A expressão "esses alunos da escola" deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma interrupção da frase e essa expressão fica à parte, não exercendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é chamado de "frase quebrada", pois corresponde a uma interrupção na sequência lógica do pensamento.
Exemplos:
Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.
velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco)

Obs.: o  anacoluto deve ser usado com finalidade expressiva em casos muito especiais. Em geral, deve-se evitá-lo.

Hipérbato / Inversão

É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da ordem direta dos termos da oração. Exemplos:
São como cristais as palavras. (Na ordem direta seria: As palavras são como cristais.)
Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas.)
Vícios de Linguagem

   Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor. Observe:

Pleonasmo Vicioso ou Redundância

Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de uma informação na frase.
Exemplos:
Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.
Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
Encontraremos outra alternativa para esse problema.
Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.

Barbarismo

É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:
1) Pronúncia
a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico.
Por Exemplo: Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica)
b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.
Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (problemas)
c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.
Exemplos:
Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
O segurança deteu aquele homem. (deteve)
2) Morfologia
Exemplos:
Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
3) Semântica
Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou)
4) Estrangeirismos
Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou expressão correspondente na língua.
Exemplos:
show é hoje! (espetáculo)
Vamos tomar um drink? (drinque)

Solecismo

É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:
1) Concordância
Por Exemplo: Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia)
2) Regência
Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao)
3) Colocação
Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé)
Ambiguidade ou Anfibologia

Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase.
Exemplos:
Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
O pai  falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)

Cacofonia

Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.
Exemplos:
Uma mão lava outra. (mamão)
Vi ela na esquina. (viela)
Dei um beijo na boca dela. (cadela)

Eco

Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Por Exemplo: A divulgação da promoção não causou comoção na população.

Hiato

Ocorre quando há uma sequência de vogais, provocando dissonância.
Exemplos:
Eu a amo.
Ou eu ou a outra ganhará  o concurso.

Colisão

Ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Por Exemplo: Susaia sujou.


Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil12.php
Exercícios

1. Identifique os recursos estilísticos destacados nas frases a seguir. Trata-se de personificação, eufemismo, hipérbole, onomatopeia, catacrese, pleonasmo?

A. Os carros modernos não andam, voam.
B. Você não foi muito educado com a vizinha. 
C. Já lhe falei milhões de vezes que eu quero viajar nas férias.
D. "O vento beija meus cabelos" 
E. "Quando o sol bater na janela do teu quarto" 
F. "Te mando mil rosas roubadas"
G. perna do sofá está mole.
H. Ele morreu de rir ao ouvir a piada.
I.   Ele é desprovido de beleza.
J. "O cadáver de um defunto morto que já faleceu." 

2.Leia o texto I.

praa_c1
Tirei daqui

A figura de linguagem  presente no texto I é 
A. Catacrese
B. Hipérbole
C. Pleonasmo
D. Eufemismo
E. Personificação

3. Leia o texto II.

                                                                           Tirei daqui

A figura de linguagem  presente no texto II é 
A. Catacrese
B. Hipérbole
C. Pleonasmo
D. Eufemismo
E. Personificação

4. Leia o texto III.
Tirei daqui

A figura de linguagem  presente no texto III é 
A. Catacrese
B. Onomatopeia
C. Pleonasmo
D. Eufemismo
E. Personificação

5. Leia o texto IV

Conserva de alho 

Ingredientes

1 kg de dente de alho
2 kg de sal grosso 
750 ml de azeite
1 vidro grande de 3 litros ( tipo vidro de palmito)

O modo de fazer esta aqui


A figura de linguagem  presente no texto IV é 
A. Catacrese
B. Onomatopeia
C. Pleonasmo
D. Eufemismo
E. Personificação




Respostas

1. hipérbole, eufemismo, hipérbole, prosopopeia, prosopopeia, hipérbole, catacrese, hipérbole, eufemismo, pleonasmo
 2. C
 3. D
 4. B
 5. A