DICIONÁRIO: A CASA DAS PALAVRAS
JUSTIFICATIVA
Esta sequência didática enfoca um tema muito presente na escola, mas muitas vezes não suficientemente analisado nas aulas de Língua Portuguesa. Afinal, todos estamos sempre insistindo em que os alunos consultem o dicionário, mas nem sempre tomamos esse tipo de obra como objeto específico de nosso trabalho escolar.
Nossa intenção, com este trabalho, consiste basicamente em analisar aspectos do modo de organização do dicionário, o livro que registra o léxico (como a estrutura dos verbetes e o modo como eles se distribuem na obra lexicográfica). Primeiramente, é um dos momentos privilegiados para observar a integração entre o estudo de análise linguística e o estudo do texto.
Além disso, o estudo do léxico prepara de modo adequado o estudo das classes de palavras. Afinal, um dos momentos em que mais claramente se vislumbra a funcionalidade social desse conhecimento é a consulta aos dicionários, tendo em vista que os verbetes, na quase totalidade dos casos, registram a classe do vocábulo.
Nesta Sequência Didática, trabalhamos aspectos relevantes da organização do léxico: a polissemia e as relações lexicais, como a sinonímia e a antonímia, explorando situações que explicitam a funcionalidade semântico-textual dessas categorias.
OBJETIVOS
· Ler, compreender e interpretar os gêneros: verbete de dicionário, tirinha, conto, poema e crônica;
· Perceber os diferentes usos do dicionário;
· Ler textos informativos;
· Buscar informação explícita em texto informativo;
· Ampliar o vocabulário por meio de consulta ao dicionário;
· Conhecer as partes que compõem um verbete:
· Reconhecer ordem alfabética;
· Conhecer abreviaturas;
· Refletir sobre características básicas do modo como se organizam as palavras de um idioma;
· Perceber a funcionalidade semântico-textual das categorias lexicais;
· Reconhecer onomatopéias;
· Diferenciar sentido figurado e não figurado de palavras e expressões;
· Perceber a polissemia das palavras;
· Estabelecer relações lexicais de sinonímia e antonímia.
CONTEÚDOS:
· Leitura e interpretação de verbetes, tirinhas, conto, poesia e crônica;
· Uso do dicionário;
· Leitura de textos informativos;
· Busca de informações explícitas em textos informativos;
· Ampliação do vocabulário;
· Busca no dicionário;
· Partes do verbete;
· Ordem alfabética;
· Abreviaturas;
· Funcionalidade semântico-textual das categorias lexicais;
· Onomatopeias;
· Sentido figurado e sentido não-figurado;
· Polissemia;
· Sinonímia e antonímia.
Dicionário: a casa das palavras
Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa,dicionário é o “conjunto de vocábulos duma língua ou de termos próprios duma ciência ou arte, dispostos, em geral, alfabeticamente, e como o respectivo significado, ou a sua versão em outra língua”. Podemos dizer que, mais que um conjunto de palavras, ele é uma ferramenta muito importante na hora de entender um texto. Cada palavra pode ter mais de um significado, dependendo do contexto em que é utilizada. Por isso, cada verbete do dicionário traz vários significados para aquela entrada.
O dicionário pode ser utilizado nas mais diversas situações: para esclarecer dúvidas de ortografia (como se escreve uma palavra); tirar dúvidas sobre significados das palavras; indicar as situações mais comuns em que a palavra é usada; informar a classe gramatical da palavra; mostrar como a palavra é pronunciada; dizer qual a origem da palavra (etimologia), entre outras.
COMO SÃO FEITOS OS DICIONÁRIOS?
O primeiro passo para fazer um dicionário é “catar” um montão de palavras que andam soltas por aí, passeando de boca em boca e descansando nos textos escritos.
O tipo de dicionário mais conhecido é o monolíngüe (de uma língua). É o caso, por exemplo, do Aurélio, para o português, ou do Webster, para o inglês. Mas existem outros tipos de dicionário, como os profissionais ou científicos.
· Levar para a sala de aula outros tipos de dicionários para que os alunos conheçam.
ATIVIDADE 1
1) Observe as listas de palavras e pinte, em cada lista, a palavra que aparece primeiro no dicionário.
1
peixe
peixaria
peixeiro
2
casa
casal
casamento
3
nadar
nado
nadadeira
4
rosa
roseira
rosa-dos-ventos
5
carta
cartão
Cartaz
6
provavelmente
provável
prova
7
regra
régua
regular
8
caráter
característica
caracteres
9
coisa
cousa
Causa
10
botica
butique
bodega
2) As palavras abaixo aparecem como verbetes em seu dicionário? Se não aparecem, como você pode encontrá-las?
1
felicíssimo
2
explorável
3
cabeção
4
dramaticamente
5
escutou
3) Leia o seguinte verbete de dicionário:
Cadeia [Do lat. Catena] S.f. 1. Corrente de anéis ou de elos de metal; grilhagem, grilhão. 2.V. grilhão (3).3. Casa de detenção. [Sin., nesta acepç. (alguns pop. Ou de gír.): buque, calabouço, cana, cárcere, catita, cubículo, dita, gaiola, grades, jejé, pote, presídio, prisão, xadrez, xilindró.] 4.Cativeiro, escravidão, sujeição. 5. Conjunto de fatos ou fenômenos que ocorrem sucessivamente: uma cadeia de explosões. 6.Série ininterrupta de objetivos semelhantes. 7.Conjunto de lojas ou estabelecimentos pertencentes a uma mesma firma: cadeia de supermercados. 8.Rede de emissoras de rádio e/ou televisão que difundem o mesmo programa. 9. Álg. Mod. Conjunto linearmente ordenado. 10. Arquit. Pilastra para reforçar paredes, empregada, em geral, na sustentação das vigias dos sobrados.
CADEIA. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio de Língua Portuguesa.
a) Qual a entrada desse verbete?
______________________________________________________________
b) Quantas acepções o vocábulo “cadeia” tem nesse verbete?
______________________________________________________________
c) O verbete traz outros elementos, além das acepções da palavra. Reúna-se com um colega e, em dupla, tente descobrir que outras informações aparecem nesse verbete e anote-as nas linhas abaixo:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4) Mafalda está às voltas com um dicionário! Leia a tira:
http://www.revistameubairro.com.br/educacional/portugues/2013/HERICO/mafalda.jpg
1) Por que Mafalda jogou o dicionário na lixeira?
____________________________________________________________________________________________________________________________________
2) O que significa o ponto de interrogação no último quadrinho?
__________________________________________________________________
3) Que fala poderia substituir o ponto de interrogação nesse caso?
____________________________________________________________________________________________________________________________________
4) Na tira, está reproduzido um verbete de dicionário. Copie o trecho em que ele aparece:
____________________________________________________________________________________________________________________________________
5) Chamamos de verbete o conjunto das acepções e exemplos referentes a um vocábulo na organização de um glossário, dicionário ou enciclopédia. Da reprodução do verbete presente na tirinha, indique:
a) o origem da palavra sopa: _____________________________________________
b) o seu significado: __________________________________________________
6) Procure a palavra “sopa” no dicionário e registre os sentidos diferentes que aparecem numerados:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7) Acepção é o nome dado aos diferentes sentidos em que se emprega um termo. Como você percebeu, o vocábulo “sopa” não tem apenas uma acepção. Identifique os diferentes sentidos da palavra “sopa” nesta frase:
Para Mafalda, tomar sopa não é sopa.
____________________________________________________________________________________________________________________________________
8) Marque um X diante da oração em que a palavra “sopa” foi usada no mesmo sentido do apresentado na tira de Mafalda:
( ) Vai ser sopa fazer esse trabalho!
( ) A sopa está muito quente!
( ) Se ele der sopa, vai ser passado para trás.
( ) Nesta época do ano, a uva está dando sopa.
Ao lermos um verbete, aprendemos que as palavras têm vários sentidos, os quais vêm numerados, começando pelos significados de uso mais frequente. O dicionário ajuda a resolver dúvidas quanto à classe gramatical de determinada palavra, indicando, por exemplo, se ela é um substantivo ou um verbo. Além, é claro, de nos socorrer, quando temos dúvidas de grafia, ou seja, no modo de escrever a palavra.
Para compreender as informações em um verbete, é necessário conhecermos as abreviaturas usadas. Para você saber mais sobre esse assunto, consulte as primeiras páginas de um dicionário e encontrará uma lista delas.
9) Por que o dicionário utiliza abreviaturas?
__________________________________________________________________
10) Pesquise no dicionário e responda:
a) De que modo são abreviadas as palavras da lista de abreviaturas de um dicionário? Explique:
____________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Volte ao verbete “cadeia” e escolha cinco palavras que estão abreviadas e escreva-as por extenso, de acordo com as abreviaturas presentes no seu dicionário:
11) Observe este verbete com bastante atenção:
Manga1 . [Do lat. Manica, ‘manga de túnica’.] S.f.1. Parte do vestuário onde se enfia o braço. 2. Filtro afunilado, para líquidos. 3. Qualquer peça de forma tubular que reveste ou protege outra peça: a manga do candeeiro.
MANGA1. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. 3.ed. imp. Curitiba: Positivo, 2007. P.1265
a) Cite os seguintes elementos desse verbete:
* Entrada: ________________________
* Origem: ________________________
* Classe e gênero da palavra: ___________________________________
* As acepções da palavra: ____________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Por que está escrito manga1?
__________________________________________________________________
12) Observe:
Manga3 .[Do malaiala manga.] S.f.1. O fruto da mangueira2 2. Bot. Mangueira2.
a) Que diferença de sentido há entre manga1 e manga2?
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b) A origem da palavra é a mesma?
__________________________________________________________________
13) No caso de cadeia, todos os sentidos da palavra aparecem em um único verbete. Mas, no caso de manga, o dicionário apresenta os sentidos em um único verbete. Por que, às vezes, os sentidos estão em um verbete, às vezes, em dois ou mais verbetes?
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14) Pesquise no dicionário e indique mais dois exemplos em que diferentes significados de uma mesma palavra aparecem em verbetes separados:
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ESTAÇÃO LEITURA
Leia o texto abaixo, divirta-se e, depois, use o dicionário para confirmar o significado de palavras desconhecidas.
Tonia e Holopofi ou o pavão
Era uma vez um pavão chamado Arlindo Eugênio Felisberto. Você não sabia que os bichos têm nome? Pois fique sabendo que os bichos têm nome? Pois fique sabendo que os bichos também não sabem que as pessoas têm nome. A única diferença é que não são os pais, e sim, os próprios bichos que escolhem seus nomes. E o pavão Arlindo Eugênio Felisberto escolheu esse triplo nome para ele, porque se achava lindo, genial de tão inteligente e completamente feliz. Ele era o mais feliz dos bichos, porque sabia que era inteligente e lindo.
Arlindo morava perto de um grande galinheiro, que deveria se chamar Aveiro, porque galinha era apenas um dos tipos de aves que moravam ali. Arlindo esperava que várias galinhas e outras aves estivessem por perto para abrir sua cauda. Ele a abria bem devagar, pena por pena, e esse espetáculo produzia um som suave, elegante e melodioso: SVLUUUFFFFF.
As galinhas e as outras aves não podiam aplaudir, porque as galinhas e as outras aves não têm mãos, mas elas faziam um alvoroço maior que uma grande salva de palmas, quando Arlindo terminava de abrir sua cauda e muito calmamente virava a cabeça para cá e para lá, fingindo que não sabia que o alvoroço tinha acontecido por sua causa.
Um dia apareceu um filhote de cisne horroroso de tão feio e perguntou a Arlindo:
- Será que sou seu filho?
O pavão ficou surpreso com a pergunta que SVLUUUFFFF, abriu sem querer sua cauda. Vendo aquela maravilha, o filhote de cisne devia se mancar e seguir seu caminho, mas ele disse:
- Que cauda bonita o senhor tem! Tomara que eu seja seu filho! Será que eu sou seu filho? Sou?
Arlindo Eugênio Felisberto passou de surpreso a indignado, pelo fato de um bicho tão sem charme, sem elegância e principalmente sem beleza ter a ideia infame de que poderia ser filho dele. Mas logo teve um ataque de riso, porque a ideia era mais do que infame; era ridícula, patética e muito engraçada. E tanto riu e gargalhou que não conseguiu dizer nada para o filhote de cisne, que se afastou cabisbaixo, como se já tivesse sido mal recebido por vários outros candidatos a pais.
Arlindo não ficou morando ali por muito tempo. Algumas semanas depois desse encontro, que ainda dava cócegas nele e o fazia rir sozinho, um outro tipo de bípede assistiu ao SVLUUUFFFF, o espetáculo da abertura de cauda. Um bípede humano, que naquele mesmo dia catou Arlindo, enfiou num engradado e o levou para longe. No caminho o pavão tremia de medo, porque tinha ouvido falar de aves que viravam almoço e jantar dos humanos. Mas quando chegou em sua nova residência, já pôde conversar com alguns dos novos vizinhos e ficou sabendo que ali viviam muitos bichos, de todos os tipos, e que muitos bípedes humanos passeavam por ali. Esses visitantes comiam coisas de cheiro muito forte, alimentavam os moradores quando os guardas não estavam olhando e admiravam o tamanho, os dentes, apele, as plumas, a força e a beleza dos bichos de todos os tipos. Arlindo Eugênio Felisberto sorriu e disse para si mesmo:
- Gostei! Eu posso continuar sendo feliz aqui!
Arlindo foi, até o fim de sua vida, uma das grandes atrações desse local, e o alvoroço era sempre grande quando ele abria sua cauda, com um suave, elegante e melodioso SVLUUUFFFF.
FFFIIIMMMMMMMMM.
SOUZA, Flavio de. Que história é essa? 2. Ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. P.12-13.
ATIVIDADES:
1) Consulte o dicionário para saber o(s) significado(s) das seguintes palavras:
a)alvoroço: ___________________________________________________
b)indignado: ___________________________________________________
c)infame: _____________________________________________________
d)patética: ____________________________________________________
e)argalhou: ____________________________________________________
f)cabisbaixo: ____________________________________________________
g)bípede: _______________________________________________________
2) Que outras palavras do texto você não conhece? Identifique-as e procure o significado de cada uma delas no dicionário. Depois, escreva-as em seu caderno.
3) Que expressão do texto indica que vai ser contada uma história?
4) Qual a relação entre o nome do personagem – Arlindo Eugênio Felisberto – e suas características?
5) Pelas atitudes de Arlindo, como ele era?
6) Em quais espaços físicos a história ocorre?
7) Ao lermos o 1º parágrafo desse texto, percebemos que o autor faz referência a um personagem de uma história clássica. Quem é esse personagem e à qual história pertence?
8) Com que intenção o autor escreveu SVLUUUFFFF? Que nome esse recurso de linguagem recebe?
Análise e reflexão...
Falando em bicho... o que será que está acontecendo com o Grilo? Leia o poema abaixo e descubra qual é o problema dele:
Grilo grilado
No fundo
Não ilude.
É só reparar
Em sua atitude
Pra se desconfiar.
O grilo
Coitado
Anda grilado
E quer um analista
E quer um doutor
Seu grilo
Eu sei:
O seu grilo
É um grilo
De amor.
O grilo coitado
Anda grilado.
E eu sei
O que há.
Salta pra aqui
Salta pra ali
Cri-cri pra cá
Cri-cri pra lá.
O grilo
Coitado
Anda grilado
E não quer contar.
JOSÉ, Elias. Um pouco de tudo: de bichos, de gente, de flores. São Paulo: Paulus, 1982. P.21.
1) O poeta brinca com um vocábulo que apresenta mais de um sentido já no título do poema.
a) Quais os significados que a palavra “grilo” tem no texto?
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b) Cite um trecho do texto com o sentido 1 e outro com o sentido 2:
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c) De que modo ficamos sabendo quando é um sentido ou outro?
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Os significados das palavras...
2) Além que a palavra “grilo” tem no texto?
__________________________________________________________________
a) Que palavra é essa?
__________________________________________________________________
b) Quais sentidos que ela tem nesses versos?
____________________________________________________________________________________________________________________________________
3) Leia este verbete:
grilo[Do lat. Grillu.] S.m.1. Zool. Inseto, ortóptero, griloideo, de coloração geralmente parda ou escura, com antena muito mais longa que o corpo, [...]. 5. Fig. Preocupação, amolação, chateação[...].
GRILO. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. 3. Ed. 3. Imp. Curitiba: Positivo, 2007. p. 1005.
a) Por que o dicionário colocou em primeiro lugar o significado de “grilo” como “inseto”?
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b) Na segunda acepção – grilo como “preocupação, chateação” – aparece abreviatura Fig. O que isso quer dizer?
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A propriedade das palavras de apresentar muitos sentidos chama-se polissemia.
POLI= “muitos SEMIA= “sentidos, significados”
4) Leia o texto:
Minhocas na cabeça
- Seu doutor, estou grilado, meu pé está formigando.
É algo grave ou estou procurando sarna pra me coçar?
- Já lhe digo o que é: tire as minhocas da cabeça, é só um bicho-de-pé.
OLIVEIRA, Marcelo R.L. Nós eos bichos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001.
a) Como você viu, o texto brinca com o sentido figurado de algumas expressões. Quais são elas? Qual delas já apareceu em outro texto?
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b) O que essas expressões significam?
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c) O que há de comum entre as palavras que formam essas expressões?
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d) Na maioria das vezes, o texto fala de bichos, em sentido figurado. Qual o bicho mencionado no texto em sentido não figurado?
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A ordem alfabética
As palavras no dicionário em ordem alfabética. Se quisermos procurar uma palavra, tomamos por base a ordem alfabética da primeira letra, depois da segunda e assim por diante.
Exemplo: LIVRO – 1ª l, 2ª li, 3ª liv, 4ª livr, 5ª livro
Com essa dica, já sabemos, por exemplo, que a palavra livrariaestá antes da palavra livro por causa da 5ª letra: a. Veja:
Exemplo: LIVRARIA – 1ª l, 2ª li, 3ª liv, 4ª livr, 5ª livra,...
Além de ser encontrada nos dicionários, a ordem alfabética também é usada em várias situações por ser um princípio organizador e permitir ao leitor localizar com facilidade o que ele deseja. É comum aparecerem em ordem alfabética o nome das pessoas em listas de chamadas, o nome de cidades em guias turísticos, os sobrenomes de pessoas em listas telefônicas, os verbetes em enciclopédias, o nome de autores nos fichários de bibliotecas e em catálogos de livros, etc.
Busca de sinônimos para evitar repetições
Dependendo do gênero textual, não é muito apropriado repetir palavras sem necessidade. Aliás, essa é uma das utilidades do dicionário: encontrar sinônimos para evitar as repetições desnecessárias.
1) O texto a seguir tem uma repetição que pode ser evitada:
XII FIG tem altos e baixos
O XII Festival de Inverno de Garanhuns teve seus altos e baixos. A parte positiva ficou pelas ótimas apresentações na Esplanada Guadalajara dos fantásticos Quinteto Violado, Cidade Negra e Roupa Nova. [...] Milhares de pessoas simplesmente adotaram o Parque e prestigiaram-no em suas variadas atrações. O circo, a dança, a pirâmide, a música alternativa, todos juntos, em seus variados estilos, atraíram pessoas das mais variadas cidades.
XII FG tem altos e baixos. A Gazeta, Garanhuns (PE). 1 ago.2002.
a) Que palavra está repetida nesse texto?
__________________________________________________________________
b) Que sinônimo podem ser usadas para evitar essa repetição?
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2) O poema é um dos gêneros textuais que tem “permissão” para abusar das repetições. Aliás, esse é um dos recursos mais utilizados pelos poetas para dar emoção em seus textos. Leia o poema a seguir e confira:
Ou Isto ou Aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Rio da janeiro: Nova Fronteira, 1996.
a) Do que fala o poema?
__________________________________________________________________
b) Que palavra aparece no poema para indicar mais de uma opção?
__________________________________________________________________
c) Você diria que esse poema foi feito com base em palavras sinônimas ou antônimas? Explique e dê exemplos:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d) Por que as repetições usadas no poema não causaram cansaço ao leitor?
____________________________________________________________________________________________________________________________________
Minhas férias - Luis Fernando Veríssimo
Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu cachorro (Dogman) nascemos em apartamento, e, até os 5 anos de idade, sempre que via um passarinho numa árvore, eu gritava "aquele fugiu!" e corria para avisar um guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu o preço dos hotéis, apesar de a minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e a minha irmã (Su) insistir em levar o toca- discos e toda a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa que eu gosto é confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando "será que não tem cobra?", e o meu pai perdeu a paciência e disse "entra no carro e vamos embora", porque nós ainda nem tínhamos saído da garagem do edifício. Na estrada tinha tanto buraco que o carro quase quebrou, e nós atrasamos, e quando chegamos ao local do camping já era noite, e o meu pai disse "este parece ser um bom lugar, com bastante grama e perto da água", e decidimos deixar para armar a barraca no dia seguinte e dormir dentro do carro mesmo; só que não conseguimos dormir porque o meu cachorro (Dogman) passou a noite inteira querendo sair do carro, mas a minha mãe não deixava abrirem a porta, com medo de cobra; e no dia seguinte tinha a cara feia de um homem nos espiando pela janela, porque nós tínhamos estacionado o carro no quintal da casa dele, e a água que o meu pai viu era a piscina dele e tivemos que sair correndo. No fim conseguimos um bom lugar para armar a barraca, perto de um rio. Levamos dois dias para armar a barraca, porque a minha mãe tinha usado o manual de instruções para limpar umas porcarias que o meu cachorro (Dogman) fez dentro do carro, mas ficou bem legal, mesmo que o zíper da porta não funcionasse e para entrar ou sair da barraca a gente tivesse que desmanchar tudo e depois armar de novo. O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos já saiu da água cozinhado, mas não deu para comer, e o melhor de tudo é que choveu muito, e a água do rio subiu, e nós voltamos pra casa flutuando, o que foi muito melhor que voltar pela estrada esburacada; quer dizer que no fim tudo deu certo.
Na trilha do texto
1) O título do texto sugere que tipo de história?
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2) Que história o texto conta?
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3) Cite o nome do autor do texto. Com o auxílio de seu professor, escreva o nome de outras obras desse autor.
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4) Muitas situações que ocorrem nessa história são “sérias”, mas se tornaram engraçadas pela forma como são contadas. Encontre, pelo menos, duas delas.
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____________________________________________________________________________________________________________________________________
5) Retorne ao texto e observe a forma como ele foi escrito. Que aspecto chama a atenção quanto à forma de apresentação do texto?
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6) Quais são os personagens dessa história?
____________________________________________________________________________________________________________________________________
7) Em que pessoa o texto é narrado, ou seja, qual é o tipo de narrador que conta essa história? Exemplifique.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8) Em uma narrativa, temos a fala do narrador e a dos personagens. Quando um personagem fala, usamos o discurso direto.
a) Transcreva dois trechos do texto em que é usado o discurso direto.
____________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Cite um trecho em que ocorra fala do narrador.
____________________________________________________________________________________________________________________________________
9) Em que época a história acontece? Quais elementos do texto nos indicam o tempo em que os fatos aconteceram?
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10) De que modo a história acaba?
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Tempo de escrever
Produza um texto narrativo, com base em fatos reais do seu dia a dia. A história deverá ser contada em 1ª pessoa (narrador-personagem). Lembre-se de dar um toque de humor à sua história, como fazem os bons cronistas. Para isso, abuse das variedades linguísticas, dos exageros, das palavras ambíguas (com mais de um sentido) e de outros recursos que permitam transformar o seu texto em um texto humorístico.
Aplicando conhecimentos
Você já reparou que, às vezes, quando estamos lendo, podemos compreender o sentido de uma palavra que antes não conhecíamos? Como isso é possível? Lendo o texto a seguir você pode ter essa experiência.
Histórias para o rei
Nunca podia imaginar que fosse tão agradável a função de contar histórias, para a qual fui nomeado por decreto do Rei. A nomeação colheu-me de surpresa, pois jamais exercitara dotes de imaginação, e até me exprimo com certa dificuldade verbal. Mas bastou que o Rei confiasse em mim, para que as histórias me jorrassem da boca à maneira de água corrente. Nem carecia inventá-las. Inventavam-se a si mesmas.
Este prazer durou seis meses. Um dia, a Rainha foi falar ao Rei que eu estava exagerando. Contava tantas histórias que não havia tempo para apreciá-las e mesmo para ouvi-las. O Rei, que julgava minha facúndia uma qualidade, passou a considerá-la defeito e ordenou que eu só contasse meia história por dia e descansasse aos domingos. Fiquei triste, pois não sabia inventar meia história. Minha insuficiência desagradou, e fui substituído por um mudo, que narra por meio de sinais e arranca os maiores aplausos.
1) Por que, no início, o narrador não se sentia confiante em seu novo emprego? E depois como se sentiu?
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2) O que o Rei achou inicialmente das histórias do narrador? E depois, por que o Rei mudou de opinião?
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3) No texto, aparece pelo menos uma palavra de uso raro na língua portuguesa. Que palavra é essa?
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4) Provavelmente você não conhece o significado dessa palavra. Mas, pelo contexto, pode tentar descobri-lo. Discuta com seus colegas o significado dela no contexto e transcreva-o aqui:
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5) Agora, a confirmação. Vamos ao dicionário descobrir o que significa a misteriosa palavra? Pesquise e anote:
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6) Esta tira explora o duplo sentido de dois vocábulos:
a) Quando perguntamos a uma pessoa se ela sabe “mexer com computador”, o que queremos saber com essa pergunta?
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b) Como o segundo personagem da tira entendeu a pergunta?
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c) Além de “mexer”, que outra palavra da tira está empregada em sentido figurado? O que ela significa na tira?
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d) Escreva o sentido real das duas palavras que aparecem em sentido figurado na tira.
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Atividades extraídas do Livro: SISTEMA DE ENSINO APRENDE BRASIL
1º volume Ensino Fundamental p. 24-44
Encontrei aqui: http://lpsmedsantoangelo.blogspot.com.br/2014/07/atividades-com-dicionario.html